segunda-feira, 23 de abril de 2018

O Meu Amigo Cerejo


Somos amigos desde os nossos tempos na Faculté des Sciences Économiques, Sociales et Politiques da Universidade de Louvaina. Uma amizade que soube manter-se e ultrapassar “divergências políticas”, sempre que as houve, e outras diferenças de posicionamento. Está dito para a “declaração de interesses”.

Esta amizade não é, contudo, chamada para o tema de hoje. O que aqui traz o Cerejo é outra coisa. É a alarve facilidade com que, soezmente, qualquer cretino atenta (até sem necessidade de recorrer às NTIC…) contra a reputação de um homem honrado, de grande seriedade e inteligência. De um homem de uma grande lisura de processos e de enorme domínio técnico das metodologias do seu trabalho.

Pouco depois de se ter reformado e, portanto, ter cessado o seu trabalho regular no “Público”, José António Cerejo (Jac, como há décadas lhe chamo) começou a ser alvo de uma miserável (em todos aspectos) campanha caluniosa.

O tema era o inefável “afinal, todo o homem tem um preço” e dizia, mais ou menos, isto: “O Santana Lopes deu uma avença ao Cerejo, comprou-o e ele calou-se com as suas investigações às ‘bernardas’ da Santa Casa”.


Vejam a primeira página (e as quatro seguintes) do “Público” desta segunda-feira (23 de Abril). Mesmo reformado, o meu amigo Cerejo dá uma bela lição de jornalismo de investigação e mostra que pagar o seu "preço de homem" está fora do alcance de qualquer Santana.

Abraço, Jac. Salut, l’artiste!

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