A
divulgação no portal do Governo das respostas de António Costa às 100 perguntas
(muitas delas atrevidotas...) de Carlos Alexandre (acompanhada de óbvia e clara
explicação da decisão) é uma magistral lição de comunicação política, já numa perspectiva de gestão da percepção (e não de simples 'relações públicas') e de guerra de informação.
“Tendo
sido postas a circular versões parciais do (seu) depoimento (...) entendeu o
Primeiro-Ministro dever proceder à divulgação pública integral das respostas a
todas as questões que lhe foram colocadas”. Note-se que as tais perguntas de
Carlos Alexandre tinham sido publicitadas nos media quase ainda antes de
chegarem a S. Bento...
António
Costa anulou assim muito do impacto das “manipulações” e “especulações” que, na
senda do que é hábito no “segredo de justiça”, já tinham começado a surgir e dá
uma maior visibilidade ao seu depoimento como um todo. Ao mesmo tempo que,
interpelado num assunto de Estado, presta contas, directamente, à opinião
pública e ao eleitorado.
Esta
decisão de Costa inova, portanto, ao promover a comunicação directa,
dispensando media e outros mediadores, num assunto que a opinião pública
considera de grande importância. Bem-vindos à era das redes digitais e da
comunicação política directa. Nunca o portal do Governo foi tão consultado como
nestas últimas horas.
E
o “twitter”, António, o “twitter”...?
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