sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

As "novas rotas da seda" são a ossatura para um império chinês que controle toda a Eurásia


Corredores e outros dispositivos das "novas rotas da seda" são a estruturação de um império que controle toda a Eurásia. De um império chinês, claro. Ao domínio (não desafiável) americano dos mares, Pequim procura responder com o controlo das terras, criando uma circulação alternativa que estruture todo o território da Eurásia.

Ao olhar o mapa abaixo, ganha-se a impressão de que a matriz do clássico inglês continua a reger as coisas do grande jogo...

Pequim tem massas humanas suficientes para inundar a Eurásia, das estepes russas até ao nosso mar atlântico... Mesmo Putin, há uns 4 anos, dava evidentes sinais de grande incómodo e preocupação com a ‘inundação’ de chineses na Sibéria.

Putin teve, entretanto, que resolver o problema da tentativa ocidental de estrangulamento da Rússia e viu-se forçado a 'esquecer' isso e a fazer uma aliança com os “diabos amarelos” para sobreviver ao estrangulamento. Primeiro, sobreviver, depois, logo se verá, terá ele pensado.

Em Pequim (desde que a "harmonia" interna se mantenha...) não há pressas, como é do seu código genético em matéria de cálculo estratégico. Isto quanto às coordenadas espaço e tempo.

Da iniciativa de Xi Jinping, vem agora a resposta ao "que fazer?" com tais coordenadas, para potenciar a posição chinesa no seu combate pela hegemonia global.

O mapa abaixo é o retrato possível dessa resposta, retrato que mostra a montagem do assalto ao Heartland e da estruturação de uma  presença forte e dinâmica no Rimland...

Que diria o Mackinder destas "novas rotas da seda"?

Certamente, ele murmuraria "who rules the Heartland commands the World-Island: who rules the World-Island commands the World" 




5 comentários:

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  5. As Américas e os oceanos vão continuar nas mãos dos EUA.

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