domingo, 30 de janeiro de 2022

China: Xi Avança Contra as "Tecnológicas"

Xi Jinping quer alcançar o controlo absoluto de tudo. A ofensiva, sob a bandeira da "corrupção" avança agora sobre as "tecnológicas"

As recentes desventuras e desgraças de Jack Ma, afinal, foram apenas o sinal anunciador do que aí vem e que acaba de ser anunciado, na ‘subtil’ língua de pau de Pequim. Xi Jinping tem, na sua guerra pelo controlo absoluto de um poder absoluto, usado acusações de corrupção para liquidar todos os que suspeita que se lhe oponham e todos os que crê poderão vir a opor-se-lhe. E a “corrupção” tem funcionado bem… Jack Ma que o diga (se alguma vez puder). As restantes grandes “tecnológicas” chinesas não vão, porém, ficar rir-se do homem que ainda há pouco era apontado como o exemplo do sucesso tecnológico da China. 

O nosso amigo Bill Bishop, do “Sinocism”, tem notícias que deixam a tremer todo o sector tecnológico chinês. E não só… Ora, veja-se:


Xi promete... 2022 será o ano da "corrupção" nas "big tech". Mas também nos governos regionais e no comércio de cereais. 
Os economistas e outros "analistas" que nas últimas três décadas andaram a explicar-nos muito doutamente que o desenvolvimento da economia chinesa e a sua inserção no mercado global trariam inevitavelmente a democracia para a grande China (não é verdade, Bill Clinton, Bush & Cª...?) eram (são) mesmo umas... bom, o nome fica à sua escolha.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Ler os “clássicos” é preciso para perceber a actualidade

Se há obra fundadora de uma disciplina, a “Guerra do Peloponeso” de Tucídides é certamente uma delas. Em 27 séculos, a obra deste general e historiador da velha Grécia não envelheceu e, pelo contrário, mantém-se uma referência fundamental, uma decisiva “grelha de leitura”, para perceber a nossa actualidade.


De Thucydide à Mackinder: correspondances géopolitiques

Jean-Baptiste Noé | Conflits | 16 janvier 2022

Thucydide a posé les fondements conceptuels de la géopolitique. Sa "Guerre du Péloponnèse" contient toutes les réflexions et tous les concepts qui structurent aujourd’hui la pensée géopolitique. Si sa postérité fut nulle à l’époque médiévale et classique, il est désormais redécouvert, analysé, critiqué et, de la mer Égée aux États-Unis, c’est une correspondance intellectuelle qui se tisse.

De la géopolitique, Thucydide a posé tous les concepts. Le choc terre/mer, l’opposition entre la thalassocratie (Athènes) et la puissance continentale (Sparte), le réalisme et l’idéalisme, les alliances de revers (les Perses), les idées magistrales qui échouent (expédition de Sicile), la lutte entre le droit et la force (dialogue des Méliens), l’hubris impérialiste, l’alliance de protection qui se mue en alliance de domination (ligue de Délos), la guerre mondiale et l’engrenage des alliances, la confrontation des cités et des empires, etc.

À la fois acteur et observateur de la guerre du Péloponnèse, Thucydide a légué à la postérité un chef-d’œuvre dont l’immuabilité des conclusions lui donne une allure de bréviaire de la géopolitique.

Deux mille quatre cents ans plus tard, la finesse de sa pensée est toujours aussi précieuse pour analyser les enjeux géopolitiques.

Un poète de l’action

C’est par Thucydide et son continuateur Xénophon que nous connaissons l’histoire de cette guerre. Tous les deux sont généraux, tous les deux ont l’expérience des combats, même si Xénophon eut plus de succès que Thucydide.

Les deux ont connu l’exil et la rupture avec leur cité d’origine, les deux ont pensé et réfléchi ce qu’ils ont vécu avant de poser par écrit leurs combats. Puis Thucydide fut oublié. Il ne figure même pas, à l’inverse de Xénophon, sur la fresque de L’École d’Athènes de Raphaël, lui à qui on doit pourtant le grand discours de Périclès sur Athènes École de la Grèce.

C’est le xixe siècle qui l’a redécouvert, traduit et commenté. C’est au moment où se développait la géographie et l’histoire, où l’Europe découvrait le monde, que Thucydide était lu et compris. Il semble être un trésor grec enfoui de longs siècles durant et déterré dans une époque qui pourtant oublie ses classiques.

Thucydide demeure aujourd’hui, et des générations de géopoliticiens se sont abreuvées de son œuvre. Dès le prologue, tout est dit :

«Cette histoire de la guerre entre les Péloponnésiens et les Athéniens est l’œuvre de Thucydide d’Athènes. L’auteur a entrepris ce travail dès le début des hostilités. Il avait prévu que ce serait une grande guerre et qu’elle aurait plus de retentissement que tous les conflits antérieurs.

https://www.revueconflits.com/de-thucydide-a-mackinder-correspondances-geopolitiques/

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Red-Handed: A Ponta do Iceberg do Escândalo Que Ameaça Biden, Elon Musk, Bill Gates, etc.

"Here’s a quick recap of what’s currently known:

· RED-HANDED reveals BRAND-NEW revelations about how the Biden family bagged some $31 million from individuals with direct ties to the highest levels of Chinese intelligence, and Joe Biden personally benefitted while softening his position on China...

· RED-HANDED unveils the never-before-reported finding that of the five deals the Biden family made in China, EVERY SINGLE ONE was with individuals with deep ties to the leadership of the CCP’s spy apparatus...

· RED-HANDED uncovers how Sen. Dianne Feinstein’s husband partly owned a Chinese company that sold the American military equipment that allowed China to spy on U.S. servicemembers...

· RED-HANDED exposes how big tech giants like Google and Microsoft knowingly help the Chinese military compete with America

· RED-HANDED blows the lid off of the biggest names on Wall Street who get the inside track on billion-dollar deals in China while praising the Beijing dictatorship

· RED-HANDED rips back the curtain on the families of congressional leaders—both Democrats and Republicans—who have secured hundreds of millions of dollars in lucrative deals, courtesy of the Communist Chinese government—and then pulled punches in their criticisms of Beijing

· RED-HANDED uncovers LeBron James’ hidden commercial deals with state-owned companies in China—and his surprisingly long history of avoiding criticism of the regime


And that’s just the beginning ….."

Amanhã, dia lançamento, haverá mais.

domingo, 23 de janeiro de 2022

Crise Ucraniana: As Ligações Muito Perigosas entre Alemanha e Rússia

Já começa (e vai continuar...) a ficar bem visível “the mess Merkel leaves behind” (https://www.economist.com/leaders/2021/09/25/the-mess-merkel-leaves-behind).

A crise ucraniana (em cujo desencadear a Alemanha teve um papel decisivo), que põe agora a Europa em risco de se tornar um campo de batalha, é apenas um dos 
aspectos dessa herança de Merkel e das pesadas tendências aventureiristas da Alemanha reunificada mas sempre à espera que a NATO lhe resolva os problemas que esse seu aventureirismo cria (vidé Jugoslávia, Ucrânia, etc).


Em paralelo, Berlim desenvolveu, no consulado Merkel, perigosas ligações com Moscovo (https://www.lexpress.fr/actualite/monde/europe/crise-ukrainienne-entre-l-allemagne-et-la-russie-une-liaison-dangereuse_2166566.html). E, também aqui, espera que seja a NATO a resolver os problemas que tais relações perigosas criam.

Depois da reunificação e da passagem da sua capital de Bonna para Berlim, a Alemanha trocou o posicionamento que havia adoptado durante a Guerra Fria, o de uma “Alemanha Europeia”, passando para o de uma “Europa Alemã”. O primeiro grande sinal deste reposicionamento de Berlim foi a destruição da Jugoslávia… "L'Europe est morte à Pristina", escreveu o general francês Jacques Hogard.


Na encarniçada defesa dos seus interesses nacionais, Berlim manteve a sua estratégia geoeconómica (o nacional-mercantilismo servido pelo aparelho teórico do ordo-liberalismo) mas alterou profundamente o seu pensamento e a sua prática da geopolítica. Neste novo quadro, a coerência entre geoeconomia e geopolítica perdeu-se em grande parte.

Exemplo flagrante dessa perda de coerência é o projecto alemão de controlo do mercado europeu da energia, usando o gás russo para criar, na Alemanha, o “hub” europeu da energia. 

A batalha que agora se trava em Bruxelas sobre a definição das energias a apoiar/financiar e as energias a condenar tem tudo que ver com isto. É um momento da guerra pela definição e pela hegemonia no mercado europeu da energia, uma guerra económica que ameaça estilhaçar a União Europeia.

Se a estratégia geoeconómica alemã tem o gás russo como uma das suas bases, é evidente que isso tem consequências geopolíticas. Sendo a segurança (ou seja a estratégia geopolítica) da Alemanha aquilo que é e assentando na garantia da proteção americana, é também evidente que “não bate a bota com a perdigota”.

Este desacerto alemão, desenvolvido por Merkel, manifesta-se agora na coligação que lhe sucedeu na forma de uma orquestra altamente… desafinada. 


Como alguém (https://ecfr.eu/article/sanctions-in-the-pipeline-germanys-troubles-over-russia-and-nord-stream-2/) escrevia há dias:

“Em Dezembro, o chanceler Scholz minimizou o Nord Stream 2 como um mero “projeto do setor privado”, tendo o cuidado de distinguir a operação do oleoduto de quaisquer esforços mais amplos para evitar uma violação das fronteiras ucranianas, descrevendo-os como “questões separadas”. 

Este argumento foi recentemente reiterado pela colega social-democrata de Scholz, a ministra da Defesa Christine Lambrecht, e pelo influente secretário-geral do partido, Kevin Kühnert. 

Em contraste, a ministra das Relações Exteriores alemã Annalena Baerbock e vários outros líderes verdes (e democratas livres) enfatizaram os aspectos geopolíticos do projeto e articularam suas “preocupações com a política de segurança”.

“O resultado foi uma cacofonia de vozes diferentes que deu a impressão de que Berlim não tinha liderança

“Uma nova declaração de Scholz deverá trazer mais coerência ao debate alemão e tranquilizar os parceiros no exterior que começaram a ver a Alemanha como o elo fraco do Ocidente…”


No tabuleiro geopolítico, Merkel desafiou abertamente Putin, quando andou a picar o urso russo, na Ucrânia, sem ter os meios para resolver os problemas sérios que isso poderia criar e que criou. Ao mesmo tempo, no tabuleiro geoeconómico, Merkel negociava com Putin o gasoduto Nord Stream 2, oferecendo-lhe um chorudo negócio e não tendo tampouco neste caso os recursos necessários para evitar ou resolver os problemas de segurança da Alemanha (e da Europa assim totalmente colocada na dependência energética de Moscovo!) que tal gasoduto necessariamente coloca e colocará.

 A União Europeia ainda vai mergulhar no caos de “the mess Merkel leaves behind”…

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

COMO SE PREPARAR PARA 2030: O CASO DA FRANÇA

A reflexão sobre o futuro é uma missão essencial.

Em França (onde há realmente um Estado...), essa missão é conduzida, no aparelho de Estado, por numerosos organismos que trabalham sobre as guerras futuras, as questões de alimentação, de energia, de saúde ou de segurança informática.

clicar na imagem para a 'abrir'


terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Crescimento da China cai para uns "míseros" 4%

Atenção, este é o número oficialmente reconhecido pelo PC chinês, para o último trimestre de 2021. Recorde-se que qualquer taxa de crescimento do PIB chinês abaixo dos 7% é "negativa", ou seja, a China não consegue, com crescimentos abaixo dos 7%, satisfazer as exigências da estratégia de expansão económica e de "harmonia" social interna. Sendo conhecida a forma como o PC chinês lida com as estatísticas, estes oficiais "4%" revelam a existência de graves problemas estruturais na economia chinesa, confirmando a tese do nosso amigo George Friedman sobre a enorme fragilidade da economia chinesa. E assinalam também o fim da era dourada do crescimento acima dos 7% que o boom das importações euro-americanas (UE+USA) havia potenciado...


domingo, 16 de janeiro de 2022

Qual é a Melhor Foto de Corrupção Governamental?

 Da Série 'Pérolas encontradas em redes sociais'



Políticos europeus nas mãos da China e da Rússia. Parlamento Europeu investiga

O Parlamento Europeu começou a investigar a "captura das elites europeias" pela Rússia, pela China e etc... O eurodeputado Raphaël Glucksmann preside à "comissão especial sobre as ingerências estrangeiras" nos assuntos europeus e afirma que "Russes et Chinois assurent la retraite dorée de dizaines et de dizaines de décideurs politiques d’Europe… Chasser les marchands du temple me semble être la condition de la possibilité du rétablissement de la confiance dans nos institutions. Et un impératif de sécurité nationale et européenne."

Em Portugal, ninguém fala do assunto e é claro... "no pasa nada"! Ou passará…?


Raphaël Glucksmann: “Russes et Chinois assurent la retraite dorée de dizaines de décideurs politiques d’Europe”

L'instigateur de la commission spéciale du Parlement européen sur les ingérences étrangères s'alarme du recrutement des élites de l'UE par Moscou et Pékin.

Emmanuel Berretta | Le Point | 13/01/2022

Le 18 juin 2020, le Parlement européen décidait de créer une commission spéciale pour étudier les ingérences étrangères dans les affaires européennes. L’eurodéputé social-démocrate Raphaël Glucksmann, l’un de ses initiateurs, en a pris la présidence.

Les ingérences des puissances dites hostiles sont un sujet délicat et peuvent prendre diverses formes: ingérence dans les processus électoraux, désinformation, espionnage, attaques informatiques, soutiens financiers directs et indirects aux factieux, jusqu’aux menaces hybrides comme l’instrumentalisation des filières migratoires dans le but de déstabiliser un pays, à l’instar des tentatives du régime biélorusse de Loukachenko.

Mais la commission spéciale, dite INGE (pour ingérences), s’est aussi attachée à analyser le «soft power» pratiqué par les Russes et les Chinois.

Parmi les instruments d’influence identifiés: la capture des élites. Ou comment d’anciens dirigeants européens de haut rang ou d’anciens hauts fonctionnaires sont peu à peu approchés par les entreprises russes et chinoises.


Le Point: L’ingérence étrangère en Europe passe-t-elle aussi par une forme de corruption des élites européennes?

Raphaël Glucksmann: Plus encore que la corruption dans sa définition classique, le danger me semble être la captation des élites par des intérêts étrangers hostiles à nos démocraties, une forme légale et insidieuse de corruption, donc.

C’est un sujet qu’on étudie depuis un an avec la commission spéciale. Un sujet à mon sens fondamental, qui n’a pas soulevé, cependant, de grand émoi dans le débat public européen jusqu’ici. En fait, Russes et Chinois assurent la retraite dorée de dizaines et de dizaines de décideurs politiques d’Europe…

Vous pensez à l’ancien chancelier allemand Gerhard Schröder

C’est l’exemple le plus connu, mais ce n’est qu’un exemple parmi d’autres. L’impact que peut avoir ce type de pratique sur les politiques menées en Europe est un sujet qui devrait faire réfléchir et protester les citoyens. L’exemple de la politique énergétique allemande est frappant.

On sait à quel point la décision prise à Berlin de sortir du nucléaire a impacté l’ensemble du continent. Mais sait-on à quel point Gazprom, premier bénéficiaire de cette décision, a réussi à pénétrer l’appareil politique et bureaucratique allemand? Prenez la construction du gazoduc Nord Stream, puis aujourd’hui Nord Stream 2, qui empoisonne encore nos débats au Parlement.

La décision originelle a été prise par Gerhard Schröder, qui se retrouve aujourd’hui au «board» du gazoduc. Il a engagé les fonds des contribuables allemands dans un projet écologiquement désastreux et géopolitiquement calamiteux et se retrouve, sitôt sa chancellerie terminée, salarié par ce projet: comment accepter cela?

Continuons: la personne qui a mis en place les politiques énergétiques allemandes toutes ces années s’appelle Marion Scheller, qui vient, quant à elle, des cercles d’Helmut Kohl.

Marion Scheller était la responsable pendant de longues années de la politique énergétique au ministère de l’Économie allemand. Elle avait la responsabilité des fonds de transition énergétique et des fonds climat. Elle a supervisé la transition de la principale économie européenne du nucléaire vers le gaz. Eh bien Marion Scheller est aujourd’hui la lobbyiste en chef de Gazprom en Europe.

Il est où, le modèle allemand de transparence et de vertu, là? Mais la même chose se produit partout sur le continent et cela pose une question cruciale à nos démocraties. On a dressé la liste à la fois des dirigeants politiques, des hauts fonctionnaires, des dirigeants d’institutions culturelles ou des dirigeants de grandes écoles qui se retrouvent à travailler pour des intérêts chinois ou russes, une liste qui fait plusieurs pages…

Dont François Fillon…

Dont François Fillon, mais aussi des dirigeants de gauche en Europe, d'anciens ministres socialistes. C’est transpartisan et transnational. Et donc, là, il y a un problème sur le sens même du service de la cité. À quel moment vous pensez que Schröder commence à travailler pour Gazprom? Au moment où il engage des fonds publics allemands pour la construction de Nord Stream? Avant ou après? Vous ne le saurez jamais. C’est un problème politique majeur. Or cela n’a pas généré un scandale massif. Comme si on s’était résigné à ce genre de pratique…

Il n’y a pas eu, jusqu’à notre commission spéciale, de questionnement paneuropéen sur cela. Je vous pose la question: est-il normal que des Premiers ministres, des chefs de gouvernement, des ministres, des chefs d'État travaillent pour des intérêts étrangers hostiles dès que leur mandat prend fin? Ce n’est pas être populiste que d’identifier là une immense trahison des élites.

Quand, au cœur même de Polytechnique, on fait pénétrer les intérêts chinois, vous pensez que ça n’a pas d’impact sur la formation des élites françaises? Il y a des mesures à prendre.




Des interdictions?

Des interdictions et un retour à un rapport au monde un peu plus romain, c’est-à-dire où on a le sens du patriotisme et du service de l’État.

Je ne préconise pas de revenir à Machiavel et à ses exemples de vertu républicaine antique, mais chasser les marchands du temple me semble être la condition de la possibilité du rétablissement de la confiance dans nos institutions. Et un impératif de sécurité nationale et européenne.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Moçambique: Uma Guerra pelo Controlo do Tráfico de Heroína

Um reputado e respeitado analista americano do terrorismo e do crime organizado disse há uns tempos que o maior cartel mexicano do tráfico de droga se situava no interior da polícia. E que, acrescentou este velho amigo da equipa IntelNomics, muitas das operações “anti-droga” da polícia eram guerras entre cartéis pelo controlo do tráfico, de circuitos e de território.  Em Moçambique, cuja maior exportação é a heroína, a situação é (guardadas as devidas diferenças, claro) muito semelhante, segundo o documento (datado de Julho 2018) que abaixo se cita e regista. Ignorar este facto quando se aborda a “tragédia de Cabo Delgado” e seus “ataques jihadistas do terrorismo islamista” é um erro estratégico e é a garantia de fracasso. Nem de resto, sem ter este facto em conta, é possível explicar a situação no terreno nem a longa recusa do auxílio estrangeiro de Maputo... Se a recente evolução (intervenção das tropas ruandesas e aceitação da formação de grupos de forças especiais por Portugal, USA e outros ocidentais) travará ou não a "evolução" de Moçambique para narco-estado e para uma espécie de somalização é a grande incógnita no horizonte daquele país lusófono.

The Uberization of Mozambique's heroin trade

Joseph Hanlon |  Published: July 2018

Department of International Development

London School of Economics and Political Science

Tel: +44 (020) 7955 7425/6252 London

Fax: +44 (020) 7955-6844 WC2A 2AE UK Email: J.Hanlon@lse.ac.uk

Website: http://www.lse.ac.uk/internationalDevelopment/home.aspx

Acknowledgement:

This research was partly funded and facilitated by the Global Initiative against Transnational Organized Crime, as background for their paper "The Heroin Coast: The political economy of heroin trafficking along the eastern African seaboard", by Simone Haysom, Peter Gastrow and Mark Shaw. Thanks to Global Initiative for permission to publish the more detailed background paper here.

Abstract:

Mozambique is a significant heroin transit centre and the trade has increased to 40 tonnes or more per year, making it a major export which contributes up to $100 mn per year to the local economy. For 25 years the trade has been controlled by a few local trading families and tightly regulated by senior officials of Frelimo, the ruling party, and has been largely ignored by the international community which wanted to see Mozambique as a model pupil. But the position is changing and Mozambique may be coming under more donor pressure. Meanwhile the global move toward the gig economy and the broader corruption of Mozambican police and civil service makes it easier to organise alternative channels, with local people hired by mobile telephone for specific tasks. Mozambique is part of a complex chain which forms the east African heroin network.

Heroin goes from Afghanistan to the Makran coast of Pakistan, and is taken by dhow to northern Mozambique. There, the Mozambican traffickers take it off the dhows and move it more than 3000 km by road to Johannesburg, and from there others ship it to Europe.

Keywords:

Mozambique, heroin, drugs, transnational crime, smuggling, Whatsapp

Heroin has been one of Mozambique's largest exports for two decades and the trade is increasing.

 

Heroin is produced in Afghanistan and shipped through Pakistan, then moved by sea to east Africa and particularly northern Mozambique. From there it is taken by road to Johannesburg, from which it is sent to Europe. This basic route has remained unchanged for 25 years. Estimates vary from 10 to 40 tonnes or much more of heroin moving through Mozambique each year. With an export value of $20 million per tonne, heroin is probably the country's largest or second largest export (after coal). It is estimated that more than $2 mn per tonne says in Mozambique, as profits, bribes, and payments to senior Mozambicans.

Heroin arrives on dhows 20-100 km off the coast. The Mozambican role is to take it from the dhows, move it by small boat to the coast and then by road to warehouses, and finally take it by road 3000 km to Johannesburg, South Africa. The 10-40 t/y estimate is from dhows only, and further significant amounts of heroin also arrive in containers of other imports, particularly at the northern port of Nacala.

Until recently, the trade was carried out by south-Asian-origin families based in the north of Mozambique and was tightly regulated by the most senior figures in Frelimo.

The trade has been well known since 2001 when an article was published in Metical, and it said heroin was then Mozambique's largest export. Frelimo regulation means there have been no drug wars between the trading families, and little heroin remains in Mozambique. With one exception (the United States in 2009-10), the international community has chosen to ignore the regulated heroin trade - other issues ranging from natural gas to corruption have been seen as more important.

Mozambique is a transit centre for heroin. Like any commodity, there is a supply chain and there are points between the producer and final buyer where the commodity must be warehoused to await an order or be repacked to satisfy an order, which is Mozambique's role. The chain is that heroin hydrochloride (white powder or grey crystal blocks) is produced in Afghanistan, passes through Pakistan and Iran and is moved to northern Mozambique. It is warehoused and repacked and then goes by road to Johannesburg. From there it is sent to Europe.

Heroin production is increasing in Afghanistan. But tighter control of transit through eastern Europe is moving the trade to southern routes, and more controls in Kenya and Tanzania has moved sea landings south to northern Mozambique. The trade appears to be increasing significantly. This, in turn, led to an investigation by the Geneva-based Global Initiative against Transnational Organized Crime, just published: "The Heroin Coast: The political economy of heroin trafficking along the eastern African seaboard", by Simone Haysom, Peter Gastrow and Mark Shaw. The report argues that the heroin trade has "political protection" and that "in Mozambique, we find a tight integration between ruling party figures and traffickers."

The report continues: "individuals in Frelimo have become implicated in criminal activities, and … the party’s own system for generating funds relies on a lack of the rule of law."

Despite the heroin trade being well known to embassies, it was only on 1 June 2010 that US President Barack Obama designated Mohamed Bachir Suleman (MBS) as a "drugs kingpin", making it illegal for US citizens, US companies, and businesses which operate in the US to conduct financial or commercial transactions with him or three of his businesses. MBS is a major businessman and trader, and he works with at least three other south-Asian origin trading families.

They use their own facilities and staff and mix illegal and legal commerce. MBS is believed to still control a large part of the heroin trade through Mozambique, but his position and that of linked families may have diminished.

On the other hand, there is a move in East Africa which reflects the global trend of Uber and Airbnb, away from using established business networks and warehouses, to a looser system of freelance workers controlled via WhatsApp and BlackBerry. Meanwhile petty corruption within Mozambique has become so endemic that the heroin trade can run on bribes and no longer needs political patrons. This leads to what one of my sources  described as a move to "disorganised crime", which appears to be handling much of the new increase in heroin trade.

This working paper is based on the background paper on Mozambique written for Global Initiative by Joseph Hanlon. This working paper has five sections.

The first section looks at MBS, the biggest heroin trader, medium-size traders, and at political patronage. The second section is about the national and international politics of Mozambique's regulated heroin trade. The third section sets out what is known about the physical heroin trade and movements within Mozambique. The final sections look at the recent growth of a parallel unregulated trade in Mozambique and at the global context of a criminal gig economy.

Mozambique's own drug baron

President Joaquim Chissano was the guest of honour at the wedding of the second son of Mohamed Bachir Suleman (MBS) on 19 April 2001. An article in the biggest weekly newspaper, Savana (27 April 2001), described the wedding was as "sumptuous" and said there were 10,000 guests from all over the world.

For a country less than a decade out of war, this was massive and ostentatious spending. MBS was also known as a major contributor to Frelimo. He is one of Mozambique’s most prominent and wealthiest businessmen and his wealth did not come only from importing refrigerators and washing machines for his Kayum Centre.

Also in 2001, I was briefed by an international drugs control official that his business, Grupo MBS, was the main heroin trader in Mozambique.

Links to MBS were passed on to Armando Guebuza when he was elected President in 2004. He twice publicly visited MBS's Maputo Shopping Centre (22 June 2006 and for the official opening 8 May 2007). The $32 mn complex was then the largest in Mozambique, and Guebuza praised it a model of private investment. MBS was reported to have made a $1 million contribution to President Armando Guebuza's 2009 electoral campaign. But those links may have been through Guebuza's children.

In 16 November 2009 and 25 January 2010 cables, Todd Chapman, Chargé d'Affaires at the US Embassy in Maputo, alleged that MBS "has direct ties to President Guebuza and former President Chissano" and that MBS is the coordinator of heroin going through Mozambique and perhaps southern Tanzania.

Then on 1 June 2010, US President Barack Obama designated MBS as a "drugs kingpin", making it illegal for US citizens, US companies, and businesses which operate in the US to conduct financial or commercial transactions with him or three of his businesses, Grupo MBS, Kayum Centre and Maputo Shopping Centre.

The US Department of the Treasury stated that "Mohamed Bachir Suleman is a large-scale narcotics trafficker in Mozambique, and his network contributes to the growing trend of narcotics trafficking and related money laundering across southern Africa. Suleman leads a well-financed narcotics trafficking and money laundering network in Mozambique." In the next section we point out that this was a unique intervention, even though the international community knows about the heroin trade.

The close link between MBS and Chissano is said to reflect a complex relationship. The heroin trade was regulated at the highest level. Chissano is said to have regularly met personally with MBS, and probably with the heads of the other heroin trading families.

MBS was publically identified as a major donor to Frelimo. It has been widely assumed that there was an agreement to regulate the trade. There have never been drug wars between the heroin families and no convictions - and in the past two decades, no arrests - of senior figures in the heroin and hashish trades, and no seizures of heroin passing through the regulated trade.

The Ministry of Interior, police and customs receive their commissions and assist the trade. Frelimo receives a substantial amount of money for operating costs and election expenses, and one assumes some members of the Frelimo leadership personally receive a part.

Chissano had been Frelimo head of security since 1966, and he had the personal contacts needed to organise and regulate the trade.

There is no direct evidence of high level regulation, and any witnesses to such meetings are unlikely to speak out. It is speculated that part of the deal is that the heroin is intended for international transit and the traders agree that little stays in Mozambique.

In the early 2000s, the military housing zone in central Maputo became known as "Columbia" because drugs were so readily available, and some the children of the elite because heroin users.

This was widely publicised and then suddenly heroin became less available. Did Chissano tell MBS to stop selling locally? Clearly something happened, because cocaine and particularly crack are still readily available, suggesting lack of regulation of the cocaine trade.

Other players

Although MBS is a big man in Mozambique, he is part of a chain running from the Indian subcontinent. Under MBS, Global Initiative identifies three linked families with businesses in Nacala .....

https://www.econstor.eu/bitstream/10419/224816/1/wp190.pdf

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Livro Bomba: "Red-Handed: How American Elites Get Rich Helping China Win"

É uma bomba em forma de livro que o gigante editorial HarperCollins se prepara para lançar por estes dias. Com o expressivo título "Red-Handed: How American Elites Get Rich Helping China Win", a capa do livro, além da foto de Joe Biden e Xi Jinping a apertar as mãos bem contentes e sorridentes (embora o chinês não mostre os dentes), apresenta uma arrasadora galeria de fotos: "House Speaker Nancy Pelosi (D-CA), former House Speaker John Boehner (R-OH), LeBron James, Elon Musk, Henry Kissinger, and Bill Gates". Da autoria do credenciado investigador Peter Schweizer (6 vezes "New York Times bestselling author"), a bomba "Red-Handed" tem o seu conteúdo sob estrito embargo até ao próximo dia 25 Janeiro, data do lançamento, pelo que não é possível qualquer citação. Mas é pena, muito mesmo. Por agora, só a capa pode ser divulgada...


"Red-Handed - How American Elites Get Rich Helping China Win"

Presidential families, Silicon Valley gurus, Wall Street high rollers, Ivy League universities, even professional athletes—all willing to sacrifice American strength and security on the altar of personal enrichment. That the Chinese government seeks to infiltrate American institutions is hardly surprising. What is wholly new, however, are the number of American elites who are eager to help the Chinese dictatorship in its quest for global hegemony.


In "Red-Handed", six-time New York Times bestselling investigator Peter Schweizer presents his most alarming findings to date by revealing the secret deals wealthy Americans have cut to help China build its military, technological, and economic might. Equally as astonishing, many of these elites quietly believe the Chinese dictatorial regime is superior to American democracy.

Schweizer and his team of forensic investigators spent over a year scouring a massive trove of global corporate records and legal filings to expose the hidden transactions China’s enablers hoped would never see the light of day. And as Schweizer’s past bombshells like 'Profiles in Corruption', 'Secret Empires', and 'Clinton Cash' all made clear, there are bad actors on both ends of the political spectrum.

Exhaustively researched, crisply told, and chilling, "Red-Handed" will expose the nexus of power between the Chinese government and the American elites who do its bidding.

Given the bestselling author’s investigative track record, the book’s subjects may have cause for concern. Peter Schweizer’s 'Clinton Cash' sparked an FBI investigation into the Clinton Foundation. His last two books, 'Profiles in Corruption' and 'Secret Empires', each hit #1 on the New York Times bestseller list and exposed how Hunter Biden and Joe Biden flew aboard Air Force Two in 2013 to China before Hunter’s firm inked a $1.5 billion deal with a subsidiary of the Chinese government’s Bank of China just 10 days after the trip...

Peter Schweizer is the president of the Government Accountability Institute and the former William J. Casey Fellow at the Hoover Institution, Stanford University. He is a number one New York Times bestselling author whose books have been translated into eleven languages.



quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

O 'Spymaster' de Pequim "Passou-se" para os USA...

Dong Jingwei, o 'spymaster' de Pequim, vice-ministro da Segurança do Estado, n° 2 da espionagem chinesa e 'patrão' da contra-inteligência, volatilizou-se. Desapareceu. Com todos os segredos do Covid-19... E muitos outros. 


Ninguém parece tê-lo visto desde que, a 21 de Fevereiro de 2021, apanhou um avião em Hong-Kong com destino à Califórnia. Washington não confirma e Pequim tenta negar (sem convicção). Se Dong Jingwei fugiu para os Estados Unidos, com os seus segredos na bagagem, uma tal defecção poderá nunca vir a ser confirmada.

A newsletter francesa 'Intelligence Online' apresentava-o, em 2018, como velho amigo e homem muito chegado a Xi Jinping... Porém, nos últimos tempos, outros amigos e colaboradores de Dong tinham caído em desgraça, como Zhang Yue ou Ma Jian, vítimas das campanhas de Xi para eliminar e silenciar qualquer opinião divergente. As últimas aparições públicas de Dong, antes de desaparecer em Fevereiro passado, tinham acontecido em Setembro 2020.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Mossad: As Meninas e as Suas Incríveis Proezas

As Meninas é um celebérrimo quadro (de um pintor de origem portuguesa, o mais famoso dos pintores da nossa diáspora). As “meninas”, aqui, são porém outras, são “as Amazonas da Mossad”, e não é de um quadro que se trata mas de um livro (já traduzido em várias línguas).


Um livro que conta as histórias (as possíveis…) das espectaculares proezas das “amazonas” da Mossad. “Dina”, “Erika”, “Sylvia”, “Yael” e outras são responsáveis por algumas das mais brilhantes operações da agência, em Teerão, Beirute e vários outros lugares “simpáticos”.

Nas últimas décadas, as mulheres entraram em força na Mossad e estão hoje em todas as áreas e escalões da agência. Longe vão os tempos da pioneira Isabel Pedro que operou no Egipto, nos anos 60 do século passado, quando o ‘patrão’ da Mossad era Yitzhak Shamir. Hoje, as coisas estão tão diferentes que há mesmo quem diga que a Mossad é “a instituição mais feminista de Israel”.



segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

George Friedman: The Continuing Storm

By George Friedman January 10, 2022


This article was first published by Geopolitical Futures and is reprinted here with permission. 

It has been about two years since “The Storm Before the Calm: America’s Discord, the Crisis of the 2020s, and the Triumph Beyond” was published, and about three years since I submitted it to my editor at Penguin Random House. As 2022 begins, I’d like to summarize where I think we are. Let’s begin with the American institutional crisis, which is intensifying.

Historically, institutional crises in the U.S. are generated by wars – the American Revolution, the Civil War, World War II – in 80-year intervals, each creating different structures for managing the federal government. This time is different. 2025 will be 80 years since the end of World War II. But our institutions are already shifting, driven not by war but by COVID-19.

World War II was won by experts, and in its aftermath, experts were placed at the center of governance. The weakness of expertise is that experts are structurally narrow. They know their fields brilliantly but can’t know the whole. COVID-19 places medical experts at the center of things. But as I have argued, their expertise could address the medical problem (and I think they have done fairly well), but they are institutionally indifferent to the consequences of their solutions outside their field. Their institutional solutions created massive disruption, from developmental problems in children due to distance learning and no social interaction with each other to enormous economic and social problems. The supply chain crisis continues to threaten huge economic dislocation. The social tensions that have arisen have intensified political divisions in the United States and elsewhere, as well as individual frictions that can be seen clearly in air travel. The pandemic generated a range of problems beyond the medical sphere, and some of them had deep ramifications for the future.

I argued in my book that expertise is necessary, but that there was no systematic method of bringing other areas of expertise to bear, and in particular no institution that could oversee the multiple and sometimes contradictory areas of expertise. The office of the president is incapable of carrying out this function. George Washington created the Cabinet to support the president, but the Cabinet is almost moribund while any president is limited. What is needed is institutionalized common sense. Common sense can see beyond any single solution and measure the net result with a sense of the future of the commonwealth. An institutional shift will take place that controls expertise without dispensing with it.

We are seeing the institutional problem all around us, with the economy, society and polity. I think we can see a solution, but as with war, the fog of an institutional shift remains, and the crisis will deepen in multiple areas before a solution is forced on the system. We are getting there but are not there yet.

The social and political crisis is obvious. The country has split into two political camps that hold each other in utter contempt. Congress is almost evenly divided, and there is no clarity emerging politically, nor any common understanding on any issues, which means that the pressure on the decaying institutional system will intensify. Looking back at the late 1960s and 1970s, the last socio-economic shift, we see violent riots, frequently pivoting on race, and an economic system of intensifying inflation, presidents forced from office or impeached and so on. I would benchmark us at about 1975, with the violence declining a bit, the economy seeming to be out of control, and the political system incapable of functioning and trying to absorb defeat in Vietnam while coping with the Soviet Union and China. 

The major difference this time is the labor shortage, whereas in 1975 the problem was unemployment.

President Gerald Ford could not get control of the government or deal with the problems. It was not his fault, but the time was not right – the social and political system was not yet unsustainable. The idea was taking hold that the nation ought to reach back into the Roosevelt era and solve the problem that way. Thus, Jimmy Carter was elected, and he decided to cut taxes on the lower- and middle-income classes, at a time of inflation. It had an inevitable effect and delegitimized the Roosevelt era. Ronald Reagan was elected next, and without fully understanding what was happening, he presided over the opening of the new era.

The institutional, social, economic and political crises are in full view now and resemble much of the prior cycle. Presidents do not make history, but they do preside over it, the best managing the system to go where it must. If history follows the past, which it does not do in detail, the 2022 elections will further make the system unworkable while the crisis intensifies. As the last cycle reached back to Roosevelt, the 2024 election will likely reach back to Reagan, at least in spirit. The spirit won’t work, and I would guess that 2028 will bring to power the heir to Jackson, Hayes, Roosevelt and Reagan, none of whom knew how to solve the problem, but will preside over the problem resolving itself, both institutionally and socio-economically.

The hard times aren’t over yet. Isolated expertise continues to rule, and our animosity for those different from us politically, socially and racially will not give up.

So far my forecast for this decade has worked out, but there is ample opportunity for me to be proved wrong. I rather hope I am wrong, but I can’t deny a counter wish for being right.

In The Storm Before the Calm, George Friedman, master geopolitical forecaster and New York Times bestselling author of The Next 100 Years focuses on the United States, predicting how the 2020s will bring dramatic upheaval and reshaping of American government, foreign policy, economics, and culture.  A Bloomberg Best Books of 2020. For more by George Friedman go to https://geopoliticalfutures.com/

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

“A Globalização Engendrou a Conflitualidade Permanente”

Responsável da área “intelligence stratégique et politiques de puissance”, na École de Guerre Économique, de Paris, Raphaël Chauvancy é oficial superior das “tropas da Marinha” francesa e está actualmente destacado junto dos “Royal Marines” ingleses. Nesta recente entrevista à GeopoWeb, ele faz o ponto de situação da actual circunstância estratégica global (vista de Paris…) e esclarece conceitos fundamentais nas grelhas de leitura da geopolítica, da guerra económica e da estratégia. Sobre a Europa, diz o que nunca responsável político algum disse: “L’Union Européenne n’existe ni en termes géopolitiques, ni en termes militaires”. E, especificamente, sobre a Alemanha, “desconectada da realidade das relações de força”, Chauvancy diz o que Maomé não se atreveu a dizer do toucinho… 


“LA MONDIALISATION A ENGENDRÉ

UNE CONFLICTUALITÉ PERMANENTE.”

 

Raphaël Chauvancy, officier supérieur des troupes de marine est actuellement détaché auprès des commandos britanniques. Il est parallèlement en charge du module «intelligence stratégique et politiques de puissance» de l’Ecole de Guerre Economique. Il concentre ses recherches sur les problématiques stratégiques et les nouvelles conflictualités. Interview exclusive.

 

GeopoWeb | 23 décembre 2021

 

GEOPOWEB. L’idée de guerre économique et de puissance sont au cœur de vos travaux. Comment les définissez-vous ?

 

Le moteur de toutes les sociétés développées depuis l’antiquité est la quête de la puissance. C’est ainsi qu’elles s’affirment, se protègent, contrôlent l’espace, maîtrisent les éléments, se perpétuent et élaborent enfin une cosmologie propre.

 

La puissance ne se confond pas avec la force, comme on le lit trop souvent. Elle est une relation multiforme et synergétique. Tenant compte de la nécessité, la puissance est l’effet de la projection dans le temps d’une volonté stratégique raisonnée sur l’environnement humain, politique, social, économique, géographique et culturel.

Le jeu des puissances se fait à somme nulle, car il est une relation comparative. Par ailleurs, le champ des activités humaines s’élargissant, une puissance qui ne progresse pas régresse mécaniquement. C’est pourquoi la puissance ne peut être pensée en dehors des conditions de son accroissement, donc d’un cadre de compétition au mieux, conflictuel au pire.

 

La guerre économique est une des principales expressions contemporaines du choc entre les puissances. Loin de se limiter aux expressions paroxysmiques du blocus ou des guerres douanières, elle consiste à enfermer ses rivaux dans un écheveau de dépendances économiques tout en cherchant s’en préserver soi-même au maximum. Les conquêtes et la valorisation des domaines économiques ont ainsi largement supplanté celles des territoires. La mondialisation a multiplié les menaces comme les opportunités, conduisant à ce que Christian Harbulot appelle les guerres économiques systémiques.

 

2. Quels sont les nouveaux moyens de la panoplie guerrière? Le risque de guerre est-il plus important comme le pensent certains observateurs (Francois Heisbourg)?

 

Une erreur commune consiste à réduire la guerre à l’homicide militaire. Or tuer n’est pas une fin en soi. C’est un moyen parmi d’autres pour réduire un groupe capable de concevoir et de conduire une volonté stratégique à une collection d’individus impuissants.

Le chef d’état-major des armées, le général Burkhard estime que le cycle binaire guerre-paix est désormais caduque. La mondialisation a engendré une conflictualité permanente qui prend trois formes distinctes: la compétition, la contestation et l’affrontement.

 

La première correspond à ce que les Anglo-Saxons nomment le political warfare, c’est-à-dire une guerre couverte portant sur les structures sociales et cognitives; on peut le traduire par «guerre par le milieu social» (celui-ci étant entendu comme l’ensemble des interactions humaines qui constituent une société) ou GMS.

 

La seconde est celle des guerres hybrides et de la coercition grise, où l’emploi de ‘proxys’ permet d’agir en deçà du seuil de l’engagement par le feu.

 

Enfin, l’affrontement prend la forme classique de l’affrontement militaire.

 

Dans ce contexte, le véritable défi pourrait être d’identifier la courte liste de ce qui ne relève pas de la panoplie guerrière.

Pour en revenir à la guerre militaire stricto sensu, le risque est incontestablement plus élevé aujourd’hui qu’au début du siècle.

 

La décision de l’Azerbaïdjan de trancher par les armes son différend avec l’Arménie ou les incursions militaires turques dans l’espace maritime grec l’illustrent.

 

La faiblesse militaire de l’Europe est une véritable incitation à bousculer ses intérêts de la manière la plus simple, par les armes. Athènes a également pu mesurer l’inutilité des garanties des Etats-Unis comme de l’OTAN lors de sa crise avec Ankara.

 

3. Validez-vous l’idée que les relations internationales sont d’abord des rapports de force internationaux, de pouvoir etc.., donc la victoire de Machiavel?

 

Les idéalistes ne cessent de se heurter à la réalité machiavélienne. Les rapports de force sont la mesure du monde.

 

Les grandes utopies ou les religions qui ont réussi à marquer l’histoire de leur empreinte l’ont compris. Les autres se sont effacées sans laisser de traces. Sans les guerriers de Clovis, la France ne serait probablement pas restée catholique. La révélation de Mahomet a été portée par le sabre. Les croyances dites woke contemporaines ne seraient rien sans la puissance financière de la Silicon Valley et le soutien de certaines agences américaines.

 

Même l’essor contemporain de la société civile n’échappe pas à la règle des rapports de force. On ne peut pas distinguer la société de la puissance qui en est l’expression, ni l’exempter du jeu des rapports de force. Les idées, les structures sociales, l’organisation économique, les références culturelles, les politiques d’éducation, les repères moraux etc. s’y intègrent pleinement.

 

Les Britanniques l’ont compris. Leur nouvelle stratégie dans la compétition globale est celle d’une «whole of society response». La société elle-même ne se distingue plus des instruments régaliens de la puissance à l’heure des nouvelles guerres systémiques ouvertes ou couvertes.

 

4. Faut-il parler d’un «retour de la menace» ou bien la guerre est-elle un éternel anthropologique?

 

«La guerre est la mère de toute chose» disait Héraclite.

 

Ses formes évoluent en fonction des rapports de force. La paix est-elle un idéal ou un mirage? Elle n’a en tout cas jamais été l’état normal d’aucune société.

 

Il semble bien que le moteur des relations humaines soit la recherche de la puissance individuelle et collective. C’est elle qui pousse l’homme à comprendre, à concevoir, à agir et à réaliser ses projets. C’est encore elle qui l’entraîne à repousser ses limites. Cette flamme prométhéenne a pour contrepartie une insatisfaction permanente et une conflictualité systémique.

 

Le désir insatiable et la guerre sont à la fois le secret et le tourment de notre l’humanité, comme les Anciens l’avaient pressenti.

 

5. Qui est l’ennemi aujourd’hui? Peut-on le nommer? Comment s’y retrouver dans le vocabulaire de la menace (ennemi étatique, risques, menaces, adversaire potentiel etc...)? La surcharge de vocabulaire guerrier (guerres invisibles, économique, contre le terrorisme, juridiques avec l’extraterritorialité etc...), n’est-elle pas une erreur?

 

L’ennemi est celui que l’on affronte directement par le feu.

 

Les Européens ont beaucoup de mal à accepter la notion d’ennemi. En France même, il est révélateur que nous prétendions faire la guerre au «terrorisme», qui est un mode d’action et ne désigne personne, plutôt que d’assumer notre engagement militaire contre les groupes islamistes. Refuser de les nommer, c’est refuser de les comprendre et de les vaincre. Les islamistes sont des ennemis.

Mais dans le nouveau système stratégique mondial l’ennemi est souvent plus insidieux. Dans un contexte de contestation, il prend le masque de l’adversaire avec lequel se joue une partie faite d’opposition, de lignes rouges et de compromis partiels. La Chine ou la Turquie sont des adversaires.

 

Enfin, la compétition globale est une jungle où les coups sont portés tous azimuts. Elle ne connaît pas d’alliés, que des acteurs, Etats ou organisations diverses, qui défendent leurs intérêts. 

 

L’âge des alliances inconditionnelles est révolu. Elles ne sont plus que de circonstances et parfois à front renversé. Les Etats-Unis nous l’ont rappelé cruellement en balayant sans états d’âme nos intérêts industriels et géopolitiques dans le Pacifique en signant le traité AUKUS.

 

Les Allemands nous le montrent tous les jours, que ce soit dans l’affaire du SCAF ou sur la question du nucléaire civil.

 

Le monde multipolaire qui a émergé au cours de la dernière décennie est à la fois plus libre et plus conflictuel que celui de l’hégémonie unilatérale américaine qui a suivi la chute du mur de Berlin. Les collaborations et les contacts entre nations sont plus nombreux et plus éphémères.

 

L’affirmation des identités et des intérêts nationaux prend les Européens à contrepied. Ils ont cru de bonne fois au mythe de la fin de l’histoire et du village global qui répondait à leur besoin de sécurité matérielle et psychologique.

 

Il leur est dur de découvrir un monde d’ennemis, d’adversaires et de rivaux.

 

Nous cherchons à réduire l’autre à une simple extension de nous-mêmes par peur de la confrontation et des remises en cause qu’elle implique.

 

Nous sommes même prêts à renoncer à notre identité en espérant que l’autre fasse de même et qu’à ce prix nous évitions des conflits que nous ne savons plus mener et encore moins gagner.

 

Malheureusement, l’autre ne cherche pas l’indifférenciation. Il poursuit des objectifs propres qui peuvent être de nous supplanter.

 

Morgenthau disait que le pacifisme était le fruit de l’ignorance et que si connaissions mieux les autres nations et leurs arrière-pensées, les guerres éclateraient plus tôt et plus souvent.

 

De fait, en développant nos capacités en termes d’interculturalités, c’est à dire en apprenant à voir le monde avec les yeux de l’autre en nous glissant dans ses propres modes de représentation, nous verrions sans doute qu’il est difficile de s’entendre avec la Chine totalitaire, que les islamistes ne sont pas que des frustrés mais des ennemis plus conscients qu’on ne veut bien l’admettre, que nos alliés américains nous aimeraient plus soumis et ne reculerons devant aucun moyens pour y parvenir, que nos amis européens ont une vision de leurs fins dernières nationales qui n’est pas toujours compatible avec la nôtre.

 

Dans ces conditions, l’emploi pléthorique du mot guerre correspond à une prise de conscience progressive et salutaire. La guerre normative, la guerre culturelle, la guerre économique etc... sont les différentes facettes de la GMS dans un monde qui ne connaît plus la paix.

 

6. Validez vous le terme “guerre froide” dans le contexte actuel? L’interdépendance économique réduit-elle le risque de guerre?

 

La Guerre Froide correspond à une situation historique donnée. L’analogie est rassurante parce qu’elle se rapporte à des évènements connus dont le happy end autorise tous les espoirs.

 

Mais la situation est différente. Le contexte n’est plus bipolaire, il est celui de la multipolarisation du monde et de la compétition globale.

En 1914, les économies européennes étaient très largement interdépendantes…

 

L’interdépendance économique n’empêche pas l’affrontement militaire et ne fait qu’exacerber la guerre économique. N’oublions pas non plus que les interdépendances ne sont jamais également réparties. Elles ne font que complexifier les rapports de force.

 

7. Comment garantir la sécurité en situation asymétrique?

 

La sécurité consiste à pérenniser la capacité d’un corps collectif à subsister et à défendre ses intérêts de manière autonome.

 

A ce titre, un pays comme la France se trouve dans un rapport du fort au faible face aux groupes djihadistes sahéliens mais du faible au fort en termes économiques par rapport aux Etats-Unis ou à la Chine.

Dans un rapport du fort au faible, la force ne doit pas faire oublier les voies de la puissance, qui sont multi-domaines et indirectes.

 

Dans tous les cas, la priorité est de définir des objectifs réalisables et de concentrer ses efforts sur l’essentiel, en réalisant les concessions nécessaires et en portant l’accent sur l’ingénierie sociale et informationnelle pour créer les conditions d’acceptation d’une solution négociée.

 

En Algérie, la victoire militaire totale des forces françaises en 1962 a eu le même effet que Dien Bien Phu. Parce que le maintien du lien colonial n’était pas réaliste alors qu’il aurait été possible de préserver les intérêts de la minorité d’origine européenne et les liens transméditerranéens en accordant l’indépendance en 1958. Combien les deux pays en auraient tiré avantage!

 

Les Américains ont commis la même erreur en Irak. La grande difficulté est de ne pas être prisonnier de la guerre mais de garder en vue ses objectifs stratégiques.

 

Dans un rapport du faible au fort, les stratégies subversives ont fait leur preuve. Il est plus facile de conserver l’initiative lorsque l’on s’attaque à une entité plus forte, conservatrice par définition puisqu’elle cherche à préserver sa situation dominante. Elle est également moins souple et moins apte à se remettre en cause. Il est possible de prendre l’ascendant par la méthode de la surprise permanente qui use l’adversaire, le déstabilise et finit par provoquer sa lassitude.

 

En dernier recours, la guerre est un choc de volontés. Le protagoniste le moins déterminé ou le moins constant est appelé à se soumettre.

Quels que soient les rapports de force initiaux, quiconque renonce aux voies de la puissance renonce à exister en tant qu’entité stratégique, c’est-à-dire en tant que collectivité unie par une communauté de destin.

 

8. Quel est votre regard sur l’Afghanistan, la Syrie etc...? Un déclin de l’Occident?

 

Entendons-nous d’abord sur le terme d’Occident. L’expression est utilisée depuis l’après-guerre pour désigner d’un bloc le leader américain et ses protectorats européens, dépourvus d’autonomie stratégique faute de moyens et de volonté. L’Occident est tombé avec le mur de Berlin. Si la subordination stratégique du vieux continent au nouveau subsiste, la communauté d’intérêts face à la menace directe soviétique a disparu, lui retirant toute légitimité.

 

En Afghanistan, les nations européennes ont fait étalage de leur faiblesse. Initialement, les Américains ne voulaient d’ailleurs pas d’elles sur ce théâtre. Elles ont insisté, imaginant renouer avec la démonstration militaire de la première guerre du Golfe. Quand le conflit s’est durci, elles ont soigneusement évité les opérations de combat, enfermées dans leurs camps quand elles n’achetaient pas la paix dans leur secteur en payant les Talibans. Elles ont prouvé au monde qu’elles n’avaient ni capacités matérielles, ni expérience opérationnelle, ni résilience face à la mort. Seuls les Britanniques et les Français ont fait exception.

 

Du côté américain, le bilan afghan est plus mitigé. Des sommes astronomiques ont été dilapidées en pure perte, si ce n’est pour rappeler que la force militaire ne devait pas être confondue avec la puissance et que le volontarisme avait ses limites.

 

En revanche, Washington a donné une preuve éclatante de ses capacités militaires uniques. Quelle autre puissance aurait pu consentir un tel effort pendant vingt ans et même réussir l’exploit logistique d’un retrait en des délais extraordinairement contraints? Qui songerait à un affrontement conventionnel ouvert face à une telle armée? Le retrait d’Afghanistan est une blessure d’amour-propre qui devrait vacciner les Américains contre l’hyper-extension de leurs interventions et les pousser à concentrer leurs efforts, il ne change rien à leur puissance globale.

 

La situation en Syrie est complexe. La France y a manqué de prudence. Les rodomontades du président Hollande menaçant le régime syrien de frappes aériennes puis se rétractant devant le refus américain est un des pires fiascos de notre politique étrangère.

 

La France a voulu jouer aux grandes puissances dans une de ses anciennes sphères d’influence. Elle s’est vue ramenée cruellement au statut que lui confèrent ses moyens réels: on l’écoute au Mali parce que ses moyens d’action y sont sans équivalent, en Syrie, elle n’est pas un acteur de premier rang. Les autres nations européennes sont inexistantes sur le dossier. On notera la prudence américaine sur le dossier et la remarquable action des Russes qui ont dû s’insérer dans le jeu pour y défendre leurs intérêts.

 

De manière générale, un monde multipolaire est un monde de frictions. L’émergence de nouvelles puissances régionales provoque inéluctablement le déclin relatif des anciennes puissances hégémoniques, comme les Etats-Unis. A contrario, des marges de manœuvre pourraient s’ouvrir pour une puissance moyenne globale comme la France, à condition d’agir prudemment, en fonction de ses moyens. Il n’est rien de plus nuisible que d’afficher des prétentions que l’on n’a pas les moyens de soutenir.

 

9. Quelles sont les grandes différences de culture stratégique entre les trois grands (Russie, Chine, Etats-Unis)?

 

Avec la doctrine Gerasimov, du nom d’un de ses chefs d’état-major, la Russie dispose d’une doctrine d’action indirecte et d’utilisation des proxys dont l’efficacité a été démontrée en 2014 en Crimée. D’autre part, elle maintient son statut de grande puissance grâce à ses forces armées conventionnelles et nucléaires. La Russie n’a donc d’autre choix que de les mettre en scène lors de gigantesques exercices militaires, qui sont moins des provocations que le rappel et la mise en valeur du principal atout d’un Etat sur la défensive. Elle cherche d’ailleurs à faire de son complexe militaro-industriel le moteur de sa réindustrialisation.

 

Elle a également hérité de l’Union soviétique le principe de non-distinction entre la guerre et la paix. Ceci dit, Moscou a perdu son principal outil d’influence extérieur avec la chute du communisme.

 

Le modèle russe ne dispose plus de pôle d’attraction significatif sur les opinions publiques de ses rivaux. Un modèle peu attractif et un PIB inférieur à celui de la Corée du Sud limitent ses prétentions. En dehors de son environnement proche, ses moyens d’action sont relativement limités mais lui permettent néanmoins d’exploiter intelligemment les faiblesses ou la naïveté de ses rivaux, comme on peut le voir en Afrique.

 

La culture stratégique chinoise est essentiellement couverte. Elle a notamment assimilé la pensée stratégique de Mao, inscrite dans la constitution. Sa théorie des contradictions suppose une analyse discrète et minutieuse des forces et faiblesses de l’ennemi et notamment de ses points de tension internes, les «contradictions». Leur exploitation permet d’initier un processus de dislocation interne de la cible et met en place les conditions structurelles de la victoire. Le coup de boutoir final n’est que le couronnement de cette approche bien plus stratégique que tactique.

 

Consciente de l’atout que peut présenter sa masse, la Chine compte aussi sur la stratégie de la saturation. Pendant la guerre de Corée, elle a ainsi tenu en échec les Américains, au prix de pertes dix fois plus élevées. En mer de Chine, Pékin accumule et concentre aujourd’hui des moyens destinés à saturer les capacités qualitativement supérieures de Washington.

 

Le but est d’ailleurs sans doute moins de se mettre en situation de gagner un affrontement direct que de décourager les Américains de s’y risquer et, plus encore, de finir par convaincre les Taïwanais eux-mêmes de négocier un rattachement présenté comme inéluctable en raison de la bascule progressive des rapports de force. 

 

La Chine utilise également la coercition grise et les proxys pour avancer ses pions. Plus que la coercition, elle cherche à mettre en place des liens de dépendance structurelle.

 

S’il y a une chose à mettre au bénéfice de la présidence Trump, c’est d’avoir enfin compris que les objectifs de Pékin étaient «d’accroître la puissance globale de la Chine», selon les mots de Xi Jinping, et de l’avoir forcé à afficher ses ambitions prématurément. La Chine totalitaire est perçue comme une menace par ses voisins et une banque peu regardante par les nations en voie de développement. Il n’est pas certain qu’elle apparaisse véritablement comme un modèle.

 

La culture stratégique américaine est ambivalente. Elle est une culture de l’affrontement direct et du combat frontal. Guerres indiennes, guerre de Sécession, conflits mondiaux et interventions récentes illustrent une conception manichéenne de la guerre caractérisée par la criminalisation de l’ennemi. On ne négocie pas avec le mal, on l’éradique. D’où une grande difficulté à accepter des solutions de compromis, assimilées à des compromissions, et les mécomptes qui en découlent.

 

L’ Amérique a une capacité sans équivalent à mobiliser ses gigantesques ressources en cas de nécessité. Ses défaites expéditionnaires ne doivent pas faire oublier qu’à chaque fois que ses intérêts vitaux ont été en jeu, elle a fini par écraser ses rivaux.


Les Etats-Unis ont également développé des capacités d’action indirectes de soft power et d’influence qui vont bien au-delà de ce qu’on se représente communément en France. 

 

Le political warfare, défini en 1948 par Georges Kennan, consiste ainsi à agir insensiblement sur les structures sociales et cognitives de la cible. Le plus grand succès de cette approche offensive est l’américanisation en profondeur de l’Europe qui a conduit à sa stérilisation stratégique. La principale faiblesse de l’Amérique est aujourd’hui son extrême polarisation. Le rêve américain en pâtit sans doute mais aucun rêve européen, russe ou chinois n’est capable de le remplacer pour l’instant, et le pouvoir d’attraction américain demeure sans équivalent. La particularité de la culture stratégique américaine réside dans la combinaison du hard et du soft power, le «smart power».

 

10. Finalement la démocratie pacifiée peut-elle penser la guerre?

 

Une démocratie pacifiée a-t-elle un sens? Est-elle plus qu’un mot? Elle est consubstantielle au culte du progrès et à l’idée de liberté, deux idées très peu pacifiques.

 

La démocratie n’est pas la paix mais une forme consensuelle de régulation de la guerre sociale.

 

Elle repose sur la controverse, certes, mais aussi sur l’acceptation des différences au sein de sa propre communauté, grâce au sentiment que ce qui relie chacun à ses concitoyens est plus important que ce qui l’en sépare. C’est ce qui rend une défaite électorale acceptable. L’opposant politique n’est pas un ennemi ; ses propositions peuvent être combattues, elles n’en sont pas moins reconnues comme légitimes.

 

La démocratie ne peut enfin exister que dans une société ouverte dont le pivot est la liberté de penser. Sans le droit de débattre sans se sentir offensé, d’opposer la raison aux croyances, de confier l’avenir d’une communauté au suffrage de ses citoyens elle n’est qu’un mot. Or nous assistons à la multiplication des interdits moraux dans le débat public, à la dislocation des identités et à la subordination du pouvoir politique aux pouvoirs normatifs privés, publics ou supranationaux.

 

Notre société est-elle encore véritablement une société ouverte? Notre démocratie a-t-elle encore un sens? Une démocratie apaisée n’est-elle pas le synonyme d’une démocratie dévitalisée?

 

Leur dynamisme, leur créativité, leur cohésion interne et leur confiance en eux ont permis aux régimes démocrates de combattre et de vaincre toutes les formes d’organisations politiques autoritaires, totalitaires ou anarchistes rivales. Peut-être ne savons nous tout simplement plus penser la guerre parce que nous ne sommes plus réellement démocrates.

 

11. Le Brexit bouscule-t-il la sécurité de l’Europe? Quel type d’alliance avec l’Allemagne? L’Aukus: une nouvelle alliance qui laisse de côté l’Union?

 

L’Union Européenne n’existe ni en termes géopolitiques, ni en termes militaires. A ce titre, le Brexit est un facteur neutre. Les deux seules puissances militaires européenne crédibles, la France et le Royaume-Uni, demeurent liées par les accords bilatéraux de Lancaster, signés en 2010. Le coup de froid actuel sur les relations entre Londres et Paris ne change structurellement rien à cette réalité.

 

L’AUKUS marque certes un rapprochement entre les nations anglo-saxonnes, mais est-ce une nouveauté ou une surprise? Cette alliance laisse évidemment de côté l’UE, que personne ne prend au sérieux dans le domaine de la sécurité - qui est aussi celui de la realpolitik. Le seul succès européen est celui de l’engagement des forces spéciales de plusieurs de ses membres dans le cadre de l’opération Takuba au Mali. Seulement, il ne s’agit pas tant d’une opération européenne que d’une opération limitée entre nations européennes que la France a voulu placer sous la bannière de l’UE.

 

Au grand dam de Paris, qui souhaiterait en faire son partenaire privilégié pour affirmer l’autonomie stratégique de l’Europe, l’Allemagne est un non-acteur en termes de sécurité. Pire encore, Berlin n’a jamais réussi à compter parmi les puissances responsables contribuant à la stabilité internationale. Elle est passée d’un idéal militariste à un idéal pacifiste, aussi déconnectés l’un de l’autre de la réalité des rapports de force.

 

D’autre part, l’Allemagne n’a jamais su sacrifier ses intérêts immédiats au maintien de l’équilibre international ou à une vision stratégique à long terme. On le voit aujourd’hui sur le plan économique.

 

Il est difficile de changer la culture stratégique d’un pays. Pourtant, à côté de la Chine, du bloc anglo-saxon et des géants émergents que sont l’Inde ou le Brésil, la seule chance pour les nations d’Europe continentale est d’unir leurs forces autour de Paris et Berlin. Les Allemands sauront-ils le comprendre à temps? Si ce n’est pas le cas, au lieu de le leur reprocher, peut-être les Français devraient-ils changer leur manière de présenter leur projet pour le rendre désirable ou acceptable à leurs voisins, c’est-à-dire d’utiliser leur capacités d’influence pour faire évoluer leurs perceptions.

 

12. «Penser la guerre», n’est-ce pas réintroduire une dimension de souveraineté et donc remettre en question au moins en partie le tout-libéral? Le débat sur la souveraineté dans un monde d’interdépendance n’est-il «un serpent de mer» à chaque élection?

 

La souveraineté est la capacité d’un groupe à concevoir et poursuivre ses intérêts stratégiques propres. C’est-à-dire à penser la guerre. Un peuple qui n’est capable ni de la penser, ni de la conduire, accepte le protectorat d’une autre puissance.

 

Les interdépendances croisées ne remettent aucunement en cause la notion de souveraineté. Seulement, elles entrent dans une vision stratégique afin de ne consentir que des dépendances superficielles.

 

Les Etats-Unis, la Chine, l’Inde etc... cherchent tous à réduire leurs dépendances critiques. Même l’Europe semble enfin prendre en compte cet enjeu crucial.

 

Certaines dépendances hypothèquent l’avenir. D’autres, au contraire, procurent des marges de manœuvre en libérant des forces dans des domaines essentiels. Le jeu consiste à s’assurer de la plus large liberté de mouvement possible tout en entravant ses rivaux.

 

Si les échanges internationaux ont encore de beaux jours devant eux, le libéralisme est mort. Le développement des échanges économiques n’a pas mis fin à la guerre comme il le proclamait, au contraire. Les pays cherchent désormais à accroître leur puissance par l’économie qui est l’objet de compétitions, de contestations et d’affrontements.

 

D’autre part le postulat selon lequel le développement de l’économie conduisait à la démocratie s’est révélé faux. La Chine totalitaire est sur le point de devenir la première puissance économique mondiale tandis que les îles du Cap-Vert, dont 50 % de la population vit sous le seuil de pauvreté, connaissent l’alternance démocratique d’une démocratie représentative.

 

Attention cependant à la notion de souveraineté, ce mot-valise dont on se demande parfois ce qu’il renferme. Si c’est un refuge pour refuser les inéluctables bouleversements du monde ou l’autre mot de la nostalgie des temps qui ne reviendront plus, elle est une illusion dangereuse. La souveraineté sans la puissance n’est qu’un repli frileux.

 

13. Le projet de défense européenne et/ou la boussole stratégique, peuvent-ils se concrétiser et permettre de desserrer la prise en étau de l’Union?

 

Tout dépend par ce qu’on entend par la défense européenne. Une armée européenne unifiée est une chimère à laquelle, heureusement, plus grand-monde ne croit. Même l’idée de créer une capacité européenne autonome de déploiement rapide a peu de chance de passer de la théorie à la pratique. Il est peu probable qu’un «corps européen», entravé par les différences en termes d’équipements, d’approches opérationnelles et de restrictions nationales (les CAVEAT) puisse jamais faire beaucoup mieux que de distribuer des packs d’eau dans un cadre humanitaire.

 

L’efficacité ou l’utilité de la boussole européenne ne doivent pas être surestimées mais les déclarations de M. Josep Borell appelant l’Union à passer au hard power révèlent un changement de mentalité dont on ne peut que se réjouir.

Surtout, certaines initiatives concrètent peuvent servir de catalyseur de puissance pour les nations qui composent l’Union.

 

Le concept de “présence maritime coordonnée européenne” permet ainsi de pallier les formats contraints des marines européennes et d’assurer une présence permanente dans des zones d’intérêt maritimes définie par le Conseil de l’Union. Menée avec succès dans le Golfe de Guinée, l’expérience pourrait se renouveler dans la zone indo-pacifique.

 

Sur le plan militaro-industriel, la Coopération Permanente Structurée (PESCO) facilite la coordination entre nations volontaires autour de certains projets Défense.

 

Cette approche par mutualisations différenciées, à la fois réaliste et efficiente, est le meilleur moyen de construire l’Europe de la Défense en pérennisant ses structures technologiques et en d’optimisant les ressources insuffisantes de ses forces armées.

 

La Défense européenne ne se développera cependant que si les Européens parviennent à résoudre le problème de leur désarmement moral, lié à une véritable mentalité insulaire.

 

Ils se croient isolés des problèmes du monde et n’ont à ce jour ni la volonté, ni la résilience nécessaire pour faire face aux périls qui montent. L’Union ne pourra desserrer l’étau que vous évoquez qu’en retrouvant les bases de ce que l’amiral Castex nommait le «moral stratégique».

 

14. Populisme intérieur, menaces et arrogance des régimes autoritaires etc... Pourquoi nos sociétés libres et riches ne portent-elles plus le fer de lance de la modernité?

 

Peut-être la réponse figure-t-elle dans la question. Nos sociétés «libres et riches» ont tout. Elles estiment plus ou moins consciemment qu’elles ont désormais plus à perdre qu’à gagner de l’évolution du monde. Elles n’aspirent pas à améliorer leur situation mais à la geler pour préserver leurs avantages acquis. En perdant confiance en elles et en l’avenir, elles ont renoncé à la capacité de porter la modernité.

 

Tout changement est une rupture de l’ordre et des équilibres établis, c’est-à-dire une forme de contrainte et de guerre sociale. Or, la modernité s’est constituée sur la valorisation du changement en tant que tel. Dès lors qu’une société le refuse, elle se condamne à être distancée, dépassée.

 

L’Europe a engendré les grande Révolutions religieuses, industrielles, intellectuelles ou sociales depuis le XVIe siècle. Elle avait toujours un temps d’avance sur ses rivaux puisqu’elle provoquait elle-même les changements qui les plaçaient en déséquilibre et en réaction.

 

Cette époque est révolue. Quelques changements sociétaux ne changent rien au fait que les nations européennes sont devenues conservatrices. Elles subissent désormais l’initiative d’acteurs plus dynamiques, audacieux et agressifs. Elles ne dirigent plus le courant du progrès mais le subissent.

 

La plupart des populismes de droite ou de gauche partagent la même peur d’un monde qui change, qu’ils ne comprennent pas et qu’ils sont incapables de dominer. Ils sont révélateurs d’une crise de conscience particulièrement grave et, quelque part, de la perte de l’esprit révolutionnaire au profit d’une nostalgie sans retour ou d’un nihilisme désespéré.

 

15. En définitive, les hommes font-ils l’histoire ou bien est-ce l’inverse?

 

L’homme est un animal historique, c’est-à-dire un être social projeté dans le temps. Les influences reçues et exercées dépassent les bornes de l’individu éphémère. Elle se mêlent et s’entrecroisent inégalement.

 

Les hommes font l’histoire lorsqu’ils en comprennent les ressorts et les dominent. S’ils se contentent de poursuivre leurs rêves et leurs croyances, ils deviennent les esclaves de forces qui les dépassent. Ils se soumettent sans le savoir à la fatalité, et se contentent d’occuper l’espace au lieu d’entrer dans l’histoire en la forgeant.

 

Toutes les générations connaissent la même alternative: agir ou subir.


Raphaël Chauvancy, le 22 décembre 2021

 

https://geopoweb.fr/?LA-MONDIALISATION-A-ENGENDRE-UNE-CONFLICTUALITE-PERMANENTE-Par-Raphael 



E ainda em edição de Dezembro 2021 da 'Diplomatie':
 



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