terça-feira, 29 de junho de 2021

Vivemos um Tempo de Guerra Sem Limites... E Pouco Nos Damos Conta Disso

José Mateus

Tanto a China como a Rússia entenderam, ainda no final do século XX, a sua incapacidade para, qualquer das duas, sair-se bem num choque frontal com os USA. Entender isso não significou, porém, para os estrategas russos e chineses, qualquer tipo de resignação ou de aceitação passiva dessa realidade.



A publicação no Ocidente, pela CIA, do novo manual militar chinês, com o título de "Guerra Irrestrita" ("Guerra Sem Limites" teria traduzido melhor o título chinês...), veio alertar para essa atitude dos estrategas chineses. Num outro registo, a actuação e as narrativas emitidas por Putin tinham o mesmo significado.

Obra ainda do século XX, o "Guerra Irrestrita" defende já um modelo de operações de que o "11 de Setembro" é "tirado a papel químico" (como ainda se dizia na altura) ou o ataque químico no metro de Tóquio ou...


Numa das suas mais recentes (e raras) entrevistas, o autor de "Guerra Irrestrita", o general Qiao Liang, continua alertar para o erro que seria qualquer iniciativa chinesa que levasse ao choque frontal com os USA... Para perceber o subtexto deste pensamento chinês é preciso conhecer bem Sun Tsu mas, sobretudo, os "36 Estratagemas" (creio que não há tradução portuguesa... muito lamentavelmente!) e, acima de tudo, o "Da Guerra Prolongada" e outros "Escritos Militares" do fundador do comunismo chinês, Mao Tsé Tung.


O pensamento estratégico de Mao está muito bem estudado por um aluno de Raymond Aron, André Glucksmann, na sua tese doutoramento, depois adaptada a edição com o título "Le Discours de la Guerre" e serve muito bem como uma introdução ao estudo do pensamento estratégico de Mao, embora estudos posteriores, como os do ex-dirigente maoísta Christian Harbulot ou os do sinólogo François Julien, sejam também de consulta obrigatória (ver aqui: https://www.ege.fr/sites/ege.fr/files/fichiers/traite_efficacite.pdf ).


A disputa pela hegemonia mundial está, pois, relançada. Mas não (ainda...) na conhecida forma de "bloco contra bloco", num conflito frontal, que caracterizou a chamada Guerra Fria entre a URSS e os USA. O tempo agora é "ataques laterais", de guerras "híbridas", "económicas" e outros conflitos de desgaste da hiper-potência americana.

Um tempo em que, para arruinar a potência dos USA, tudo vale, tudo mesmo, menos o choque frontal. Leia-se a "Guerra Irrestrita" para limpar qualquer dúvida... e, depois (ou antes...) o estudo de Harbulot sobre o conceito chinês de estratégia (réplica ao "Traité de l'Efficacité" de François Julien). E todo o Mao, é claro.



Moçambique: Tropas Ruandesas em Cabo Delgado


Militares do Ruanda estão há largas semanas pela província de Cabo Delgado.

As missões das tropas de Paul Kagamé não incluem nos seus objectivos o "contacto" com os islamistas. 

Por enquanto, as deslocações das tropas ruandesas destinam-se "oficialmente" a estudar como será o dispositivo militar ruandês destinado a combater o terrorismo...

O recurso ao Ruanda de Paul Kagamé foi a "saída" encontrada pelo presidente moçambicano para tentar escapar à pressão dos vizinhos (África do Sul...) mas também dos Estados Unidos e da União Europeia, preocupados com o descontrolo instalado na zona e com o alastramento do terrorismo islamista.


sexta-feira, 25 de junho de 2021

Como a Itália aprendeu uma dura lição sobre a China

Em Roma, depois do fracasso do acordo de 2019 com Pequim, as velhas alianças ocidentais estão de volta. Uma análise de Ludovica Meacci, na Foreign Policy, de leitura obrigatória. Sobretudo, para Marcelo e António Costa...

Italy Has Learned a Tough Lesson on China

Old Western alliances are back on the table after a 2019 deal failed.

By Ludovica Meacci, a freelance China researcher, focused on European Union-China relations.

"When Italy signed a memorandum of understanding supporting China’s Belt and Road Initiative in 2019, then-Prime Minister Giuseppe Conte had been governing for less than a year. The governing coalition of the populist Five Star Movement and the right-wing League party could not seem to agree on what the memorandum was meant to codify. Previously, Beijing had not occupied a prominent position in the country’s foreign policy, and discussions around China were limited.

As the protagonists in a dysfunctional coalition jostled, the debate over the memorandum and Italian interests toward China occurred only through their electoral programs. For the Five Star Movement, China represented an opportunity to export products made in Italy, while the League party insisted on the need to safeguard national interests.

Before signing the agreement, warnings came on many fronts. Both American and European leaders cautioned Rome against signing a bilateral deal with Beijing. Conte, on the other hand, was quick to reassure the public that the agreement was purely a commercial one and that it favored Italian national interests.

Two governments and one prime minister later, Italy has learned its lesson.

(...)

Italy’s reemphasis on its traditional alliances comes with the realization that the extravagant commercial promises made around 2019 have not been met. As highlighted in a report by the Torino World Affairs Institute published in late 2020, “the [economic] calculations [that justified the signature of the Belt and Road memorandum] were optimistic at best, if not entirely fallacious.” Ironically, in 2020, other European countries that have not signed up for the Belt and Road Initiative such as France and Germany did equal or better trade with Beijing than Rome did. Prospective collaborations between China and Italy in a number of sectors enshrined in the memorandum did not materialize.

The botched handling of the Belt and Road memorandum has come with severe political costs. As a member of the G-7, a founding member of both the EU and NATO, and the third-largest economy of the eurozone, Italy endorsing the Belt and Road Initiative gave Chinese President Xi Jinping’s pet project a significant boost at home and abroad. On the other hand, joining the Belt and Road meant that Rome became viewed as “the European weak link in the power struggle with China,” Politico reported, and not only for the United States. While Italy was signing the memorandum, France’s President Emmanuel Macron highlighted the need for a “geopolitical and strategic relationship” with China. Insisting on ending the “European naivety” toward Beijing, Macron warned against “discuss[ing] bilaterally agreements on the new Silk Road.” Similar concerns have also been raised by Berlin through less public channels.

In addition to reputational damage, the participation in the Belt and Road Initiative cost Italy a seat at the negotiating table. When the EU and China rushed to finish off the last details of the Comprehensive Agreement on Investment in December 2020, Macron and German Chancellor Angela Merkel joined European Commission President Ursula von der Leyen together with European Council President Charles Michel in a videoconference with Xi. Although it was argued that Merkel’s and Macron’s attendance was justified by their roles in the rotating EU presidency, the presence of the French president irked Italy’s Conte, himself absent from the talk. Then-Undersecretary of State for Foreign Affairs Ivan Scalfarotto from the Italia Viva party linked such unusual arrangements with Italy’s signature of the memorandum of understanding. In his view, signing the memorandum cost Rome its reputation as a trustworthy negotiating partner.

Rome’s new China policy under the Draghi administration thus seeks a return to its “historical anchors” and is showing a clearer vision on Italy’s international posture. A stronger alignment with the European and trans-Atlantic stance is exemplified by the endorsement of a green alternative to the Belt and Road, announced at the G-7 meeting this month. While each member has different views on the geographical scope of the project, they “broadly agree on the need for a more transparent alternative to the Chinese program.”

(...)

Italy’s political flirtation with China may have turned out to be only a brief interlude. Draghi’s declaration at the G-7 highlights that Rome intends to pursue a frank China policy, to cooperate where possible while bearing in mind that Beijing does not play by multilateral rules and does not share a democratic vision of global governance.

This new realpolitik aligns Italy with the tripartite definition of the 2019 EU-China Strategic Outlook, which depicts Beijing simultaneously as a negotiation partner, economic competitor, and systemic rival. It comes at a time of fervent debate in Brussels over not only the EU’s relationship with China but also its regional interests in the Indo-Pacific and its ties with like-minded partners, including Taiwan, India, and Japan. Italy should seize the opportunity that Draghi represents to signal it is a reliable partner and willing to engage in shaping a cohesive China policy in international forums.

https://foreignpolicy.com/2021/06/24/italy-china-policy-belt-road/


Lusofonia: Portugal é o mais seguro dos Estados membros da CPLP e o Brasil é o pior de todos

Portugal está no Top4 mundial dos países pacíficos e seguros (muito à frente da Espanha que é apenas 31º), mas dois países da CPLP estão entre os mais ameaçados, actualmente, por crises e conflitos pois apresentaram "the largest positive peace deficits in 2020": a Guiné  Equatorial e Timor-Leste, segundo o Global Peace Index, do Institute for Economics & Peace, que acaba de ser divulgado. 

Curiosamente, estes dois estados da Lusofonia até estão bem classificados neste ranking de 163 estados. Timor-Leste está no 56º lugar e a Guiné Equatorial em 62º, bem à frente de Angola (80º), Guiné-Bissau (99º), Moçambique (103º) e Brasil (num lamentável 128º lugar). 

O ranking é liderado pela Islândia e o "lanterna vermelha" é o Afganistão.

Mais informação disponível aqui: https://www.visionofhumanity.org/world-less-peaceful-as-civil-unrest-and-political-instability-increases-due-to-covid-19-pandemic/


quarta-feira, 23 de junho de 2021

Portal da Inteligência Económica

Um site para especialistas e profissionais da I.E.

https://portail-ie.fr/




Energia e Geopolítica: O Impasse Espanha versus Marrocos

E Portugal no meio deste enfrentamento…

https://geopoliticalfutures.com/spain-and-moroccos-standoff/




A Propósito da "Reestruturação das FA" e da "Carta dos Generais"

Sérgio Parreira de Campos

Só há uma coisa mais difícil do que pôr, na cabeça 

de um militar, uma nova ideia, é tirar a antiga.” 

Liddel Hart

Defendia Lidel Hart o fim da conscrição universal  e a criação de um exército profissional, pequeno, bem treinado e dotado de equipamentos modernos, aptos para operar em qualquer Teatro de Operações.  No âmbito da estratégia militar, relembrou ainda o papel histórico da Grâ-Bretanha e a sua longa experiência de guerra, prevalecendo o poder marítimo. Vem tudo isto a propósito da chamada “Carta dos Generais” que foi amplamente divulgada e se refere à reforma da “Estrutura Superior das Forças Armadas” que o Governo pretende implementar, apresentando razões de discordância face à proposta apresentada.

Ou seja, está um conflito aberto entre os militares e o poder político, conflito este iniciado pelo Governo, o que parece grave e muito difícil de entender, dado que se trata de um conflito entre instituições fundamentais ao país e que, como tal, estão “condenadas” a entender-se.

Voltando à frase de Lidel Hart, só para dizer que foi escrita no início do século passado e, desde então tudo mudou. E também os militares.

Talvez o Governo não se tenha apercebido disso e, como tal,  por tenha feito tudo como o fez, às escondidas.

Bom, para princípio de conversa, entendo dever dizer que o conteúdo da proposta do Governo não me choca, como hipótese possível de encarar a questão.

Chocam-me sim, outras coisas:

-  Choca-me a marginalização e a secundarização a que as Forças Armadas têm vindo a ser sujeitas, de há longo tempo para cá;

-  Choca-me a constante diminuição de recursos disponibilizados para as Forças Armadas, de há longo tempo para cá;

-  Choca-me a constante falta de renovação do  equipamento das Forças Armadas, que arrisca, por acumulação, a tornar-se impossível de reverter;

- Choca-me a constante degradação das perspectivas profissionais dos militares;

-  Choca-me que o Governo entenda que quem mais sabe da matéria não deva ser ouvido;

-  Choca-me que o Governo não tenha entendido que, em regimes democráticos, alterações como a presente exigem uma discussão aberta entre todos os interveninentes, um consenso alargado das forças políticas, e uma maior estabilidade temporal para se efectivarem.  

-  Choca-me que o Ministro da Defesa Nacional não tenha tido outros argumentos para responder à carta, a não ser enveredando pelo caminho da ordinarice.

Mas uma coisa me choca ainda mais do que tudo isto: É que não se enceta o processo de uma reorganização da estrutura superior das Forças Armadas só porque sim, só porque outros o fizeram. Além do mais esse é um frágil argumento pois se é possível apresentar exemplos de países que o fizeram, será sempre possível apresentar mais exemplos de outros que o não fizeram.

É que o problema não está aí, está noutro ponto que o Governo parece ignorar. O que está em causa é a relação que tem de existir entre a estratégia prosseguida pelo país e o papel que as Forças Armadas terão de desempenhar no desenvolvimento dessa estratégia e, consequentemente, qual a estrutura que as Forças Armadas devem ter para prosseguir esse caminho.

Só que, há muito tempo que o nosso país não tem uma estratégia adequada para o desenvolvimento  do nosso imenso potencial, que tem de ser explorado no sentido de promover o desenvolvimento económico e social, e garantir a segurança na nossa área de interesse estratégico. 

As Forças Armadas constituem o principal instrumento para a execução da estratégia mas têm de se articular com todos os sectores decisórios, de forma a que se potencie recursos que são escassos como por exemplo na vigilância do território e do espaço maritimo, na detecção e exploração de recursos subaquáticos ou na investigação e desenvolvimento tecnológico. Mas, no entanto adquirem-se lanchas de fiscalização marítima para a GNR, num claro desperdício de recursos.

Vejamos, para quem não tem uma estratégia, qualquer organização serve, o que é infelizmente o nosso caso. Então pensem primeiro, definam caminhos exequíveis e rentáveis e depois, e só depois, pensem nos meios adequados para dar corpo a essa estratégia, e alterem então o que for de alterar. Portanto, até lá, não mexam no que existe. Mas despachem-se, que já vamos muito atrasados!

Apenas umas palavras mais, agora para falar da chamada carta dos generais. Quanto a esta só lamento três coisas.

Primeiro que, quando os ex-Chefes exerceram os seus cargos, não tenham sabido bater o pé sempre que fosse caso disso. E todos nos lembramos de várias ocasiões em que o deveriam ter feito.

Segundo que, quando alguns exerceram os seus cargos tenham defendido situações contra as quais agora se mostram discordantes.

Terceiro que, para defender a sua actual posição, alguém tenha falado dos inconvenientes para a indústria de defesa, sabendo todos que as Forças Armadas sempre preferiram adquirir fora do que lançar desafios à nossa indústria de defesa. Porquê ? Responda quem souber.

Ou seja, e para terminar, não é por acaso que os portugueses continuam de há longo tempo a ambicionar viver um dia como “os outros”, embora tenham vindo apenas a ver essa esperança perpetuar-se porque poucos responsáveis existem, a vários níveis, que deixem de olhar apenas para o seu umbigo. E entendam isto como quiserem!


domingo, 20 de junho de 2021

A Ameaça Chinesa

analisada pelo nosso velho amigo Alain Juillet


Alain Juillet est Président d'honneur de l'Académie d'Intelligence Économique

"La Chine a su très bien tirer parti des occidentaux, elle avait parfaitement compris comment fonctionnaient les occidentaux et elle a su envoyer des ingénieurs, elle a su récupérer des sociétés, les ingénieurs chinois ont profité des appels d'offres pour récupérer un maximum d'informations qui leur a permis de faire leur TGV et... maintenant les gens sont beaucoup plus prudents, bien sûr!"


sexta-feira, 18 de junho de 2021

A Ameaça Alemã à Europa - Um Estudo da EGE

O "J'Ataque" da École de Guerre Économique, dirigida pelo nosso colaborador e velho amigo Christian Harbulot, denuncia o "egoísmo estratégico" da Alemanha e destaca a ameaça que esse egoísmo constitui para a União Europeia e os graves riscos de segurança que a aliança de Berlim com Moscovo no campo da energia cria ao colocar a Europa nas mãos de Putin. "Un excellent document de l’École de guerre économique, publié en mai 2021, révèle les manipulations révoltantes de l’Allemagne à Bruxelles pour défendre ses choix énergétiques douteux et ses intérêts industriels aux dépens de l’Union européenne".



"Énergie: l’Allemagne attaque la France et menace l’Union européenne

"Les faits reprochés à l’Allemagne: Son égoïsme stratégique... La vampirisation des fonds européens au profit du modèle énergétique allemand... Les manipulations autour de la politique européenne de l’énergie... Le noyautage des institutions européennes par les industriels allemands"

"L’Allemagne s’est attelée à détériorer méthodiquement la compétitivité énergétique et industrielle de ses voisins européens, et notamment celle de son partenaire privilégié, la France"

"En voulant imposer sa propre définition cynique des énergies jugées comme vertes, l’Allemagne fausse donc intentionnellement le débat afin de conserver sa mainmise sur ces dernières."

"N’est considéré “vert” que ce qui arrange l’Allemagne: assurer la continuité de la mainmise allemande sur les subventions européennes"

"La «politique européenne» de l’Allemagne sert avant tout le développement de son industrie au détriment du nucléaire bas-carbone français, dernier obstacle à son hégémonie et à sa compétitivité industrielle en Europe."


Riscos e Ameaças de Segurança

"L’alliance énergétique avec Moscou: un non-respect du principe de sécurité énergétique de l’Union

En effet, le gaz allemand se révèle en réalité être pour 35% du gaz russe (chiffres 2014), et vient donc ainsi alimenter le cœur du «système Poutine» basé sur les hydrocarbures. Afin de se positionner sur ce marché, Berlin cherche à mettre en place le projet North Stream II (ayant) pour objectif de relier la Russie à l’Allemagne avec un gazoduc en ne passant par aucun autre pays. Le gaz représente une très grosse partie de la production d’électricité en Europe.

C’est donc une opportunité pour l’Allemagne de devenir un acteur majeur, un véritable hub gazier sur le continent. Pourtant, le projet fait débat car il met sur la table de nombreux enjeux géopolitiques, stratégiques et de puissance.

La Pologne a par exemple émis des réticences, expliquant que le gazoduc allait créer une double dépendance: face à la Russie et face à l’Allemagne car cette dernière deviendrait le seul redistributeur.

Effectivement, il faut noter que la Russie envisage de pouvoir bloquer les apports de gaz de l’Europe, comme elle l’a déjà fait pour l’Ukraine il y a quelques années.

La position allemande sur le dossier North Stream 2 vient ainsi directement remettre en cause le principe de sécurité de l’approvisionnement en énergie inscrit dans les traités européens. Par ailleurs, ce nouveau gazoduc permettrait potentiellement à l’Allemagne d’engendrer des taxes du fait du passage sur son sol de gaz importé par des pays voisins.

Par ce procédé, l’Allemagne entend devenir un acteur énergétique indispensable au sein de l’Union européenne, renforçant ainsi son rôle de poumon économique.

Ainsi, alors que l’Allemagne tente de saborder les perspectives d’un nucléaire européen capable de répondre à l’objectif de neutralité carbone d’ici 2050 tout en permettant à l’Union de développer une véritable indépendance énergétique, elle participe à construire une politique énergétique européenne en partie dépendante de la Russie.

Cet état de fait constitue un véritable danger pour l’indépendance stratégique de l’Europe..."

Conclusão: "les Allemands n’hésitent pas à sacrifier cyniquement l’idéal européen tout en se donnant une image hypocrite de leadership en matière d’énergies durables. À l’aune de la raison d’État allemande, la construction européenne est devenue une soumission européenne...".

https://gcp-pro.ege.fr/sites/ege.fr/files/media_files/jattaque_mai2021_v4.pdf

Lawfare: A Manipulação dos Tribunais por Interesses Estranhos

Como os tribunais ocidentais se deixam manipular por interesses obscuros, ditadores e outros "serviços" estrangeiros.  


O britânico Bureau of Investigative Journalism acaba de concluir e publicar uma investigação sobre como "London’s courts are being used by autocrats to wage legal warfare against people". 

Esta denúncia da manipulação do respeitável sistema inglês de justiça por interesses e serviços estrangeiros mostra o cínico uso e abuso da lei inglesa por ditadores e seus "serviços" e outras agências contratadas e, por outro lado, a ingenuidade do sistema inglês confrontado com estes métodos de "lawfare", manipulação e guerra de informação.

Uma análise de vários casos surgidos em Portugal na última dúzia de anos indicia, facilmente, suspeitas de montagens "lawfare" por serviços e agências estrangeiras e também um comportamento absolutamente "naif" das magistraturas portuguesas.

Se os casos ingleses investigados pelo Bureau of Investigative Journalism têm, sobretudo, uma origem russa, em Portugal (dadas as nossas ligações ao Atlântico, sobretudo, ao Atlântico Sul), as origens parecem ser outras e passar por outras latitudes, como, por exemplo, as Caraíbas...

Na ausência de um dispositivo como o inglês Bureau of Investigative Journalism e dada a urgência de impedir o abuso do nosso sistema de Justiça por interesses obscuros e inconfessáveis, faz sentido colocar a questão de saber quando será que as instituições das magistraturas dedicam uns seminários ou outras acções de formação sobre "lawfare", "manips" e "information warfare"...

"Misinformation" ou...  "Dezinformatsiya"?

LAWFARE
"The use of law as a weapon of war" ou  "The abuse of the law and our judicial systems to undermine the very principles they stand for: the rule of law, the sanctity of innocent human life, and the right to free speech."

Ver toda a "história" aqui:  


Gravação secreta mas muito reveladora e muito pouco abonadora para Putin:

A secret recording of the London head of a private investigation firm offering a lawyer money in return for testifying against her client – a former member of Vladimir Putin's inner circle now wanted by the Russian authorities


quinta-feira, 17 de junho de 2021

O director da E.G.E., Christian Harbulot em conferência em Lisboa



A Conferência no Taguspark foi antecedida de um jantar informal com decisores económicos e seguida de um encontro de trabalho e de um animado almoço na AIP. Foi há uma dúzia de anos que a equipa intelNomics trouxe a Lisboa o nosso velho amigo Christian e todo o programa foi um absoluto sucesso.  

Está na hora não de repetir mas de retomar (num novo patamar) o programa e de Christian Harbulot regressar a Lisboa...

terça-feira, 8 de junho de 2021

Anne Cheng: A Situação Intelectual na China

Anne Cheng é titular da cátedra "História Intelectual da China", no Collège de France e autora de vasta bibliografia sobre a China.

"She was born in Paris in 1955 to Chinese parents, academic François Cheng and a painter, who later became French citizens. Anne Cheng graduated from the École Normale Supérieure. She has taught and conducted research on sinology for the Centre national de la recherche scientifique (CNRS), and the Institut national des langues et civilisations orientales (INALCO). She has had appointments to the Institut universitaire de France and the Collège de France".

Neste "Penser en Chine", preparado e editado sob a sua direcção, Anne Cheng reúne um colectivo de especialistas universitários e sinólogos das melhores universidades de vários continentes o que oferece ao leitor a possibilidade de ver a China de vários pontos de observação: da Europa, da Austrália, dos USA, da própria China...


X. d’Abzac, um colaborador de "La Vigie
- Cabinet de synthèse stratégique", radicado na China, apresenta assim este trabalho da Prof. Anne Cheng:

"En 2007, Anne Cheng présentait La pensée en Chine aujourd’hui (ici), un ouvrage collectif d’auteurs choisis pour leur compétence et leur indépendance. Plus de dix ans après, la réunion d’un nouveau collectif, nourri par la somme des mutations de la Chine, nous offre Penser en Chine, un ouvrage de synthèse sur l’état de ce pays qui a envahi notre paysage médiatique au quotidien dans tous les domaines.

La parole est-elle libre en Chine en ce début des années 2020? Peut-on entendre d’autres voix que celle du pouvoir? À vrai dire, ce que l’on entend est surtout une atroce cacophonie avec la fureur déployée sur le Xinjiang, la colère de Hong-Kong, les informations et désinformations sur la pandémie du corona virus, les vociférations sur la politique de conquête du monde par la Chine. S’entend également l’affirmation de l’impérialisme chinois. Un impérialisme qui prétend à l’universalisme et entend continuer une civilisation vieille de cinq mille ans. 

Cette proclamation et ces vociférations sont principalement l’œuvre d’un régime communiste héritier du maoïsme qui s’est construit tout à l’opposé de ce passé revendiqué aujourd’hui. 

Le Parti communiste chinois, le PCC, s’est bâti sur un passé qualifié de féodal et il a été rejeté en bloc et avec un acharnement exemplaire entre 1949 et 1976. À cette époque, la Chine était un champ de ruines. En 2021, les survivants de ces années sombres se proclament détenteurs de valeurs universelles qui ne doivent rien à l’universalité des Lumières d’origine européenne. 

C’est à l’aube des années 2020, à la faveur de la nouvelle économie imposée par Deng Xiaoping dans la décennie 1980 qu’apparaissent les «valeurs chinoises». La propagande officielle martèle que les «valeurs chinoises» sont destinées à contrer les «valeurs universelles» occidentales puis à s’y substituer.

Derrière le discours officiel existe un débat âpre chez les intellectuels. La remise en cause de l’histoire officielle est d’abord le fait d’historiens chinois. La Chine, depuis la haute Antiquité, s’est employée à fixer un récit de son passé qui devait éclairer le présent et le futur. Chaque congrès national est l’objet d’une ou deux petites phrases destinées à bâtir ce récit. 

Ce dernier au début des années 2020 est bourré d’élucubrations mais l’important réside dans son utilité pour faire pièce au néolibéralisme américain et au vieux communisme soviétique. C’est ainsi que le concept de «Civilisation-État» sert les intérêts de la Chine et justifie son caractère unique et spécifique, autrement dit la fameuse «altérité chinoise».

Ce qui ressort des affrontements entre les intellectuels chinois n’est autre que l’expression d’une Chine en mal de récit et d’identité. Les passes d’armes entre historiens lucides et critiques et les philosophes ayant pris à leur compte les visées grandioses de leur pays qui se projette déjà comme la prochaine puissance mondiale ont le mérite de témoigner de la rudesse des discussions et des dissensions au sein des élites intellectuelles qui sont assez loin de l’image docile et moutonnière  que les médias occidentaux en donnent trop souvent.

Il convient tout autant de distinguer les débats dans les milieux intellectuels des stratégies adoptées par la propagande officielle, laquelle vise en particulier à gagner des sympathisants et des admirateurs de la «civilisation plurimillénaire» de la Chine. C’est le rôle dévolu aux Instituts Confucius dont les mécanismes ont parfaitement été démontés et dénoncés. Sous couvert d’imiter les Alliances françaises et les Instituts Goethe, les Instituts Confucius ont fini par sombrer, qualifiés d’academic malware, ou programme académique malveillant.

L’histoire officielle chinoise oublie des événements et se calque sur celle du PCC qui fait l’objet d’un cursus distinct et obligatoire dans le parcours scolaire et universitaire. Des épisodes entiers sont oubliés comme la campagne «antidroitière» et la purge des intellectuels de 1957, la terrible famine qui a suivi le «Grand Bond en avant» de 1958 ou encore les violences de la Révolution culturelle de 1966-1976. Le massacre de Tian’anmen en 1989 a été tout simplement effacé de l’histoire.

Des intellectuels chinois ont le courage d’aller contre le récit officiel, d’autres utilisent des procédés de messages cryptés entre les lignes. Parler du passé pour mieux critiquer le présent est souvent un moyen employé par des historiens. L’exercice est cependant difficile pour certains auteurs qui, de bonne foi, sont critiques mais veulent aider à «repenser» la Chine en respectant sa culture. Ils cherchent une voie chinoise qui se distinguerait à la fois du libéralisme américain, du communisme soviétique et de l’actuel néoconfucianisme qu’ils fustigent. 

Ils tâtonnent à la recherche d’un républicanisme constitutionnel qui s’opposerait au régime actuel auquel il est reproché de disposer de pouvoirs illimités sans obligation d’en assumer les responsabilités. Ils tâtonnent encore dans leur constante préoccupation de contrecarrer le bouddhisme, d’encadrer l’économie des monastères, comme si les dirigeants craignaient de voir la doctrine du parti submergée par la force d’un sentiment religieux.

L’analyse officielle chinoise des évènements extérieurs mérite aussi d’être regardée avec attention. Un exemple est mai 1968 en France. Le cas est extrême par la grossièreté de sa présentation mais il nous touche directement.

Le Quotidien du Peuple traitait mai 1968 en France, non pas en citant les Geismar et les Cohn-Bendit mais en mettant en scène un personnage obscur, Jacques Jurquet, secrétaire général du groupusculaire Parti communiste marxiste-léniniste de France, dans sa lutte héroïque contre l’ignoble Waldeck Rochet engoncé dans la «ligne révisionniste soviétique» que la Chine de Mao pourfendait comme une traîtrise honteuse de l’esprit communiste pur et dur. 

Les Chinois nous ont habitués à vivre hors du temps historique. Aucun des acteurs français de mai 1968 n’a connu une fin semblable à celle des Gardes rouges, héros ayant fini leur carrière dans le fin fond des campagnes déshéritées pour ne pas troubler la fête du IXe congrès du PCC en 1969.

On l’aura compris, la construction d’une histoire et d’une identité nationales dans la Chine des années 2020 est une affaire d’État dont se saisissent les historiens de diverses sensibilités. Le poids de la diffusion de l’histoire de la Chine par les autorités officielles n’est pas précisément évalué mais il est bien réel et diffusé par les médias, les blogs, les productions universitaires, les livres édités en nombre, la réduction de la censure.

Le développement de la Chine a créé des regroupements de Chinois par domaines d’intérêts qui ne sont pas tous matériels. Ainsi, des citoyens qui se méfient des grandes théories, de l’éloge sans nuance de la modernisation ou de l’exceptionnalisme chinois suspect à leurs yeux, se retrouvent et partagent des idées et des critiques. Ce sont des gens éduqués et qui, sans titre officiel, développent des idées de gestion de la société. 

Jusqu’en 2013, ces groupes n’ont pas été suivis par le pouvoir. Cela a changé avec l’arrivée de Xi Jinping. Ces groupes ont occasionné toutes sortes d’inquiétudes. Leur diversité, leur non-organisation, leur nombre ont fait qu’ils ne pouvaient plus être pris pour quantité négligeable. Les débats qu’ils ont provoqués ont touché le PCC, les institutions et l’ensemble des rouages de l’État.

Même si, vis-à-vis de la covid-19, l’économie chinoise semble avoir de fortes chances de s’en tirer assez bien d’un point de vue économique, il reste que la projection que souhaite donner la Chine de sa propre image se trouve mise en échec. Les hommes politiques occidentaux, longtemps silencieux sur la Chine, commencent à sortir de leur réserve. Rares sont les personnes en 2021 qui accordent un quelconque crédit aux constructions du «rêve chinois». 

«La Chine devrait se remettre à penser au lieu de dépenser», dit Anne Cheng."


Pensar na China


Entrevista com Anne Cheng, centrada no seu "Penser en Chine". Um 'show' de conhecimento e de erudição da titular da cátedra "Histoire Intellectuelle de la Chine". Imperdível!

Lamentavelmente, as legendas apresentadas no vídeo estão cheias de contrasensos e autênticos disparates e têm, portanto, de ser ignoradas. Vale que Anne Cheng tem óptima dicção e fala pausadamente.

https://www.youtube.com/watch?v=ML0WJJsfSaA


Pequeno Manual de Inteligência Económica

Uma boa "grelha de leitura" para entender o hipercompetitivo mundo em que vivemos e como o tratar... Com a qualidade a que Nicolas Moinet nos habituou. Este "pequeno manual" é uma grande obra e, portanto, de leitura altamente recomendável.





domingo, 6 de junho de 2021

Um Policial na Calha... Finalmente!

José Mateus


Na minha vida tenho escrito em vários registos e sobre variadíssimos tipos de matérias. Mas nunca escrevi um policial. E, há que anos, em casa do J-P M, tinha eu decidido, respondendo a um desafio dele, fazer a experiência, há que anos?! As urgências da "escrita alimentar" nunca, porém, me deixaram tempo e espaço para tanto. Creio que o momento e até o tema me apareceram agora.

Para me inserir no "mood" da coisa, tenho andado, há meia-dúzia de semanas, a reler o luso-americano Daniel Silva, o nosso Paulo Reis e o seu "Velho" e outros. Até o mestre Dashiell Hammett.


Chegou agora a vez da releitura da Catherine Fradier e do Jean-Patrick  Manchette (lembro-me que no pequeno WC do apartamento do J-P M em Paris havia mais livros, policiais quase todos, do que em qualquer casa de 99% da população...).

Se o J-P M foi quem trouxe o policial para o universo pós-anos 60, a Catherine Fradier é quem, em romances muito bem aviados, introduz o "polar" francês e europeu no universo implacável da inteligência e da guerra económicas, coisa já muito século XXI.


A propósito do "Nada" de J-P M, alguém escreveu: "Nada is a remarkable book. At the time of its publication, there was nothing like it outside of Manchette’s work; novels and politics kept separate bedrooms. As Didier Daeninckx, who began writing his political thrillers in the 1980s, put it in an interview: “Manchette seized a scorned genre that in the 1960s was right-wing, even extreme right-wing, and in one stroke shattered the conventions. With that he effected a split in the genre.”

No inovador trabalho de Catherine Fradier, já totalmente século XXI, "Léo, Eléonore de Coursange, est directrice de l'Agence de sécurité économique, instance clef quoique souvent méconnue, de la nouvelle donne politico-économique mondiale.

L'intelligence économique, un concept encore un peu abstrait pour certains, pour d'autres, une priorité nationale, à l'heure où des guerres d'un genre nouveau se profilent dans l'ombre, redoutables parce que quasiment insaisissables.

Le conflit étend son champ de manoeuvres, les avants postes ne sont plus discernables en tant que tels, les belligérants, planqués sous des dehors respectables, des multinationales, dont les plans à long terme sont aussi secrets qu'obscurs.

Le travail de Léo et de son équipe, les pister, remonter les filières, mettre à jour les liaisons dangereuses, sécuriser la patrimoine économique nationale en luttant contre les lobbyings dévastateurs ....."


"L’Agence de Sécurité Économique, mandatée par le gouvernement, était chargée d’enquêter sur une série d’attaques visant Aristee, le premier semencier mondial, une multinationale américaine dans laquelle l’État français avait des intérêts.

Meurtres de ses cadres, piratage de ses réseaux informatiques, destruction de parcelles en cours d’étude, une vaste entreprise de déstabilisation la fragilisait.

Autour d’Éléonore de Coursange, directrice de l’ASE, les agents du premier cercle: Karl Saint-Léger, Éric Laville, Latifa Boubaker et Igor Sokolov. Ils finirent par démasquer les instigateurs commandités par la Chine.

L’enquête aurait dû s’arrêter là, mais c’était sans compter sur la sagacité et le professionnalisme des analystes de l’équipe de Léo.

Désireux d’éclaircir des zones d’ombre qui entachaient l’affaire, ils découvrirent les terribles objectifs d’Aristee, parmi lesquels la mainmise sur tous les semenciers, la fabrication et la commercialisation de Liquidator, une semence modifiée génétiquement pour produire des graines stériles et ainsi obliger les....."

Yes, I'm in the mood! Ou muito perto.

Se não houver modificações durante o caminho, vão ser 200 páginas bem "cozinhadas" só com ingredientes deste Portugal a entrar no século XXI às arrecuas.

Promis, juré, Jean-Patrick Manchette!


sexta-feira, 4 de junho de 2021

Como encontrei o Musashi numa cozinha em Paris

José Mateus

Foi o Bernard L. quem me iniciou no Miyamoto Musashi. Na altura, depois de ter lido e relido a tese do André Glucksman, 
sob a direcção de Raymond Aron, sobre Mao e o "Da Guerra Prolongada", eu andava à procura dos clássicos orientais sobre a matéria. Uma noite, num jantar em casa da Christine H., encontrei um amigo dela que preparava uma tese de doutoramento sobre a ficção de Arsene Lupin no quadro do seu tempo. Quem inventa tal tema só pode ser um tipo interessante, inteligente e divertido, pensei. Fomos falando ao longo do jantar e acabámos a tomar o café num canto da cozinha, fora do bulício das conversas do restante pessoal. "Tens de conhecer o Musashi", disse-me ele quando lhe falei da minha busca pelos clássicos orientais. "Há também uns indianos interessantes mas o Musashi e o seu tratado são imprescindíveis, tanto o "tratado" como ele mesmo". Os indianos, disse-lhe, eu já conhecia mas o Musashi nem tinha ouvido falar a ninguém. "É natural, neste tempo ninguém o conhece mas, vais ver, que ainda o vão conhecer". No canto da cozinha, com a chávena do café na mão, o Bernard falou-me do Musashi (não do "tratado") durante mais de duas horas. No dia seguinte, entrei na livraria do Bd. Saint-Germain, onde o Bernard me tinha dito que seria possível encontrá-lo, e um exemplar do "tratado" veio de lá comigo. Até hoje.


'When you attain the Way of strategy, there will not be one thing you cannot see.'

- Miyamoto Musashi, Book of Five Rings

"Shortly before his death in 1645, the undefeated swordsman Miyamoto Musashi retreated to a cave to live as a hermit. There he wrote five scrolls describing the "true principles" required for victory in the martial arts and on the battlefield. Instead of relying on religion or theory, Musashi based his writings on his own experience, observation, and reason.

The scrolls, published as The Book of Five Rings, have recently gained an international reputation in the business world as a means of resolving differences and achieving success. But their delineation of the psychological strength, rigorous self-control, and practical application necessary for dealing with physical and mental conflict also has a wider relevance and can be usefully applied to all our lives.

Miyamoto Musashi was born around 1584 into a samurai family in Harima province. His mother died soon after his birth, so he was raised by his step-mother and then his uncle, a monk from the Shoreian temple. While staying with his uncle, he was taught Zen Buddhisma and basic reading and writing. He had his first duel at the age of thirteen and went on to have 59 more, claiming never to have lost a single one. He completed his influential book on swordsmanship in May 1645, the year he died."




Covid-19: O Escândalo da "Dezinformatsiya" Anti-Trump  dos Grandes Media Americanos

The Fauci emails: What did Tony tell Trump about Wuhan funding? Insights from the Wall Street Journal


The State-driven coronavirus narrative is unravelling. Rapidly. Yesterday, thousands of emails written by and to Dr Anthony Fauci, medical advisor to the US president, were put into the public domain. They strip the veneer from a carefully managed message. One which was mostly supported by mainstream and social media through self- and direct censorship. Ironically, some  3 200 Fauci emails, now available for anyone to download, have been exposed primarily through the legal efforts of two titles which were among the strongest propagators of the official message. For context, here’s this morning’s “Best of The Web” column from the Wall Street Journal. 

– Alec Hogg



quinta-feira, 3 de junho de 2021

SolarWinds Volta a Atacar, Alerta a Microsoft


O misterioso grupo de hackers, ligado às "informações" externas russas (SSR), que desde finais do ano passado conduziu ataques de grande porte contra alvos ocidentais, está de novo ao ataque, alertou a Microsoft.

Alvos: agências governamentais americanas (de novo), grupos de reflexão (think-tanks), ONG etc. Pelo menos, 3000 contas de 150 organizações, em 24 países...

Método: "phishing"

Objectivo: recolher informações sobre sobre a política externa americana.

Russos negam: Sergei Naryshkin, o director do SSR, confrontado pela BBC, disse apenas que "isso são afirmações dignas de um mau romance policial"...

No próximo dia 16 deste mês, na reunião de Genebra, Biden verá o que diz Putin.


terça-feira, 1 de junho de 2021

Controlo e Segurança da Informação

Pequenos truques, grandes resultados... Há coisas que convém ter presentes no quotidiano das empresas e instituições, como esta "brincadeira" que os americanos fizeram aos alemães e que resultou em cheio.


 

Portugal: Falta de Estratégia e de Decisão

Lúcio Vicente Estamos a poucos dias de celebrar os 50 anos de Abril. Porém, Portugal é muito menos do que podia e devia ser. Os 123 mil milh...