segunda-feira, 2 de março de 2020

Coronavírus ou a Reputação Perdida da China Comunista


A resposta chinesa ao surto do 'coronavírus', desde o início e até hoje, visou mais proteger a reputação do estado do PCC do que controlar a expansão do vírus e proteger as vidas humanas. Daí que os primeiros médicos a alertar para a epidemia tenham sido presos e que  jornalistas tenham desaparecido, daí que, tanto o governo regional de Wuhan como o de Pequim, tenham minimizado a ameaçadora realidade, daí que Xi Jinping tenha andado desaparecido durante largas semanhas, daí que Pequim tenha exercido as maiores pressões sobre a Coreia do Sul e outros vizinhos para manterem abertas as rotas chinesas, daí ainda a pressão da China para que a OMS não declare como pandemia este vírus chinês. Porém, a rápida e brutal expansão do vírus deitou por terra toda a estratégia chinesa de protecção da sua reputação. E assim Pequim acaba por perder em todas as frentes: perdeu a guerra pelo controlo do vírus e perdeu a reputação que ainda tinha. E abriu o flanco a terríveis ataques reputacionais (terríveis mas sustentados...) como o da análise que abaixo se regista. Em matéria de estratégia a direcção comunista chinesa anda longe de Sun Tzu...

“The party is unable to accept criticism over the Wuhan coronavirus. When the Wall Street Journal published Walter Russell Mead’s recent opinion piece, “China Is the Real Sick Man of Asia,” the Chinese responded by expelling three journalists. This is an example of the party employing its “three warfares” — psychological, legal, and media — to control the narrative and attempt to protect its reputation and legitimacy. China has said it will not allow the country to become the victim of a smear campaign. I think it doth protest too much. This heavy-handed response has most likely backfired, because rather than protect its reputation, it has exposed its true nature to the international community. The Wuhan coronavirus has illustrated the dangers of the Communist Party’s authoritarian political warfare. Its infiltration of and influence over WHO decision-making has clearly contributed to the growing possibility of a coronavirus pandemic. Chinese authoritarian political warfare is a threat to the international system and its institutions, and the Wuhan coronavirus is simply the latest example.”


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