Há 79 anos, travava-se na Líbia, entre 26 Maio e 11 Junho de 1942, uma das mais ferozes batalhas da II Guerra, Bir-Hakeim. Suzan Travers esteve nesta batalha, única mulher no meio de 5.000 homens da Legião Estrangeira. Os seus camaradas de armas diziam dela, com todo o respeito: «Suzan, c’est un vrai mec!».
Durante a II Guerra, "La Miss" esteve, com a sua Brigada, nos campos de batalha em que fosse necessária uma "força especial": Finlandia, Noruega, Norte de África, Senegal, Sudão, Congo, Etiópia, Síria, Líbano, Egipto, Itália e, finalmente, França, onde combatia a ocupação alemã quando a Alemanha se rendeu.
Sobre os seus anos na Legião, disse o general Geoffrey: «Chez nous elle était mieux gardée par les légionnaires qu’une jeune fille dans un couvent. Tous voulaient briller à ses yeux. Elle se comportait comme n’importe quel homme. Elle était gonflée!»
Finda a guerra, casa-se e tem dois filhos. Com um oficial da Legião, claro, que também tinha estado em Bir-Hakeim e que reencontrara durante uma missão no Vietnam.
Pelo caminho, "La Miss" foi colecionando as mais altas condecorações militares. A última que recebeu foi em 1996, quando o seu antigo comandante, o general Geoffrey foi a sua casa entregar-lhe "La Croix de Chevalier de la Légion d’Honneur" e fez o discurso da ordem.
Quem já não poude estar presente nesta cerimónia, por ter falecido em 1970, foi o general Kœnig (um dos amores da sua vida) que ela tinha conseguido tirar com vida do inferno de Bir-Hakeim e que, depois da guerra, foi ministro da Defesa no governo de Pierre Mendès-France.
Aos 94 anos, La Miss despediu-se deste mundo, na sua casa de Paris, em Dezembro de 2003. Escassos anos antes, tinha escrito e publicado as suas memórias, "Tomorrow to Be Brave: A Memoir of the Only Woman Ever to Serve in the French Foreign Legion". Mas só o fez quando ""everyone was gone and I was left alone with my medals".
Sobre "La Miss" Suzan Travers:
e
Sobre a batalha de Bir-Hakeim:
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