Sobre a Catalunha, em Portugal,
apenas se tem ouvido “barulho” e ruídos diversos de afirmação de grandes
“convicções” e outros “achismos”.
José Mateus | Jornal 'Tornado' | 04 Nov. 2017
Admito que haja excepções, a esta norma, mas confesso que,
infelizmente, não encontrei nem uma. Para aquilatar da acefalia da coisa, basta
ver no “CM” deste 03 Novembro, a espécie de crónica que um aspirante a líder do
PSD, Santana Lopes, consagra ao assunto…
Sobre a Catalunha, em Portugal,
apenas se tem ouvido “barulho” e ruídos diversos de afirmação de grandes
“convicções” e outros “achismos”.
José Mateus | Jornal 'Tornado' | 04 Nov. 2017
Admito que haja excepções, a esta norma, mas confesso que,
infelizmente, não encontrei nem uma. Para aquilatar da acefalia da coisa, basta
ver no “CM” deste 03 Novembro, a espécie de crónica que um aspirante a líder do
PSD, Santana Lopes, consagra ao assunto…
Toda a acéfala e ruidosa (e também
ruinosa, na medida em que destrói a possibilidade de análise séria)
“barulheira” se coloca a montante da realidade do processo catalão. Ou seja,
“discute” se é legal, se é legítimo, se é constitucional, se é admissível, se é
“europeu”, se é possível e até se… existe. E acantona-se aí. Não o analisa e
muito menos tira as imprescindíveis consequências geopolíticas e/ou
geoeconómicas.
A incapacidade das elites portuguesas
para elaborar “grelhas de leitura” tem aqui um flagrante exemplo. Como pequena
achega para ultrapassar este estado nacional de “achismo” sobre a matéria
catalã, aqui se regista, para debate, o trabalho da Rivista Italiana di
Geopolítica, a Limes, publicado em 02 de Novembro.
Em síntese, para a Limes estamos
perante uma tripla crise:
C’è una crisi sociale, figlia dei costi e delle minacce poste dalla
globalizzazione e dal predominio delle
politiche neoliberali – esacerbate a partire dalla crisi economica del 2008 –
che si riverberano su classe media e gruppi meno agiati.
C’è una crisi politica, condivisa da buona parte dei paesi
europei, dovuta al discredito
della politica istituzionale e del progetto europeista.
E c’è una crisi nazionale, frutto dell’indebolimento del sistema vestfaliano,
inasprita in Spagna dalle storiche difficoltà nel processo di costruzione dello
Stato, dai divari tra territori, dall’esistenza di forti sentimenti di
appartenenza e dall’utilizzo che ne fanno le forze politiche.
Una triplice crisi, dunque, espressione dei mutamenti che scuotono le società europee, che si articola su scale
plurime. Da qui la rilevanza di un’analisi geografica[1] e
geopolitica.”
Boa leitura e melhores reflexões…
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