Trump lançou a empreitada de todo um trabalho de construção da adaptação às novas circunstâncias estratégicas criadas pela implosão da URSS e consequente fim da guerra fria (4 presidências atrás!), pela integração de todo o antigo mundo comunista no mercado global e na OMC (que deu o quadro para a ascensão em potência da China) e pela “chaos operation” desencadeada pelo “11 de Setembro”.
É, portanto, um outro mundo que temos aí e cuja emergência só agora (e com décadas de atraso) está a ganhar visibilidade. Há que estudar e alcançar saber o que isso significa para cada um, tanto para Estados como empresas ou mesmo como indivíduos. Por exemplo, para uma pequena potência cujo território arquipelágico ocupa boa parte do Atlântico Norte.
O Arquipélago Português
É enorme e ensurdecedor o coro das vozes do ‘establishment’ que se levanta contra Trump e em defesa da velha “ordem liberal” (seja lá isso o que for porque nunca clara e consistentemente definida). Apenas alguns (escassos, muito escassos) analistas independentes e todos do universo da Geopolítica têm procurado dissecar o que Trump significa. George Friedman (inevitável...), que hoje mesmo, em três penadas, despacha o mito de um Trump “agarrado” por Putine, e poucos mais. Como Peter Zeihan, por exemplo, que publica hoje um texto analítico de leitura imprescindível.
Aqui, no Intelnomics (que em Junho de 2016 teve o “desplante” de afirmar preto no branco que Trump ia ganhar e explicando porquê) tudo o que temos escrito tem procurado (apesar de não apreciarmos o donaldiano penteado) entender o como e o porquê do aparecimento de Trump, qual o significado profundo e quais as consequências estratégicas. E é nessa via que continuaremos, procurando entender e (sempre que possível) antecipar as dinâmicas deste “aggiornamento” iniciado por Trump.
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