"Quantas empresas portuguesas, sobretudo entre as cotadas em Bolsa, estão em condições de resistir a uma boa guerra de informação?" De passagem por Lisboa, um especialista da matéria, jurista americano residente no centro da Europa, coloca-me abruptamente a questão. "Deixa ver", digo para ganhar uns segundos. Sorvo ainda um pouco do café e sorrio-lhe. "Olha, fixa bem... nenhuma!". Estamos no bar do Ritz e, talvez por isso, de repente surge-me a memória de uma operação a que alguém chamou "caixa de sapatos"... Olho à volta. Há várias caras conhecidas do mundo dos negócios e da política. Muito penteados, perfumados e engravatados. Bem formalizados e engomados. E volto a um pequeno sorriso. Se algum deles sonhasse o que poderá estar a passar pela cabeça do "mal vestido" (jeans, t-shirt engelhada e sapatos de vela) sentado às minhas "15 horas", provavelmente, tinha um colapso... Sou arrancado deste devaneio pela voz deste companheiro de fim de tarde. "Levas-me a jantar àquele teu amigo que serve o melhor peixe do mundo?" Peço a conta. "Claro, sim, vamos a isso, tenho o carro ali à porta".
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