terça-feira, 29 de novembro de 2022

CHINA: O início do fim do "pacto do regime"

O que está a passar-se na China é muito mais grave do que os apressados e assustados comentadores e outros "peritos" nos têm dito e redito nos media mainstream. É a revolta do proletariado chinês, com o apoio da juventude universitária, contra o mandarinato do PC chinês. 

É, sobretudo, a manifestação visível da ruptura do pacto fundamental do regime: abolição da liberdade contra garantia de desenvolvimento e bem-estar. Sem liberdade, sem desenvolvimento e sem bem-estar, o proletariado e a juventude, em desespero e revolta, invadem as ruas, manifestam-se e gritam pela demissão do imperador Xi.

Tinha havido notícias da não comparência, no recente congresso do PCCh, de dezenas de congressistas e de manifestações contra Xi nas imediações do edifício onde decorria o congresso, mas o que agora se vê (e que é apenas o que a grande muralha da censura dos novos mandarins deixa filtrar...) é algo nunca visto desde 1949. Xi poderá conseguir reprimir e abafar estas revoltas mas a China nunca mais será a mesma...

Philippe Béchade, da Chronique Ágora, descreve e analisa o que, ainda há 15 dias, os "peritos" consideravam impensável.




L’épreuve du feu du totalitarisme chinois 2.0

Des manifestations historiques, et une répression qui l'est autant.

Paris, mardi 29 novembre 2022
 
Il est encore difficile de se faire une idée de l'ampleur des mouvements de révolte en Chine ces derniers jours. De nombreuses images ont tout de même fuité via internet, malgré le contrôle et la censure des réseaux par Pékin, mais un nid d'hirondelle ne fait un "printemps chinois" (ni un automne arabe, à moins d’une confusion de ma part entre deux métaphores sous le coup de l'émotion !).

Les vidéos qui nous parvenaient déjà depuis des semaines voire des mois sont glaçantes, avec ces armées d'hommes-robots – en grands "scaphandres" blancs pour mieux appliquer la politique du zéro Covid –, qui vont rafler, parfois les armes à la main, leurs compatriotes pour emmener ces derniers par dizaines de milliers dans des camps d'isolement pouvant accueillir des masses considérables de "quarantainisés".

Le phénomène semble avoir pris tellement d'ampleur que l’agence Bloomberg s'en fait l'écho.

Il ne s'agit plus d'un simple épiphénomène, comme ont pu l’être les manifestations devant certaines banques d'épargnants spoliés par des promoteurs indélicats, mais qui doivent continuer de rembourser des mensualités pour des biens immobiliers fantômes. Le mouvement avait à l’époque été qualifié de "révolte de l’hypothécaire".

Enfermés ou en fuite

Cette fois-ci, Foxconn – le groupe taïwannais et principal producteur d'iPhones – a publié des excuses auprès de ses clients et dû les prévenir que la production risquait de chuter de 30% dans ses usines géantes suite à des mouvements de grève et le "départ" de 20 000 salariés... Sans préciser combien de protestataires ont été arrêtés, et combien croupissent dans des centres de "rétention sanitaire".

Il semblerait qu'au-delà de ce cas très médiatisé, la violence institutionnelle vienne d'atteindre un point de rupture.

De nouvelles images datées du 26 novembre montrent un de ces taïkonautes de la répression en train de souder les portes d'un immeuble dans la ville de Chengdu pour s’assurer que personne ne puisse en sortir. Ce n'est pas un montage, encore moins un cas extrême de milicien faisant du zèle ou pétant les plombs parce que soumis à une trop forte pression par sa hiérarchie : c'est un pratique largement répandue et aux conséquences dramatique.

Beaucoup d'habitants de tours aux issues soudées dans plusieurs villes en 2020 et 2021 sont morts de maladie ou faute d'avoir pu sortir chercher les traitements pour traiter leurs problèmes cardiaques, leur diabète, leur cancer, etc.

Quand tous les supermarchés sont fermés – comme à Wuhan en 2020, et ce qui est de nouveau le cas à Shanghai –, les habitants des forêts de tours de la périphérie sont ainsi condamnés à mourir de faim, si le Parti n’arrive pas à mettre en place la logistique pour ravitailler les quartiers cernés et isolés par la police.

Mais la soudure des portes devient criminelle en cas d'incendie, et c'est exactement ce qui vient de se passer. En témoigne une vidéo devenue virale depuis le jeudi 24 novembre d'une tour d'habitation en feu dans Urumqi, la capitale du Xinjiang, avec des secours incapables d'atteindre l'immeuble, et ses habitants dans l'impossibilité d'évacuer se jetant par les fenêtres, façon 11 septembre 2001 (au moins 10 morts... mais c'est le chiffre officiel chinois).

Tout le monde sait que tout le monde sait

Les autorités démentent toute responsabilité… la population sait que c’est un mensonge… les autorités savent que la population sait que c’est un mensonge… Et les manifestations suivent: cliquez ici pour lire la suite.

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Cibersegurança: O Estado e as Empresas têm mais buracos que um queijo suíço..

Um semanário chamou esta semana para manchete o momentoso problema da cibersegurança do Estado português. Finalmente! Não será por acaso (esperemos...) que esse semanário se chama "Novo".

A cibersegurança é uma das grandes vulnerabilidades do nosso Estado e também da imensa maioria das grandes e das médias empresas (bancos e outras redes e outros dispositivos críticos, incluídos).

Não terão sido suficientes as recentes "brincadeiras" com a TAP, com as FA e etc.? Ou teremos de acordar um destes dias sem água nas torneiras e com a rede multibanco desactivada para que quem de direito perceba que o assunto não é para brincar e nem para "brincadeiras"?

O investimento das empresas privadas em cibersegurança, nos últimos 3 ou 4 anos, foi praticamente inexistente. As empresas portuguesas continuam de portas e janelas escancaradas e cheias de buracos nas paredes. CEOs e outros altos dirigentes e quadros superiores continuam a não ter noção do mundo em que vivem e utilizam smartphones e portáteis em total inconsciência e do mesmo modo que qualquer banal cidadão. Nem sequer têm noção do que se pode fazer com um telemóvel e para que realmente ele serve.

Os aparelhos do Estado são alvo de piratas estrangeiros que por lá se passeiam com grande à vontade e vão sacando os dados que lhes interessam. O "Novo" refere "12 sites com problemas de segurança". Se fossem só 12... "Tanto o Estado como as empresas têm mais buracos que um queijo suíço", ironiza fonte bem informada.

Alguém já terá pensado quantas "portas, janelas e buracos" existem para entrar no Ministério da Administração Interna (e não é por acaso que citamos este)? E no da Defesa? E no dos Negócios Estrangeiros? E no da Saúde (cujos dados são muito apetitosos não só para a indústria químico-farmacêutica como também para certas mafias, como as dos órgãos)? E no da Justiça (onde hackers até já foram buscar moradas e telefones pessoais de magistrados e etc.)? E...

Meios bem informados na matéria garantem, por exemplo, que os "buracos" explorados para entrar na Defesa continuam abertos. Mas garantem também que existem estudos e ensaios em curso para "qualquer acontecimento sério nos próximos tempos, sobretudo, com empresas".

É tempo de tomar a sério o gravíssimo problema da cibersegurança e, sobretudo, resolver as enormes vulnerabilidades que representa para a segurança e defesa do nosso Estado e também para as empresas (cuja criação de riqueza e de postos de trabalho pode desaparecer de um dia para o outro depois de um "hack" certeiro).

Sugestão a António Costa (que tão sensível é a Web Summits): crie rapidamente uma Secretaria de Estado dos Assuntos Digitais e da Cibersegurança. E entregue-a a quem saiba realmente do assunto. O País precisa e tem gente mais que suficiente para tratar esses assuntos... Assim o poder político acorde e queira decidir a bem do Estado, das empresas e dos Portugueses.

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

NSA explica como aumentar a segurança no seu telemóvel

Aprenda com quem sabe bem do que fala e siga estes conselhos da NSA

A China Entronizou Solenemente o Novo Imperador

O XX Congresso do PC chinês fez o que se esperava: acabou com a limitação temporal aos mandatos do secretário-geral e formalizou a entronização de Xi como imperador vermelho. Não tivesse sido o tenebroso e caricato "caso Hu Jintao" e poder-se-ia dizer que a ritualização da "pompa e circunstância" da coroação de Xi tinha sido perfeita e batia aos pontos a de Carlos do Reino Unido.


Pode-se, no entanto, dizer que este Congresso dissolveu a República e restabeleceu o Império. Se o comunismo da Coreia do Norte pode ter uma monarquia (vai já no terceiro rei, um neto do fundador da dinastia), porque não poderia o comunismo do Império do Meio ter o seu Imperador, com sua cáfila de mandarins, escribas e outros pequenos e médios burocratas?

Assim, depois deste notável congresso, a coisa passa a ter a designação oficial de: "Pensamento de Xi Jinping sobre o Socialismo com Características Chinesas para uma Nova Era".

E, claro, tudo isto é muito bem explicadinho pelo canal oficial do partido/estado:

"No processo de solicitação de opiniões sobre a revisão da constituição do partido, todas as regiões e departamentos sugeriram unanimemente que o novo desenvolvimento do Pensamento de Xi Jinping sobre o Socialismo com Características Chinesas para uma Nova Era desde o 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China deveria ser escrito na constituição do partido para refletir melhor o progresso do Comitê Central do Partido com o camarada Xi Jinping em seu núcleo.

"É uma grande contribuição para a inovação teórica do partido, inovação prática e inovação institucional...

"Fazer essas revisões é propício para promover a unidade de vontade e ação em todo o Partido, estudo aprofundado e implementação do pensamento de Xi Jinping sobre o Socialismo com Características Chinesas para uma Nova Era, e melhor exercendo o papel orientador fundamental desta teoria científica.

"Todo o partido deve entender profundamente o significado decisivo dos Dois Estabelecimentos, implementar plenamente o pensamento de Xi Jinping sobre o Socialismo com Características Chinesas para uma Nova Era e implementar esse pensamento em todo o processo de trabalho do partido e do estado."

Está tudo claro? Perceberam bem?

Não perceberam bem...? Então, voltem a ler:

在这次党章修改征求意见过程中,各地区各部门一致建议,将党的十九大以来习近平新时代中国特色社会主义思想新发展写入党章,更好反映以习近平同志为核心的党中央推进党的理论创新、实践创新、制度创新的重大贡献...  作这些修改,有利于推动全党统一意志、统一行动,深入学习贯彻习近平新时代中国特色社会主义思想,更好发挥这一科学理论的根本指导作用。全党必须深刻领悟“两个确立”的决定性意义,全面贯彻习近平新时代中国特色社会主义思想,把这一思想贯彻落实到党和国家工作各方面全过程.



Ainda bem que já perceberam.

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Maçonaria: Uma Enciclopédia Singular

Professor de criminologia em várias universidades (França, USA, China...) e grande especialista das questões de segurança, que começou a tratar em 1988 no gabinete do então primeiro-ministro francês Michel Rocard (um grande amigo de Portugal), o nosso velho amigo Alain Bauer é autor de vastíssima bibliografia nessas matérias mas escreve também crítica gastronómica e é autor de numerosas obras sobre a Maçonaria, seus rituais e sua história. Agora, acaba de publicar (com Roger Dachez) "L'Encyclopédie des Franc-Maçonnes et des Francs-Maçons"

"Des ancêtres et des précurseurs aux artistes, des personnalités politiques aux espions, faussaires et charlatans en passant par les sœurs illustres ou les médecins et scientifiques, ce sont près de 400 entrées qui constituent cette encyclopédie inédite.

Une Histoire de la franc-maçonnerie, de ses rites et de ses membres à travers les siècles"


Biographie de l'auteur

Alain Bauer est professeur de criminologie au Conservatoire national des Arts et Métiers, à New York et à Shanghai. Il a été conseiller des plus hauts personnages de l'État pour les questions de sécurité. Alain Bauer est l'auteur de dizaines d'ouvrages. Aux Éditions Plon il a fait paraître le Dictionnaire amoureux de la franc-maçonnerie (2010), et le Dictionnaire amoureux du crime (2013), plus récemment, il a fait paraître, aux Éditions First, Les Criminels les plus cons de l'Histoire.

Vídeo

Alain Bauer sur l’histoire et la place qu’a la franc-maçonnerie

Sud Radio, 31/10/2022

Parlons Vrai chez Bourdin avec Alain Bauer, Professeur de Criminologie et ancien Grand Maître du Grand Orient de France.



Acabou a ilusão globalista... A geopolítica volta a governar o mundo

Durou 3 décadas o tempo da “globalização feliz”, abriu-se em Berlim e fechou-se em Moscovo. Começou com a queda de um muro e acabou com uma ...