quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A CIA alertou para os fogos de Outubro…?

É sabido que a CIA tinha avisado em tempo para os atentados jihadistas de Barcelona, ora parece, corre por aí em certos meios, que também terá alertado para os letais incêndios de meados deste Outubro. A ser verdade… 

         José Mateus | Jornal ‘Tornado’ | 25 Outubro, 2017



Tal como corre também que, desencadeados a poucas horas da aproximação do furacão “Ophelia” da costa portuguesa (o que garantia rajadas de vento a 100 Kms/hora…), esses incêndios poderiam ter feito não umas dezenas mas sim largos milhares de mortos.

Felizmente, António Costa terá tido também a protecção do S. Pedro e o “Ophelia” acabou por se dirigir às ilhas britânicas por um percurso mais a direito que o previsto, afastando-se da costa portuguesa. E assim nos safámos do inferno e o respectivo diabo não chegou.



A questão é, porém, mais vasta. Os fogos de Verão não são o problema, são apenas um revelador do problema.

E o problema é que há 50 anos que o Estado Português não sabe que fazer com dois terços do território do Continente e suas populações (tornadas residuais após o grande êxodo de milhões de portugueses que fugiram da miséria de uma agricultura de subsistência, depois do fim da II Guerra, num movimento acentuado durante as guerras africanas dos anos sessenta e concluído pelo “25 de Abril”).

Até tem havido governos (recentes…) que usaram tal território e suas gentes como “variável de ajustamento”… E lá mandaram cortar escolas, repartições, esquadras, tribunais e sei lá que mais!

A responsabilidade de 50 anos de insanidade política e vácuo de pensamento estratégico não é, obviamente, desses 2/3 do território continental português e das suas gentes!
Obviamente é função e responsabilidade do Estado responder (com urgência!) a essa velha questão de saber que fazer (e saber fazê-lo…) com esses 2/3 do território continental e seus habitantes.


Função e responsabilidade em que falha há demasiado tempo mas em que não pode continuar a falhar sob pena de passar a ser visto e considerado como “estado falhado”.

Texto publicado em simultâneo no jornal 'Tornado':

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