Para Perceber Putin Ler Vladislav Surkov
Os “especialistas” ocidentais, salvo raras excepções, não têm sabido compreender o presidente Putine. Têm-no “lido” através de uma grelha de leitura demasiado “ocidental”, uma grelha de leitura cujo etnocentrismo inviabiliza qualquer leitura profícua. John Robb e George Friedman e, em português, o Inteligência Económica são alguns dos escassos casos de tentativa de leitura objectiva e desapaixonada do ‘software’ putinista. Agora, neste Verão 2017, Chris Arkenberg passou a fazer-lhes companhia.
O Inteligência Económica escrevia, há mais de 3 anos, a 09 Maio 2014, a propósito da estratégia de confronto de Putine na Ucrânia, “a guerra de Putine é “não-linear” e é “económica”… Guerra Económica no seu fundamento e Guerra Não-Linear nos métodos e nas formas que assume o seu desenvolvimento. Para perceber a estratégia de Putine na Ucrânia, sua essência, seus modos e seus tempos, há que ler o conselheiro presidencial Vladislav Surkov e, especialmente, o seu livrode “ficção científica”… Aí se descreve um certo tipo de guerra “não-linear”, suas formas e lógicas e também o que move os seus protagonistas. A “ficção científica” de Surkov (que além de escrever é também um dos homens mais poderosos da política russa da última década e um velho e muito chegado colaborador de Putine) ilumina fabulosamente o lado obscuro da acção russa na Ucrânia.
"Talvez por também ser especialista de guerras não-lineares (vidé Brave New War), o nosso amigo John Robb ao olhar para a Ucrânia viu duas coisas: “Putin is using open source warfare” e “In the 21st Century, warfare isn’t politics by other means. Warfare is business by other means”.
E o I.E. concluía, então: "Berlim não sabe no que se meteu e Putine vai explorar o erro europeu na Ucrânia para desestabilizar e alterar toda uma ordem nascida depois da implosão soviética e que é (era) desvantajosa para a Rússia" ....
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Em português escrevemos Putin e não Putine
ResponderEliminarIsso é em inglês, dada a forma como é pronunciado o "n" final. Em português e dada a forma diferente como é pronunciado um "n" final, se quisermos escrever o nome do actual presidente russo, teremos de introduzir um "e" final. Claro que, dado o desconhecimento da língua russa nas redacções dos media portugueses, a forma americana de escrevê-lo foi imediatamente macaqueada... Daí a confusão instalada.
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