Conhecida
apreciadora dos seus “James Bond”, a rainha do Reino Unido Elizabeth II
acaba de nomear o ex-patrão do MI5, Andrew Parker, como Lord Great Chamberlain
(Camareiro-Mor). Lord Parker torna-se assim o ‘patrão’ da Casa Real, que passa
a administrar.
A Monarquia inglesa, desde a sua ruptura com a Igreja de Roma, sempre soube (con)viver muito bem com duas instituições decisivas (que também sempre soube acarinhar): a Grande Loja Unida de Inglaterra e os Serviços Secretos.
É, aliás,
muito difícil saber, em certas circunstâncias, onde acaba uma destas três instituições
e começa uma das outras... E esta é, muito provavelmente, a mais importante razão
de ser da perenidade desta Monarquia.
Já a velha Elizabeth I, da Casa dos Tudor, rainha de 1558 a 1603, deveu a vida, a longevidade do seu reinado e a vitória sobre os seus mortais inimigos (católicos ingleses, a Espanha de Filipe II, o Vaticano e a sua rival da Escócia), ao seu inseparável mestre-espião Lord Francis Walsingham, o mais brilhante pupilo do nosso Antão de Faria e o verdadeiro criador dos “serviços” ingleses (tão secretos que a sua própria existência só foi oficialmente reconhecida em meados do século XX).
Os segredos da monarquia inglesa estão escondidos à vista de todos e, pelo que se vê, a tradição ainda é o que sempre foi. God save the Queen. E os Walsingham de todos os tempos também...
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