Coronavirus
2019-nCoV
Xi Jinping teve de reconhecer
publicamente que o coronavirus 2019-nCoV está “em expansão acelerada” e que “a
situação é grave”.
Para o “imperador” Xi, o ano do porco foi mau mas o agora começado ano do rato ameaça ser pior. A primeira grande vitima da epidemia viral, que assola a China e já chegou aos quatro cantos do mundo, é a credibilidade do Estado chinês.
Mapa da expansão acelerada do
'coronavirus' na China, a 26 Jan.2020
Tal como como aconteceu em 2018/19 com a febre suína que
dizimou toda a suinicultura chinesa e tinha acontecido com outros desastres e
catástrofes (terramotos incluídos) a única cadeia de comunicação, comando e
controlo que funcionou foi a militar. Todas as outras (tanto as do PC como os
aparelhos civis do estado chinês) colapsaram. O estado chinês quer-se
omnipotente mas revela-se incapaz de resolver uma simples peste suína... O que
isto mostra ao mundo é algo que Xi preferiria, certamente, que não fosse
conhecido.
A única cadeia C3 que funcionou foi,
como é já hábito, a militar... Fracasso total dos aparelhos do estado comunista.
A imagem da China no mundo sofre assim uma rude perda
de credibilidade. Mas também a confiança da população chinesa nos seus
governantes e no ‘imperador’ sofre um enorme abalo. Afinal, quando há problemas
nada funciona... Ora, a legitimidade do poder político chinês assenta no pacto “ausência
de liberdade contra garantia de segurança e de desenvolvimento”.
Se sobre a segurança o que se vê é a sua ausência, esta
epidemia vai pesar também muito sobre o desenvolvimento já colocado em apuros
pela política económica de Trump. O crescimento económico da China em 2020 está
já mais que ameaçado...
As fraquezas estruturais do poder político chinês (um
estado em que apenas a cadeia militar parece ser capaz de funcionar em
situações de crise) são assim postas a nu pelo coronavirus 2019-nCoV. Daí que
as autoridades chinesas tenham tudo tentado para encobrir a situação (perdendo
assim um tempo precioso) até esta se ter tornado incontrolável.
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