sexta-feira, 15 de março de 2019

Fim da “Pax Americana”... Que se Segue?


Coisas que os economistas não perceberam, não percebem e nem parece que consigam alguma vez vir a perceber mas que, no entanto, são simples, como muito bem demonstra o nosso velho amigo Peter Zeihan nas linhas abaixo.

“What the Americans have done in the post-World War II era is to vastly expand continuity via the global Order. Instead of specialization and interaction being limited to the internal affairs of individual nations, the Americans imposed security on the global system. Think of Europe, a place where dozens of ethnicities have fought wars with one another for millennia. (...) The civilizational process is reaching for its ultimate, optimal peak. But “optimal” is not the same thing as “natural.” The Americans deliberately forced the Order into existence to fight the Cold War. The Americans have a deep continuity and large economies of scale without the Order, but the global system is wholly artificial. Making matters worse, the Order does not and cannot maintain itself. Someone must pay the bill to keep it going, and the American right, the American left, and the American center have lost interest and are all arguing for a more constrained American role in the wider world. No one else has the spare economic heft or the large market or the globe-spanning naval capacity to force an Order. Break the global continuity and everything that makes our world work quickly cracks apart...”



O sistema da “pax americana”, criado pelos Estados Unidos e seus aliados vencedores da II Guerra Mundial, no pós-1945, está esgotado e mostra-se impotente para responder aos desafios que a evolução das realidades, nestas primeiras duas décadas do século XXI, já lhe colocou e lhe continua a criar todos os dias. Donald Trump foi apenas o miúdo que gritou que o rei ia nu quando toda a gente lhe elogiava as vestes...



A grande questão, a mãe de todas as questões, é saber o que se segue a esta “pax americana”.

Ao modelo saído da vitória na II Guerra, segue-se novo modelo de “pax americana” (com o primado da potência marítima e, portanto, do comércio aberto e da circulação livre, da liberdade e da democracia, como desde o tempo de Péricles e da potência marítima de Atenas se começaram a entender) ou, pelo contrário, segue-se outra coisa, como, por exemplo, um modelo de domínio imperial de potência continental, cujas características estão nos antípodas das que são próprias das potências marítimas?

O jogo a decorrer é esse...

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