A política interna de Macron tem sido típica da cartilha neo-liberal e é o exacto contrário do gaulismo. Visto pelo lado da política interna, Macron é uma espécie de Passos Coelho sofisticado, um Passos Coelho que sabe ler e comer à mesa. Na vertente externa, Macron desenvolve a aposta mitterrantiana, que François Hollande tinha iniciado, de afirmação da capacidade estratégica da França, potenciando presença e intervenção em cenários críticos e em várias zonas do globo. Ou seja, Macron usa o cenário global para (fora da "Europa" e para além dela) afirmar a potência da França... como Hollande tinha iniciado (tanto em África como na Ásia e mesmo com os Estados Unidos). É a forma possível de se libertar do espartilho europeu... dizendo à “Europa” uma espécie de "je t'aime, moi non plus".
Paulo Casaca explana aqui a sua visão (bastante optimista, digo eu) da política do presidente que gosta de se designar a si próprio por Júpiter: http://www.jornaltornado.pt/a-accao-estrategica-de-macron/
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