Nos 70 anos da RPC, vale a pena dar uma vista de olhos pela sua genética. Para percebermos e sabermos do que falamos quando dizemos "China". A bibliografia em língua portuguesa sobre a China é escassa e pouco interessante. O que não deixa de dizer muito sobre o estado a que chegaram as elites portuguesas das últimas décadas... Os portugueses foram os primeiros europeus a estabelecer um contacto formal e regular com a China ("China" é mesmo uma palavra portuguesa...) e foram os últimos europeus a sair da China (depois de os ingleses terem saído de Hong-Kong). Pelo meio,nem tudo se passou bem. Recorde-se que o nosso primeiro embaixador enviado à China, Tomé Pires, foi feito prisioneiro por ordem imperial e morto na prisão... Mas, depois de tantos séculos de "convivência", não dispormos de uma bibliografia sobre a China é realmente lamentável e um sinal inequívoco da miséria intelectual em que estas elites se afundaram.
Bibliografia, porém, é coisa que não falta em inglês e francês, por exemplo. Hoje, aqui se dá destaque a duas obras sobre as mulheres de Mao ou a vida do fundador da dinastia comunista vista através da relação com duas das suas concubinas. Uma é já um "clássico" francês e é da autoria do europeu que melhor conheceu a China do século XX, Lucien Bodard. A outra é uma obra mais recente, do sinólogo Alain Roux, sobre a última concubina do "imperador" Mao, Fénix de Jade, a sua tempestuosa relação e o papel político que esta "guarda vermelha" acabou por desempenhar nos últimos tempos de vida do "grande timoneiro".
Sobre a "personagem" Mao, o espanhol El Mundo publica um curioso texto, light mas revelador, que vai vai muito além do que o título sensacionalista sugere:
Afrodisíacos y
novocaína: la vida sexual de Mao Zedong
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