Como a guerra económica
mudou o interesse dos Estados no controlo da informação. Análise do papel da
inteligência económica e da informação como instrumento estratégico não só para
as empresas mas também para o Estado.
E se a manipulação da informação se tiver tornado o
novo campo de batalha entre os Estados? Se a narração dos factos for concebida
e preparada de modo a abalar governos, alterar spreads, controlar um Estado ou incidir
substancialmente sobre o sistema económico condicionando crescimento e emprego?
A nós, Portugueses, estas questões soam-nos como ecos do que, nesta última
década, se passou neste País que somos... Questões a que “il nostro eccellente
amico” Giuseppe Gagliano responde no seu recente livro “Guerra
Economica, Cognitiva, dell'Informazione – Lo Stato dell’Arte”.
Gagliano é presidente do Centro de Estudos Estratégicos
Carlo de Cristoforis (Cestudec) e autor de vasta bibliografia sobre chega ao
cerne do debate sobre a guerra económica e o papel da inteligência económica como
ferramenta estratégica não apenas para as empresas, mas também para o Estado.
"Do ponto de vista político, afirma Gagliano, o
presidente Francesco Cossiga já tinha entendido claramente o papel da guerra
económica em 1989 e como ela substituiria parcialmente a militar, tornando
necessárias mudanças significativas na organização dos serviços de inteligência
e de segurança".
Hoje, "a inteligência económica é um instrumento
da guerra económica em andamento no cenário multipolar", escreve Gagliano.
Motivo? A inteligência económica é "o carro-chefe das políticas de guerra
económica e é com base nisso que a colaboração entre o Estado e as empresas é ainda
mais necessária. É um elemento-chave para empresas e Estados, pois os mercados
financeiros representam o cérebro de todo o sistema económico: se eles
falharem, não apenas os lucros do sector serão mais baixos, mas também o
desempenho de todo o sistema económico de um país fica comprometido."
Gagliano mostra ainda como, num mundo onde a tecnologia
evolui muito rapidamente, "a sociedade da informação mudou a estrutura
operacional da guerra económica. O potencial ofensivo do agressor é, de certo, ampliado
pelas tecnologias da informação”.
Também as multinacionais e ONG vêem aqui
desmistificadas muitas das suas “narrativas” fundacionais. Muitas (quase
todas...) das “multinacionais” são, de facto, nacionais e quase todas as grandes
ONG (vidé Green Peace) são, de facto, empresas e negócios multinacionais...
A realidade posta a nu por Gagliano está bem longe da
narrativa neo-liberal, do discurso daqueles que acreditam piamente e pregam que
o Estado não deve intervir na economia cujos destinos deve deixar
exclusivamente aos cuidados do “mercado” (ou dos interesses que o dominam).
Synopsis
“L’intelligence economica costituisce uno strumento
indispensabile per salvaguardare la sovranità economica di un paese e quindi la
sua indipendenza.
L’intelligence economica può essere efficacemente
attuata solo dopo la piena comprensione della guerra economica e delle altre
forme di belligeranza che passano dall’informazione, i dati e la conoscenza.
Non considerare questo legame è un errore metodologico
grave. Così come lo è pensare di porre in essere un dispositivo efficace di
intelligence senza prima avere conseguito una adeguata sovranità economica e
militare nello scenario multipolare.
Lo scopo di questo libro, che si avvale di contributi
di analisti e studiosi di questi fenomeni, è proprio quello di fare il punto
sullo stato dell’arte di queste nuove e moderne forme di belligeranza. Ne
emerge la centralità della intelligence economica come strumento difensivo e
insieme offensivo volto a consolidare – o a conseguire – la sovranità economica
senza la quale la libertà è solo un’illusione.
Nella parte finale del libro sono raccolti gli
interventi dell’autore sugli scenari internazionali nei quali si dispiega la
guerra economica.”
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