As relações euro-americanas já
conheceram melhores dias…
José
Mateus | 8 Dezembro, 2017
Hoje, sobre o Atlântico levantam-se (muito por culpa da velha ‘esperteza’ europeia de que os americanos começam a ficar fartos) nuvens negras, nevoeiros cerrados e maus ventos geopolíticos. A acrescentar a este panorama, já de si muito complicado, veio agora somar-se o Brexit. Pode-se pois dizer que a temperatura geopolítica do Atlântico não descia tão baixo, desde o final da II Guerra.
Hoje, sobre o Atlântico levantam-se (muito por culpa da velha ‘esperteza’ europeia de que os americanos começam a ficar fartos) nuvens negras, nevoeiros cerrados e maus ventos geopolíticos. A acrescentar a este panorama, já de si muito complicado, veio agora somar-se o Brexit. Pode-se pois dizer que a temperatura geopolítica do Atlântico não descia tão baixo, desde o final da II Guerra.
São factos que, consoante os interesses, as posições e as capacidades de os “ler”, serão favoráveis e potenciarão algumas estratégias e políticas ou, pelo contrário, constituirão uma ameaça e exigirão revisões estratégicas nada fáceis. Por exemplo, se para a (relativa e cada vez mais relativa) paz na Europa são um risco, para Portugal, um país que é um arquipélago que se espraia pelo Atlântico Nordeste, são um grave perigo (mas também uma oportunidade… assim haja a indispensável inteligência).
O Prof. Julian Lindley-French, concorde-se ou não com ele, é uma das mais bem informadas e mais respeitadas personalidades da geopolítica ocidental. Vale, portanto, bem a pena ganhar algum tempo a ler atentamente o que ele escreve sobre o tema:
O Prof. Julian Lindley-French, concorde-se ou não com ele, é uma das mais bem informadas e mais respeitadas personalidades da geopolítica ocidental. Vale, portanto, bem a pena ganhar algum tempo a ler atentamente o que ele escreve sobre o tema:
Brexit and the Shifting Pillars of the Alliance
Julian Lindley-French | Alphen, Netherlands. 21 November
Will Britain’s departure from the EU lead to the creation of an Anglosphere and a Eurosphere within NATO? Unfortunately, there are a range of challenges to such a formulation. First, if the EU continues to drive a hard post-Brex…
The paper can be downloaded at: https://d3n8a8pro7vhmx.cloudfront.net/cdfai/pages/3016/attachments/original/1510852023/Brexit_and_the_Shifting_Pillars_of_NATO.pdf?1510852023
“The EU is fast becoming a temporary alibi for a continent of decliners,
ResponderEliminarand having abandoned any pretence to global role beyond endlessly aspiring to it, the Americans are left to ‘lead’ in isolation. Indeed, European critics of Trump should look closer to home. Euro-isolationism is a major cause of the West’s precipitous decline, which is often overlooked masked, as it is, in so many layers of Euro-bullxit.
Back to that hissing sound. Taken together President Trump’s decidedly lukewarm attitude towards NATO and its European allies (rightly or wrongly), the abandonment of the Paris Climate Change Accord, the weakening of NAFTA, and the rejection of the Trans-Pacific Partnership all suggest to us pesky foreigners that far from America First, America is in retreat.
An America in retreat simply creates a power vacuum. That was the other hissing sound at APEC; China filling it! President Trump fails to understand that foreign policy is the art of engagement, not the art of the deal. He also fails to understand that America is not powerful enough, if it ever was, to lead without the support of allies and partners the world-over. However, it is hard for allies to support a divided Administration.
Henry Kissinger once complained that he did not know who to call if he wanted to call ‘Europe’. Today, it is hard to know who to call if one wants to call America. This is a disaster not just for America, but the West and the wider world. You see, for all the poise and confidence displayed by China’s President Xi, China is no America. Chinese internationalism is very different to American internationalism, for all its faults of commission and omission. Why? Chinese internationalism is about Chinese power red in tooth and claw, with not a value in sight. The world will be far more dangerous for it.
Give me a call sometime, America.”
Julian Lindley-French
http://lindleyfrench.blogspot.pt/2017/11/what-is-wrong-with-trump-foreign-policy.html