domingo, 31 de maio de 2020

Brasil: General Mourão esclarece a situação

Do vice-Presidente do Brasil, General Mourão, um importantíssimo e muito esclarecedor artigo, publicado no passado dia 15, no jornal "Estado de S. Paulo", e que aqui se regista, pelo seu alcance e importância para uma análise das dinâmicas da situação politica do Brasil.



Limites e Responsabilidades

General Mourão, vice-Presidente do Brasil | Jornal 'Estado de S. Paulo' | 15 Maio 2020

Com sensibilidade das mais altas autoridades é possível superar a grave situação que vive o País


A esta altura está claro que a pandemia de covid-19 não é só uma questão de saúde: por seu alcance, sempre foi social; pelos seus efeitos, já se tornou econômica; e por suas consequências pode vir a ser de segurança. 

A crise que ela causou nunca foi, nem poderia ser, questão afeta exclusivamente a um ministério, a um Poder, a um nível de administração ou a uma classe profissional. É política na medida em que afeta toda a sociedade e esta, enquanto politicamente organizada, só pode enfrentá-la pela ação do Estado.

Para esse mal nenhum país do mundo tem solução imediata, cada qual procura enfrentá-lo de acordo com a sua realidade. Mas nenhum vem causando tanto mal a si mesmo como o Brasil. Um estrago institucional que já vinha ocorrendo, mas agora atingiu as raias da insensatez, está levando o País ao caos e pode ser resumido em quatro pontos.

O primeiro é a polarização que tomou conta de nossa sociedade, outra praga destes dias que tem muitos lados, pois se radicaliza por tudo, a começar pela opinião, que no Brasil corre o risco de ser judicializada, sempre pelo mesmo viés. Tornamo-nos assim incapazes do essencial para enfrentar qualquer problema: sentar à mesa, conversar e debater. 

A imprensa, a grande instituição da opinião, precisa rever seus procedimentos nesta calamidade que vivemos. Opiniões distintas, contrárias e favoráveis ao governo, tanto sobre o isolamento como a retomada da economia, enfim, sobre o enfrentamento da crise, devem ter o mesmo espaço nos principais veículos de comunicação. Sem isso teremos descrédito e reação, deteriorando-se o ambiente de convivência e tolerância que deve vigorar numa democracia.

O segundo ponto é a degradação do conhecimento político por quem deveria usá-lo de maneira responsável, governadores, magistrados e legisladores que esquecem que o Brasil não é uma confederação, mas uma federação, a forma de organização política criada pelos EUA em que o governo central não é um agente dos Estados que a constituem, é parte de um sistema federal que se estende por toda a União.

Em O Federalista – a famosa coletânea de artigos que ajudou a convencer quase todos os delegados da convenção federal a assinarem a Constituição norte-americana em 17 de setembro de 1787 –, John Jay, um de seus autores, mostrou como a “administração, os conselhos políticos e as decisões judiciais do governo nacional serão mais sensatos, sistemáticos e judiciosos do que os Estados isoladamente”, simplesmente por que esse sistema permite somar esforços e concentrar os talentos de forma a solucionar os problemas de forma mais eficaz.

O terceiro ponto é a usurpação das prerrogativas do Poder Executivo. A esse respeito, no mesmo Federalista outro de seus autores, James Madison, estabeleceu “como fundamentos básicos que o Legislativo, o Executivo e o Judiciário devem ser separados e distintos, de tal modo que ninguém possa exercer os poderes de mais de um deles ao mesmo tempo”, uma regra estilhaçada no Brasil de hoje pela profusão de decisões de presidentes de outros Poderes, de juízes de todas as instâncias e de procuradores, que, sem deterem mandatos de autoridade executiva, intentam exercê-la.

Na obra brasileira que pode ser considerada equivalente ao Federalista, Amaro Cavalcanti (Regime Federativo e a República Brasileira, 1899), que foi ministro de Interior e ministro do Supremo Tribunal Federal, afirmou, apenas dez anos depois da Proclamação da República, que “muitos Estados da Federação, ou não compreenderam bem o seu papel neste regime político, ou, então, têm procedido sem bastante boa fé”, algo que vem custando caro ao País.

O quarto ponto é o prejuízo à imagem do Brasil no exterior decorrente das manifestações de personalidades que, tendo exercido funções de relevância em administrações anteriores, por se sentirem desprestigiados ou simplesmente inconformados com o governo democraticamente eleito em outubro de 2018, usam seu prestígio para fazer apressadas ilações e apontar o País “como ameaça a si mesmo e aos demais na destruição da Amazônia e no agravamento do aquecimento global”, uma acusação leviana que, neste momento crítico, prejudica ainda mais o esforço do governo para enfrentar o desafio que se coloca ao Brasil naquela imensa região, que desconhecem e pela qual jamais fizeram algo de palpável.

Esses pontos resumem uma situação grave, mas não insuperável, desde que haja um mínimo de sensibilidade das mais altas autoridades do País.

Pela maneira desordenada como foram decretadas as medidas de isolamento social, a economia do País está paralisada, a ameaça de desorganização do sistema produtivo é real e as maiores quedas nas exportações brasileiras de janeiro a abril deste ano foram as da indústria de transformação, automobilística e aeronáutica, as que mais geram riqueza. Sem falar na catástrofe do desemprego que está no horizonte.

Enquanto os países mais importantes do mundo se organizam para enfrentar a pandemia em todas as frentes, de saúde a produção e consumo, aqui, no Brasil, continuamos entregues a estatísticas seletivas, discórdia, corrupção e oportunismo.

Há tempo para reverter o desastre. Basta que se respeitem os limites e as responsabilidades das autoridades legalmente constituídas.




Trump Pressionado para Endurecer Posições frente a Pequim

Face à escalada chinesa, Trump começa a ser pressionado para, de vez, encarar e tratar o governo chinês “como o inimigo que é”... Caso exemplar destas pressões, que já saíram dos bastidores e saltaram para a rua, é esta crítica (agora publicada pela revista "The National Interest") a um "relatório" sobre a China, oriundo de um 'staff' de Trump. 

“ Is the Trump Administration Confused on China?

Christian Whiton | TNI | May 28, 2020

A new report urges competition instead of conflict and working together where interests align. Question: Where exactly do our interests align with a country that just got 100,000 Americans killed, steals our technology, wages cyberwar against us, and which is in the midst of one of the most threatening military buildups in modern history


In recent days, President Trump has foreshadowed what’s hopefully coming: as the coronavirus crisis that has cut short 100,000 American lives ends, it will be time to turn to assessment and recrimination, including punishing China, which allowed the virus to spread. He could go even further and treat China’s government as the enemy it is.

Last week, Trump said .....

sexta-feira, 29 de maio de 2020

China Multiplica os Focos de Tensão

A China multiplica, neste fim de Maio, os focos de tensão, facto que alguns analistas interpretam como uma tentativa para ocultar as fragilidades internas do "imperador" Xi Jinping. Ao mesmo tempo que ordena aos militares que se preparem para combater, que aponta Taiwan como alvo, que cria um conflito com o Canadá (devido uma sentença desfavorável à responsável financeira da Huawey), que ameaça estados europeus, a Austrália e também os USA e outros, que 'cilindra' o estatuto de Hong-Kong, a China mergulha num conflito fronteiriço com a India que, dada a gravidade da situação, Trump já se ofereceu para intermediar. Oferta que a India acaba de rejeitar... A “Nikkei” faz o ponto da situação neste duelo no topo do mundo, na fronteira do Himalaia, a cerca de 5 mil metros de altitude.


India and China face off along disputed Himalayan border

Chinese troops hold ground as Beijing's conciliatory tone fails to ease tensions

Nikkei Asian Review | May 28, 2020 19:49

NEW DELHI -- Indian and Chinese troops are engaged in a tense standoff along the Himalayan border amid fears that the latest military confrontation could turn far more serious than the Doklam conflict that lasted 73 days in 2017.

U.S. President Donald Trump offered to mediate on Wednesday after Chinese troops were alleged to have encroached on to Indian territory. "We have informed both India and China that the United States is ready, willing and able to mediate or arbitrate their now raging border dispute," he tweeted.

India's foreign ministry on Thursday did not directly acknowledge the Trump proposal, while Beijing had yet to react.

"We are engaged with the Chinese side to peacefully resolve this issue," Indian External Affairs Ministry spokesperson Anurag Srivastava said during an online media briefing Thursday evening in response to questions on Trump's offer.

"Our troops have taken a very responsible approach toward border management," Srivastava said after questions on the ongoing standoff.

"India is committed to the objective of maintenance of peace and tranquility in the border areas with China," he said. "At the same time, we remain firm in our resolve to ensuring India's sovereignty and national security."

The standoff began on May 5 when Indian and Chinese soldiers clashed at Pangong Tso, a lake 14,000 feet above sea level in the Himalayan region of Ladakh along their common border known as the Line of Actual Control, or LAC. Troops engaged in fistfights and attacked each other with sticks and stones, leaving scores on both sides injured, local media reported. Over 1,000 Chinese soldiers had transgressed onto Indian territory .....

https://asia.nikkei.com/Politics/International-relations/India-and-China-face-off-along-disputed-Himalayan-border

quinta-feira, 28 de maio de 2020

O Conflito Trump/Twitter

Franck DeCloquement, velho amigo da equipa Intelnomics, analisa o conflito entre o Presidente Trump e a rede social Twitter, seus motivos e suas implicações. Um conflito que já se perfila como um factor maior da campanha presidencial em curso...


CENSURE PAR ALGORITHME 

Trump et les conservateurs partent en guerre contre les réseaux sociaux… et ont de vraies raisons de le faire

Atlantico.fr: Que révèle en creux la classification de certains tweets du président américain Donald Trump comme «fake news» par la plateforme Tweeter, et sur la neutralité informationnelle des réseaux sociaux en règle générale?  

Franck DeCloquement: Cette problématique de «censure» idéologique ou de modération «orientée» – selon que l’on est paléo conservateur ou démocrate – est tout à fait passionnante, parce qu’elle met en lumière l’un des enjeux majeurs pour la prochaine campagne présidentielle américaine qui s’annonce: gagner à tout prix les cœurs et les esprits des électeurs !

A cette occasion, Donald Trump a en effet très clairement menacé hier de fermer des réseaux sociaux, visiblement excédé après le premier signalement en date du contenu de l’un de ses messages chocs: «Twitter interfère avec l'élection présidentielle de 2020. Ils disent que ma déclaration sur le vote postal est incorrecte, en se basant sur des vérifications des faits par ‘Fake News CNN’ et le ‘Amazon Washington Post’» a-t-il expliqué courroucé, dans l’un de ses messages laconiques dont il a le secret, suivi par 80 millions de personnes. Des Tweets, jugés tout à la fois «trompeurs» par la modération de la plateforme sociale, et «véhiculant des informations non vérifiées.» Twitter a dans l’interstice ajouté une mention «vérifiez les faits » aux deux tweets de Donald Trump qui affirmaient en outre que le vote par correspondance était nécessairement «frauduleux»… 

«Ces tweets contiennent des informations potentiellement trompeuses sur le processus de vote et ont été signalés pour fournir du contexte additionnel sur le vote par correspondance. Cette décision a été prise en accord avec l’approche que nous avons présenté plus tôt ce mois-ci», a renchérie l’un des porte-paroles de la plateforme de microblogging. Une première à l'encontre du président américain, d’autant plus que c'est la première fois que ces règles lui sont appliquées sur son réseau social de prédilection... De quoi le mettre en rage. 

Mais sa détermination forcenée et sa croisade bien connue contre les réseaux sociaux – «biaisés» à ses yeux – ne sont toutefois pas neuves. Elles ne datent tout simplement pas d’hier. Pour preuve, rappelons qu’au lendemain des deux tueries de masse d’aout 2019 – celle de l'Ohio et celle d’El Paso au Texas – qui avaient fait au total 31 morts aux États-Unis, les jeux vidéo et les réseaux sociaux avaient été immédiatement mis en cause par la classe politique américaine dans son ensemble. C’était d’ailleurs immédiatement lancée une course effrénée aux coupables, épinglant à l’envi les «jeux vidéo violents» d’une part, tout en demandant l'aide des réseaux sociaux d’autre part, sur lesquels ces mêmes jeux sont souvent diffusés, relayés ou vantés... 

Comme l’avait d’ailleurs relevé en son temps «Ars Technica», le chef de file des républicains à la Chambre des représentants avait livré dans cette période pour le moins trouble, le fond de sa pensée devant la chaine de télévision Fox News. Utilisant à cet effet une rhétorique bien huilée: «les jeux vidéo qui déshumanisent les individus, avoir un jeu qui consiste à tirer sur des personnes, j'ai toujours pensé que c'était un problème pour les futures générations.» Ajoutant plus loin, «quand on regarde la façon dont ça s'est passé, on peut voir la même chose dans les jeux vidéo.» 

Dans la foulée, et lors d'un discours dans son bureau ovale à la Maison-Blanche, Donald Trump en avait aussi appelé à «arrêter la glorification de la violence dans nos sociétés, notamment dans des jeux vidéo affreux qui sont aujourd'hui devenus banals» sous prétexte «qu'il est trop aisé aujourd'hui pour des jeunes en difficulté de se complaire dans une culture qui célèbre la violence!»

«Une rhétorique mille fois entendues malgré les études qui démontrent que ces produits commerciaux ne rendent pas plus violent que les autres les gens normaux», avait en substance répliqué le chercheur de la Virginia Tech University Chris Ferguson (professeur de psychologie à l'Université Stetson), interrogé par le New York Times après les faits. Avant que le très célèbre journal ne complète l’opinion de celui-ci, par l'avis d'un médecin spécialisé expliquant de son côté doctement que «les données sur les bananes qui poussent au suicide» sont aussi probantes que celles qui lient le jeu vidéo aux tueries de masse… Fermez le ban ! 

Après ce weekend meurtrier de triste mémoire, les réseaux sociaux sont indéniablement devenus tout à la fois l’ennemi juré et l’allié manifeste de l’administration Trump. Dans un exercice d’équilibrisme constant, l’actuel président des Etats-Unis demande d’ailleurs régulièrement à toutes ces plateformes de «protéger sans toutefois censurer». L’affaire n’est pas mince, et recèle un fort relent idéologique à l’approche des prochaines élections présidentielles américaines, pour les deux camps qui s’affrontent. 

Lors du Social Media Summit qui avait eu lieu à l’été 2019, le président Trump avait déjà annoncé vouloir lutter contre ce problème de partialité patente à ses yeux. Mais cette affaire n’avait pas beaucoup avancé depuis, car le décret en est resté à un stade très embryonnaire puisque aucune sanction n'a encore été réellement détaillée pour les plateformes qui «désobéiraient»... 

Il faut aussi convenir que le système américain laisse très peu de latitude à l’exécutif pour agir sur ce type de questions sensibles sans l'appui du congrès, quand il s'agit de laisser le gouvernement fédéral légiférer. Souvenons-nous toutefois qu’un responsable de la maison blanche interrogé par la presse américaine avait dressé un portrait sans équivoque de la situation selon Trump: «si Internet est présenté comme cet espace égalitaire, mais que Twitter est un cloaque rempli de venin libéral, alors le président veut juste un peu d'impartialité dans le système» avait-il détaillé, avant d'ajouter que «les réseaux sociaux jouent malgré tout un rôle vital [...] dans notre culture.»

(...)  Mais pour l’heure, «Twitter, est un cloaque de venin libéral»! Voilà en substance « la grande affaire» selon Trump. Tout le monde l’aura bien compris à cette occasion, et cela, sans trop faire d’efforts. A ses yeux, les réseaux sociaux géants comme celui-ci sont naturellement «biaisés» de ce point de vue. Et ceci, compte tenu des opinions politiques personnelles affichées par les grands dirigeants de la Tech Californienne… Jack Dorsey en tête, le co-fondateur et PDG emblématique du site de microblogging. (...) Et cela, alors que Twitter était déjà accusé avec Facebook de «partialité au détriment des conservateurs», comme l'avait dénoncé très tôt Donald Trump.

La numéro deux de Facebook, Sheryl Sandberg, avait été également auditionnée par la commission du Renseignement du Sénat. Sommée de s'expliquer elle aussi sur «les opérations d'influence étrangères et leur utilisation des plateformes des médias», puisque soupçonnés de favoriser les opinions de la gauche américaine. 

La participation d'un dirigeant de Google ou de sa maison-mère, Alphabet, avait aussi été également très sollicitée durant cette même période... En avril 2018, ce fut au tour du patron de Facebook Mark Zuckerberg d’être sommé de s'expliquer au Congrès pour les failles de sécurité du réseau social. 
(...)
L'opposition démocrate va naturellement tenter de surfer sur la vague de mécontentement à l'égard de Donald Trump, afin de tenter de le battre. Et la puissance suggestive des réseaux sociaux – et la bienveillance de leurs CEO – serait naturellement d’une aide précieuse pour les démocrates, on l’imagine aisément… Trump le sait et le redoute naturellement...

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Ex-Ministro Democrata-Cristão Holandês Defende o Fim do Euro e o Regresso às Moedas Nacionais

Ex-ministro, ex-deputado e dirigente da Democracia Cristã da Holanda, Bert de Vries afirma que é preciso pôr fim ao euro e voltar às moedas nacionais. De Vries, um dos mais respeitados dirigentes políticos holandeses, classifica o euro de projecto falhado, reconhece que esta moeda única favoreceu as economias da Alemanha e da Holanda enquanto destruiu as da fachada marítima e lamenta que na UE "tudo é subordinado à manutenção, a qualquer preço, do euro". Critica ainda os defeitos da construção europeia "depois de Maastricht" e o abandono da defesa do Estado-Providência e uma economia-mista a favor do neo-liberalismo. Finalmente, De Vries pede desculpa por não "resistido" o suficiente nos debates parlamentares que antecederam a adopção do euro... Ah, e ainda denuncia a hipocrisia dos políticos alemães e holandeses sobre esta matéria e o enviesamento da sua visão sobre as dificuldades dos “países do sul”, ao mesmo tempo que considera o ‘paraíso fiscal’ holandês como uma “vergonha”. Esta entrevista do octogenário político a um dos mais considerados jornais holandeses insere-se na campanha de lançamento do seu livro “O Capitalismo Saído dos Carris”, já considerado um grande “testamento político”.


 
"Si un projet échoue, il faut oser y mettre fin": 

Hadrien Mathoux | Mariane | 25/05/2020 à 18:46

Dans un entretien au journal "Trouw", le chrétien-démocrate Bert de Vries dresse un bilan très négatif de la monnaie unique européenne et préconise un retour du florin aux Pays-Bas. Ministre des Affaires sociales de 1989 à 1994, il affirme regretter la mise en place de l'euro.



Si l'on enlevait son nom, que l'on retirait sa photographie et que l'on traduisait ses propos, Bert de Vries aurait tout d'un souverainiste italien, portugais ou espagnol. Et pourtant, les lecteurs de l'édition du 22 mai de Trouw, l'un des principaux quotidiens néerlandais, n'ont pas lu l'interview d'un populiste méridional, mais d'un ancien ministre des Affaires sociales des Pays-Bas, membre historique de l'Appel chrétien-démocrate (CDA), un sage parti de centre-droit pro-européen et libéral.  

Dans cet entretien destiné à promouvoir son nouveau livre sur un "capitalisme sorti des rails", Bert de Vries se prononce publiquement pour la fin de l'euro, et dénonce les impasses de la construction européenne. Un message d'autant plus fort qu'il émane d'un homme qui fut l'un des moteurs du lancement de la monnaie unique lorsqu'il était membre du gouvernement néerlandais entre 1989 et 1994. 

Aujourd'hui, l'octogénaire regrette que son ancien parti, qu'il accuse d'être devenu "trop peu sensible aux difficultés croissantes de la population", ait abandonné la défense de "l'Etat-providence et d'une économie mixte" au profit du "néolibéralisme".

Bert de Vries ne prend pas de gants pour exprimer son avis au sujet de la monnaie unique européenne. Il tient même à "s'excuser" de ne pas avoir assez "résisté" lors des débats préalables à son introduction, dans les années 1990. "C'était l'une des décisions les plus radicales que nous ayons prises durant cette période au gouvernement, avec des conséquences très graves. Nous nous sommes entendus trop facilement", regrette l'ancien ministre. De Vries estime dans Trouw que "tout est subordonné au maintien à tout prix de l'euro", une situation qu'il ne juge "pas viable": "Nous n'obtenons plus d'intérêt sur nos épargnes, nos pensions sont réduites, les entreprises sont encouragées à s'endetter, tout cela pour maintenir les taux à un niveau assez bas pour que la dette publique italienne reste abordable."
Le démocrate-chrétien prône un retour au florin, la monnaie nationale néerlandaise avant le passage à l'euro, et le maintien de l'euro comme monnaie commune (et non plus unique), servant pour les transactions néerlandaises. Interrogé par le journaliste hollandais sur le cas d'un touriste en vacances dans un camping français, il explique que dans ce cas, "on paie avec des francs français, comme avant. Votre banque achète des francs à la Banque centrale néerlandaise, laquelle a transféré des euros à la Banque centrale française en échange d'un taux fixe."

LE BILAN "DRAMATIQUE" DE L'EURO POUR LES PAYS DU SUD

Outre les difficultés posées par l'euro, Bert de Vries évoque également les avantages offerts par un retour aux monnaies nationales : "Vous donnez aux pays des outils financiers entre leurs mains, par exemple les armes de dévaluation et de réévaluation". Il évoque ainsi la possibilité pour les pays du Sud de dévaluer leur monnaie afin de faciliter leurs exportations et d'alléger le poids de leur dette publique, mais aussi les réévaluations auxquelles pourraient procéder les Pays-Bas et l'Allemagne. "Si un projet échoue, il faut oser y mettre fin", tente de rassurer l'homme politique néerlandais, qui rappelle que "lors des 75 dernières années, nous en avons fait 55 sans l'euro et cela s'est bien passé."
Le journaliste de Trouw lui suggère alors que sa volte-face fera le bonheur de Thierry Baudet et Geert Wilders, deux chefs de file de la droite nationaliste, hostiles à l'Union européenne. "Si Baudet et Wilders veulent se débarrasser de l'euro, cela veut-il dire qu'on doit dire que l'euro est un succès ?", répond de Vries, qui pourra difficilement être accusé de complaisance vis-à-vis de la droite dure : en 2010, il avait quitté la CDA pour protester contre l'ouverture de négociations avec le Parti pour la liberté (PVV), la formation de Geert Wilders.

LES PAYS-BAS "NE DOIVENT PLUS ÊTRE UN PARADIS FISCAL"

Au-delà de l'euro, l'ancien député de la Seconde chambre de La Haye critique les défauts de la construction européenne depuis le traité de Maastricht. "Le projet est bloqué, il ne peut pas continuer", explique-t-il, constatant avec la crise du coronavirus que les pays du Sud endettés ne sont pas, ou ne peuvent pas être aidés par ceux du Nord, et que le récent conflit entre la Banque centrale européenne et la Cour constitutionnelle allemande a aggravé les tensions. Il est toutefois notable que s'il critique l'UE, Bert de Vries raisonne toutefois en Européen convaincu : capable de se détacher des intérêts de son pays au lieu de le poser comme un modèle de vertu, il critique ainsi "les hommes politiques en Allemagne et aux Pays-Bas [qui] présentent toujours un tableau déformé et unilatéral des causes des difficultés dans les États-membres méridionaux."
"Les Pays-Bas et l’Allemagne sont les grands gagnants de l’Union monétaire avec 25% de croissance économique au cours des 20 dernières années [alors que] l’Italie est le grand perdant avec zéro pour cent"
Courageux, l'ex-ministre constate l'absence de "convergence entre les économies des Etats du Nord et du Sud", et admet que "les Pays-Bas et l’Allemagne sont les grands gagnants de l’Union monétaire avec 25% de croissance économique au cours des 20 dernières années [alors que] l’Italie est le grand perdant avec zéro pour cent", un bilan qu'il juge "dramatique". De Vries va même jusqu'à estimer que les Pays-Bas "ne doivent plus être un paradis fiscal", un statut dont il estime que ses compatriotes devraient "avoir profondément honte". Enfin, il propose un certain nombre de mesures qu'il juge toujours pertinentes à l'échelle européenne, concernant l'environnement (taxe sur le kérosène et le transport maritime pour réduire les dégâts du libre-échange) et la lutte contre les abus des multinationales (taux européen d'impôt sur les sociétés, lutte contre le chantage à l'emploi).
Avec cet entretien dans la presse néerlandaise, Bert de Vries met la lumière sur un paradoxe : alors que la critique de l'euro est acceptée et répandue au sein des spécialistes, elle reste très marginale dans le débat public, la France ne faisant pas exception. Ainsi, de nombreux économistes tels que les deux prix Nobel Joseph Stiglitz (Comment la monnaie unique menace l'avenir de l'Europe, 2016) et Paul Krugman (Sortez-nous de cette crise… maintenant !, 2012) ont depuis longtemps pointé les défauts et les incohérences de la monnaie unique européenne, mais sa remise en question reste dans une large mesure un tabou.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

China Ameaça Disruptar Apple e Qualcomm

A China tornou-se perigosa para as multinacionais instaladas no seu território. Atraídas por salários baratos e na ilusão de que a China ia "inevitavelmente" democratizar-se, essas empresas instalaram aí segmentos estratégicos das suas 'supply chain' que, agora, o governo chinês não hesita em ameaçar. A Apple e a Qualcomm que o digam...

O governo de Pequim ameaça disruptar toda a 'supply chain' do smartphone...

Apple and Qualcomm are in China's crosshairs as trade tensions soar

China is prepared to take "forceful countermeasures" against Apple and Qualcomm following US trade restrictions against Huawei – escalating US-China trade tensions.


The proposed countermeasures include launching "endless investigations" against the US firms, placing the companies on a list of "unreliable entities," and subjecting them to legal scrutiny under China's anti-monopoly law.

And if smartphone supply chains continue to divide in response to the escalation of US-China trade tensions, then access to consumer markets could become increasingly dependent on the manufacturing alignment of that country......

sábado, 23 de maio de 2020

Como o “Coronavirus” provocou a Disrupção da “Globalização” conduzindo à “Paralização Estratégica” e a um inédito Colapso Económico


supply chains: THE WEAKEST LINKS
Alex Ossola, special projects editor | Quartz | 25.05.2020

In the past, disruptive events like hurricanes or civil unrest might have been isolated to a specific country or region. The coronavirus outbreak is different. It shuttered factories almost simultaneously worldwide, and caused secondary supply chain disruptions, such as plants empty of laborers and fewer commercial flights that limited the import of key components. “The problem in this scenario is that every part of the world is impacted. There’s nowhere to pivot to. “There’s never been an event like this. There is no contingency plan.”


How goods reach our stores and homes has never been more top-of-mind. Toilet paper, face masks, coffee—the scarcity of these items is forcing consumers to think about the complex process through which a product flows before it reaches them: its supply chain. “My dad didn’t understand what a supply chain was until now,” says Alexis Bateman, the director of the MIT Sustainable Supply Chains program. “And I’ve been doing this for a long time.”
Counterintuitively, globalization has only made our trade system more fragile and vulnerable to disruption. Even though there are more places to source more products, nodes in supply chains have become more singular and specialized, and the need to transport various components across borders creates potential snags. To make iPhones, for example, Apple works with suppliers in 43 countries across six continents.
Now, the pandemic is forcing the world to confront that fragility in real time (Quartz member exclusive ). In the past, disruptive events like hurricanes or civil unrest might have been isolated to a specific country or region—if part of a product was made in a factory in Fukushima around the time of its nuclear disaster, for example, a company could simply rely on a factory elsewhere to make it, causing few delays to the creation of finished goods.
The coronavirus outbreak is different. It shuttered factories almost simultaneously worldwide, and caused secondary supply chain disruptions, such as plants empty of laborers () and fewer commercial flights that limited the import of key components ().

The problem in this scenario is that every part of the world is impacted. Theres nowhere to pivot to, says Bateman. Theres never been an event like this. There is no contingency plan.”
How supply chains have broken down gives us a sense of how they might evolve. It’s unlikely that we’ll see an end to globalization, but once the pandemic has ended, some companies may move manufacturing facilities outside of China or closer to home.

Consumers may also more closely scrutinize future supply chains, which they’ll expect to continue to function even in the face of disruption.
“[Supply chains] used to be under the radar in terms of their role and function. That will never be true again,” Bateman says. “For a lay consumer, that knowledge that your product has been moved and produced and had all these actors involved [means] they’re going to be asking for more transparency.” 

Alex Ossola, special projects editor | Quartz | 25.05.2020



Inédito: PC chinês não se atreve a definir taxa de crescimento do PIB


O PC Chinês abandonou a sua prática de fixar uma taxa de crescimento para o PIB, pela primeira vez nos últimos 30 anos. A direcção do partido explicou esta sua inédita decisão pelo facto de a pandemia dificultar a previsão do que pode acontecer com a economia...

Com esta declaração, o PC chinês acaba por ter de assumir publicamente o primeiro grande sinal da imensa fragilidade estrutural do modelo económico "nacional-mercantilista" (totalmente dependente do exterior...) adoptado pelo PC chinês na segunda metade dos anos 80 do século passado.

Esta posição é também o reconhecimento implícito do que aqui escrevíamos, antes desta declaração, sobre a economia chinesa ter caído em recessão e a direcção do PCC começar a ficar desconfortávelcom a liderança do "imperador" Xi Jinping.

China ditches its annual growth target
for the first time as coronavirus hammers 
the world's 2nd-largest economy


China ditched its annual GDP growth target for the first time ever. It's set a target every year since 1990. But party leaders said the pandemic made it too hard to predict what could happen with the economy.

Analysts say China's timing could not be worse in both ditching its GDP target and establishing a new national security law on Hong Kong, amid escalating US-China tensions and increased calls for investigation into the origins of COVID-19.

"I would like to emphasize that we have not set a specific target for economic growth this year," said Chinese Premier Li Keqiang in his annual policy address at the National People's Congress session on Friday in Beijing.

"Our country will face certain factors that are difficult to predict in its development," Li Keqiang, the Chinese premier and President Xi Jinping's number two, said.

"It is because our country will face certain factors that are difficult to predict in its development due to the great uncertainty regarding the Covid-19 pandemic and the global economic and business environment."

A invasão pelo coronavírus de Wuhan das países de economias desenvolvidas e principais mercados de exportação da China já tem consequências...


quinta-feira, 21 de maio de 2020

'Presidenciais' USA: Biden como "Boneco" de Pequim...


A seis meses das "presidenciais" americanas, a China ocupa já um lugar central na campanha eleitoral. Talvez que o 'mago' Steve Bannon não esteja a dirigir as 'tropas' de Trump nesta batalha política mas uma coisa é certa: nota-se bem o seu 'dedo' no design dos ataques ao adversário Joe Biden, apresentado como "Beijing Biden", ou "The Great Puppet of China".. Como bem se pode ver aqui: https://beijingbiden.com/


Coronavírus, China & Etc: Christian Harbulot Desencripta o Jogo de Pequim

A propósito da crise desencadeada pelo 'coronavíruWuhan, o ex-dirigente maoísta, actual 'patrão' da École de Guerre Économique e velho amigo e "cúmplice" da equipa 'Intelnomics', Christian Harbulot, desmonta e explica o jogo da China e o seu sistema de mentira. 


Ao ver e ouvir Harbulot percebe-se que a "grelha de leitura" da realidade chinesa que ele utiliza nada tem de comum com as "leituras" de comentaristas banais e outros "analistas" que nunca sequer folhearam os textos fundacionais da matriz do PC Chinês e não sabem nada da concepção de guerra estabelecida por Mao para a RPC. 

Nesta entrevista, Harbulot mostra um pouco (o possível...) do que ele tem desenvolvido em salas fechadas e faz a demonstração do 'como' e do 'porquê' de as melhores "leituras" do jogo  de Pequim serem obra de alguns ex-dirigentes maoístas euopeus dos anos 60 e 70... Ou como já alguém disse "só certos ex-dirigentes maoístas são capazes de realmente ler o jogo do PC chinês".


Christian Harbulot: Covid-19, Crise financière, Chine, Menace sur la France...


Alemanha, China e Japão, as grandes economias de exportação, já entraram em recessão

Nem mesmo "bons" resultados contra a pandemia viral (como no caso do Japão com menos de 800 mortos em 16.400 casos confirmados) chegam para acalmar as angústias económicas da população e a perda de confiança nos governos e no "sistema" já se tornou também viral, quando o pior ainda está para vir...



O caso do Japão é também, neste plano, exemplar. Apesar do bom trabalho do primeiro-ministro Shinzo Abe na contenção do vírus chinês, a confiança no governo e na sua "Abenomics" derrete como neve ao sol.

Como neve ao sol está também a confiança alemã na hegemonia de Merkel sobre o sistema político alemão, enquanto cresce dia a dia o número de eleitores que procuram soluções políticas fora do "sistema"...

Mesmo da China comunista, o mais perfeito universo totalitário da história da humanidade (de uma "perfeição" que nem George Orwell ousou imaginar!) chegam sinais de péssimas notícias para Xi Jinping. 

Se a população chinesa nada está autorizada a pensar e a política é uma zona reservada para o PCC, são cada vez mais visíveis as manifestações de descontentamento, de quadros de topo, com a maneira como o "imperador" lidou com a pandemia e (não) resolveu o problema, colocando a China na sua pior situação económica.

As consequências geradas pela suspensão da economia no "confinamento" não só tornaram muito mais visíveis as fragilidades estruturais das grandes economias baseadas na exportação como aceleraram a sua crise.

As estratégias de crescimento de tipo "nacional-mecantilista" estão a chocar com os muros das suas limitações intrínsecas...

terça-feira, 19 de maio de 2020

China: Nova Vaga de Coronavírus

O nosso amigo Simon Black alerta hoje para uma nova vaga de coronavírus na China que já colocou mais de 100 milhões de pessoas em "lock down à chinesa"... O Simon informa ainda que o PC chinês avisou que a aparição e o alastramento de infectados levará a que os responsáveis de zona e de edifícios sejam "removidos", though it’s unclear whether ‘removed’ means ‘fired’, or ‘disappeared’).



Um “Design” para um Novo “Modelo” Global

Se a 'ordem' global já estava em radical mudança, a pandemia do vírus de Wuhan veio acelerar a fundo essa mudança.
Se a crucial pergunta “How to Decouple Key Supply Chains from China” já está a ser formulada, começa também a surgir o ‘design’ de novas propostas de modelo global, como a abaixo apresentada e oriunda de círculos próximos de Donald Trump.
‘Design’ a conhecer, estudar e não perder de vista nas suas evoluções... Na mudança radical em curso, deixar-se surpreender será demasiado caro ou mesmo fatal.

Sowing a new global garden
Clifford D. MayThe Washington Times

The post-World War II, American-led, rules-based, liberal, international order has long been, to borrow a metaphor from scholar Robert Kagan, a garden encroached upon by a jungle. The current global health and economic crisis reveals – to those with eyes that see – the startling extent to which the weeds and wild critters have overrun the fruits and flowers. Here’s the primary reason: Illiberal regimes neither recognize American leadership nor abide by the international order’s rules.

The world’s most powerful illiberal regime rules China, from where COVID-19 originated and spread globally thanks to a toxic mix of incompetence, malevolence and deception.



Beijing is not now nor will soon become a reliable partner of America and other liberal nations. Recognizing this reality, the Trump administration aims to reduce dependence on China for strategic goods and supply chains — pharmaceuticals, sensitive technology, weapons systems, anything essential for America’s public health and national security.

Significantly, this effort appears to be conceived not as retrenchment, America First isolationism, but as leadership, America First in the sense of taking the point.

Reuters reported last week: “The United States is pushing to create an alliance of ‘trusted partners’ dubbed the ‘Economic Prosperity Network.’” The goal, Secretary of State Mike Pompeo said, would be to work with friendly nations to “move the global economy forward.”

Keith Krach, Under Secretary of State for Economic Growth, added in an email to me: “Transparency, accountability, respect for the rule of law, and reciprocity are essential values in a trusted relationship. Entities that respect those values are natural partners and are likely to prosper. Those that don’t, are likely unreliable as partners and pose a threat to stability.”

Among the nations one can imagine joining such a network: Britain (recently exited from the European Union and with whom a round of bilateral trade talks has just begun), Canada, Australia, Japan, South Korea, Taiwan, Israel, and India. As a condition of membership, they will need to agree not to allow their economies to become overly entangled with adversaries of America and the West, in particular China, but also Russia, the Islamic Republic of Iran, and North Korea.

Some less developed countries could join as well, assuming they are trustworthy and at least in the process of becoming rule-of-law nations. Working with them to diversify away from strategic Chinese supply chains would be mutually beneficial.

Thinking along these lines, too, are Eldridge Colby and Wess Mitchell, who served in the Pentagon and State Department respectively. In a Wall Street Journal op-ed last week, they wrote: “An expanded commitment to free trade among free countries will make the turn away from China-heavy supply chains an easier adjustment and ensure the West remains competitive in emerging technologies like artificial intelligence.”

They added: “European allies’ resistance to de facto Chinese colonization in Eastern Europe and Beijing’s commercial-technological inroads in Western Europe is a de minimis requirement.”

The Heritage Foundation has perceived the need for such an arrangement, as well, this month releasing “The U.S.-European Economic Partnership Recovery Plan,” recommending guidelines for “new trade agreements,” and a common “stand against Chinese intervention.”

Is there any chance such an approach could garner bipartisan support? Actually, yes. Anthony J. Blinkin served under President Obama as deputy secretary of State and deputy national security advisor, and is now one of Joe Biden’s top foreign policy advisors. In 2019, he co-authored a piece in the Washington Post with Mr. Kagan.

They noted: “As China’s Belt and Road Initiative draws Asia, Europe and the Middle East closer together in ways that serve Beijing’s interests, the democracies also need a global perspective — and new institutions to forge a common strategic, economic and political vision.”

To achieve that goal, they suggested the establishment of “a league of democracies or a democratic cooperative network.”

Such an alliance, they wrote, would enforce “a rules-based system that protects our people from the aggressive state capitalism of modern autocracies.”

They further recommended that the new network address “military security, cybersecurity and other threats that democracies face today, from terrorism to election interference.”

One more point: I’d argue that, in addition, the alliance should take on responsibilities currently delegated to transnational entities that consistently fail to accomplish their missions.

There are dozens of U.N.-affiliated organizations from the World Food Program to the International Telecommunications Union to the International Atomic Energy Agency. They ought to be audited and evaluated.

We should continue funding those doing adequate work. We should help fix those not irreparably broken. But in these strained economic times, why should America and its partners be sending checks to those that achieve nothing or do harm?

The U.N. Human Rights Council clearly falls into that third category. And the World Health Organization, it is now apparent, takes its marching orders from Beijing. Where, outside the U.N. system, does the leader of such an entity lose the confidence of his largest donor — the U.S. gives the WHO ten times as much as China — and not offer his resignation?

In a world that has suddenly been made sicker and poorer, sensible people on the left and right ought to be see the wisdom of sowing a new garden, one in which friendly nations would gather, while socially distancing from hostile regimes that for too long have been allowed to leverage the West’s wealth and good will to their advantage and our detriment.

Clifford D. May is founder and president of the Foundation for Defense of Democracies (FDD) and a columnist for the Washington Times.

Follow him @CliffordDMay.


https://www.fdd.org/analysis/2020/05/13/sowing-a-new-global-garden/

Portugal: Falta de Estratégia e de Decisão

Lúcio Vicente Estamos a poucos dias de celebrar os 50 anos de Abril. Porém, Portugal é muito menos do que podia e devia ser. Os 123 mil milh...