A ‘Conflits’
aproveitou o verão para mostrar o drama do Donbass, “no coração da Europa”,
numa entrevista com Nikola Mirkovic,
presidente da l’association
Ouest-Est, que ajuda as vítimas da guerra no Donbass. Um ponto de vista
informado e raro, o de Mirkovic. E isto bastaria para o tornar muito
interessante mas há, além disso, muito mais... A começar pela grelha de leitura
adoptada e pelo lugar assumido pelo observador. E, como se sabe, “the place
matters”...
Como introdução, a ‘Conflits’ estabelece o quadro: “La
guerre au Donbass dure depuis 2014 et a déjà fait des dizaines de milliers de
victimes. Comme en
Yougoslavie, l’Union européenne se révèle incapable de rétablir la paix sur son
continent, dans des villes qui ont pourtant accueilli l’Euro de football en
2012. Washington et Moscou se partagent le leadership de l’Ukraine, reléguant
les Européens au second plan, alors même qu’ils sont signataires des accords de
Minsk II. Point d’étape sur la situation actuelle au Donbass où la paix semble
bien loin d’advenir.”
Com sapatinhos de
lã e embrulhado no barulho das luzes e dos estouros, o tema continentalista da
“Eurásia” está de volta... E, com ele, o novelo de problemas e conflitos da sua
questão central, a de saber onde ficará o centro do império continental
euroasiático. Ou, dito de outro modo, a quem pertencerá a sua hegemonia.
Donbass: drame au cœur de l’Europe
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