segunda-feira, 30 de setembro de 2019
Tancos: Gente que não sabe onde está...
O 'intelNomics' tinha alertado, aqui, no passado dia 10 Setembro, para a guerra de informação que ia explodir em
plena campanha eleitoral. É certo que o fez de forma subtil, embora tenha sido
bem claro na denúncia da arrogância de uma elite política convencida de que tem
o rei na barriga... Arrogância essa que, além de injustificável e desprovida de
base de sustentação, lhe obnubila o olhar, impedindo-a de ver a
realidade à sua volta. Dito de outro modo, esta classe política reinante não
foi ainda (e, provavelmente, nunca o será...) capaz de gerar grelhas de leitura
adequadas ao mundo deste século XXI. Daí que muito mais do que "gente que não sabe
estar" seja gente que não sabe onde está... Que nem sequer sabe para que serve um telemóvel.
A "Guerra de
Informação" Continua a Ser um Mistério para os Políticos
Quase toda a classe política reinante continua
a ignorar tudo da "guerra de informação". E, claro, a não perceber a
sua lógica. Nem o que....
sábado, 28 de setembro de 2019
Recessão Global Iminente...?
A pergunta sobre a iminência da recessão global é a
pergunta de muitos triliões de dólares. A GPF coloca-a e procura dar-lhe a melhor resposta possível num
trabalho gráfico que condensa os mais recentes indicadores. A sua leitura,
porém, como não podia deixar de ser, é como a de uma pintura expressionista...
“A Looming Global
Recession? More and more observers are sounding the alarm about a potential
global recession. Here, we look at some of the countries most at risk for a
downturn.”
Trump: O documento que fundamenta o pedido "impeachment inquiry"
O Partido Democrata americano parece querer esgotar-se numa estratégia de ataque reputacional a Trump, que combina manobras políticas e o apoio dos grandes media. E parece ignorar que Trump já se revelou um "inoxidável" e que, sobretudo, comunica directamente com o eleitorado, torneando assim os grandes media.
Tudo isto revela um posicionamento das elites político-mediáticas do PD típico dos anos 80 e 90 do século passado. Típico do tempo em Bill Clinton podia garantir a pés juntos e de olhar muito sério "não tive sexo com essa mulher". Os tempos, porém, mudaram e convém saber e conhecer o mundo em que se está hoje.
Tudo isto revela um posicionamento das elites político-mediáticas do PD típico dos anos 80 e 90 do século passado. Típico do tempo em Bill Clinton podia garantir a pés juntos e de olhar muito sério "não tive sexo com essa mulher". Os tempos, porém, mudaram e convém saber e conhecer o mundo em que se está hoje.
A dirigente do PD Nancy Pelosi sabe bem que só por milagre se concretizará o
"impeachment" de Trump, mas calcula que ocupar o palco
político-mediático com um procedimento visando a destituição de Trump, durante
os meses que antecedem as presidenciais de Novembro 2020, é a via mais segura
para tentar evitar a sua reeleição no final do próximo ano.
O objectivo real não é, portanto, a destituição do presidente Trump mas sim um devastador ataque reputacional ao Trump candidato à reeleição. As guerras de informação não são, porém, coisa para amadores e, até agora, não foi notado qualquer sinal de haver um estratega de guerra de informação ao lado de Pelosi.
O momento escolhido para avançar com o pedido formal de "impeachment inquiry" também está longe de ser o mais azado. Trump apresenta hoje uma taxa de aprovação das mais altas (52%) do seu mandato e superior à de Obama, na mesma data do seu primeiro mandato...
O ataque reputacional é uma forma de guerra de informação, para destruir a imagem política de um alvo, que exige tempos e modos de execução rigorosos. Coisa que o PD, dirigido por Nancy Pelosi, também parece não ter sabido conceber e executar...
Mas, sobretudo, antes de lançar qualquer tipo de guerra de informação, há que saber que, uma vez posta em marcha, ela terá, como qualquer outra guerra, uma imparável tendência para ganhar vida própria e escapar aos planos do seu criador. As capacidades próprias do "alvo" e o tipo de reacções que terá são decisivas para a evolução que tal guerra terá.
Ora, Trump também já provou ser neste campo um adversário temível cujo jogo se desenvolve de forma pouco convencional e menos previsível ainda. Veja-se a sua reacção ao anúncio por Nancy Pelosi da existência de um documento "classificado" que denunciava um conluio de Trump com o presidente da Ucrânia: Trump nega a existência de qualquer conluio e manda "desclassificar" o tal documento e divulgá-lo...
"House Speaker
Nancy Pelosi recently announced her decision to open a formal impeachment
inquiry against Pres. Donald Trump. Here’s the
declassified complaint of the alleged whistleblower over Trump’s phone call
with Ukraine Pres. Volodymyr Zelensky which became the basis of the impeachment
proceedings:
Read it here: 427562713-Declassified-Whisteblower-Complaint
What do you
think. Should Trump be impeached?"
Veremos como, em Novembro 2020, tudo isto acaba e quem, pelo caminho, vai ser triturado ou incinerado pela guerra de informação desencadeada agora por Pelosi que (a meses de fazer 80 anos) terá também achado ter aqui a derradeira oportunidade da sua vida política.
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
Tancos: Golpe em Slow Motion...
Tancos nas manchetes a 8 dias das eleições legislativas.
O rebentamento dos explosivos de Tancos em plena campanha eleitoral é, pelo menos, uma coisa equívoca e muito infeliz em que o Ministério Público se arrisca a perder o que lhe resta de boa reputação. E também - o que é bastante mais grave - a dinamitar a República. Esta acção do MP é equívoca porque não tem uma leitura óbvia e clara e, portanto, se presta a diversas e até contraditórias leituras. Como, por exemplo, esta de Carlos Matos Gomes, coronel-comando, romancista e autor de uma regular intervenção em diversos media. Esta análise à acção do MP foi publicada no Medium.
Para Matos Gomes, "Os beneficiários desta acusação Tancos, são a PJ e o MP, que reforçam o seu poder como corpos determinantes das políticas do Estado. Trata-se de uma ação encoberta de guerra suja. Tecnicamente e sem subterfúgios: chama-se a isto um golpe. Para defesa da democracia e do Estado de Direito, em minha opinião, este golpe e os seus autores têm de ser enfrentados e desmascarados, com todos os riscos que isso comporta." Como comentava, com ironia, um general na reserva, "não se pode deixar que os civis brinquem com explosivos".
O IntelNomics seguirá atentamente o caso, na óptica que nos é própria, a da inteligência económica, usando conceitos como "perceptions management", "information warfare" e "reputation". Aqui se regista (para memória futura...) o texto de Carlos Matos Gomes:
Tancos e as Operações de Falsa Bandeira
Carlos Matos Gomes | Medium | Sep 26, 2019
Operação de bandeira falsa (False flag, em inglês) são operações conduzidas por governos, corporações, indivíduos ou organizações que aparentam ser realizadas pelo inimigo, de modo a tirar partido das consequências resultantes. O nome deriva do conceito militar de utilizar bandeiras do inimigo. Operações de bandeira falsa foram e são realizadas tanto em tempo de guerra como de paz. A questão das armas de Tancos tem muitas das caraterísticas das operações de bandeira falsa.
Uma das operações de bandeira falsa mais conhecidas é a do incêndio do Reichstag, em 1933, supostamente por um ativista comunista chamado Marinus van der Lubbe. Hitler usou o incêndio como pretexto para aprovar a Lei de Concessão de Plenos Poderes. Sabe-se hoje que foram os nazis os responsáveis pelo incêndio, para criarem um motivo que justificasse a eliminação dos seus opositores e a tomada do poder.
Em Portugal, a operação de falsa bandeira mais conhecida é a do processo dos Távoras. O primeiro-ministro, Sebastião de Carvalho e Melo, futuro marquês de Pombal, encenou um atentando contra o rei José I para acusar e eliminar as famílias mais importantes e que lhe faziam frente.
A PIDE utilizou as suas milícias “Flechas” na guerra colonial para realizar ações contra missões protestantes em Angola, como se fossem de guerrilheiros, para forçar os missionários a abandonar as regiões onde estavam instalados.
A questão das armas de Tancos tem muitas das caraterísticas das operações de bandeira falsa.
O Ministério Público, de quem ela depende, acusa a Polícia Judiciária Militar de ter “invadido” os poderes da Polícia Judiciária, o longa manus do MP, o seu braço executor. A PJM é apresentada como um grupo criminoso, a falsa bandeira, que se conluiou com alguém para furtar material de guerra de paióis e para encenar a sua recuperação.
A PJ e o MP colocam fora de jogo um competidor no poder policial, a PJM, com acesso a informação e ao consequente poder de influenciar decisões (chantagem, em claro). Conseguem que esse competidor/adversário seja apresentado na situação de arguido de um crime, o seu diretor é preso e bem assim alguns dos seus quadros. Pelo caminho encostam à parede todo o poder político, presidente da República e governo, inclusive, a quem passam a mensagem de que estão nas suas mãos.
Com acesso privilegiado à comunicação social, que depende da PJ e do MP para as suas parangonas e as suas emboscadas políticas, este par de atores (PJ e MP) passa a dispor dos meios para uma grande operação de mistificação da opinião pública.
As técnicas de manipulação são conhecidas e obedecem aos 10/11 princípios estabelecidos e fixados por Goebbels, o ministro da propaganda de Hitler. Ainda hoje cartilha seguida pelos poderes subterrâneos, incluindo a publicidade e a ação psicológica. Empolar um facto, o assalto aos paióis, na realidade nunca a segurança nacional esteve em causa e, se esteve, a principal responsabilidade seria da PJ, que, segundo foi publicado, possuía informação do perigo e não a comunicou a quem a podia neutralizar, as forças armadas. Outro principio do condicionamento é o de inverter as causas e os efeitos. Em termos de opinião pública o caso surge centrado no eventual encobrimento da recuperação e não no furto, esse real.
A PJ forneceu as armas (argumentos) ao MP e este tomou-as como boas e acusa as forças armadas, a PJM, o governo e o Presidente da República de se terem atravessado no seu caminho, de não os deixarem atuar à sua maneira e no seu interesse, de lhes terem perturbado as suas agendas e prioridades políticas.
A acusação do MP é uma peça da luta pelo poder entre aparelhos do Estado. Nada a ver com justiça ou descoberta de verdade. É luta pelo poder nua e crua. Dura. Facadas a sério no Estado democrático, também.
A informação é um poder. Como temos visto com estupefação e repulsa no Brasil, o aparelho policial judiciário e os agentes judiciais, juízes e magistrados, são hoje os atores privilegiados para a tomada do poder de grupos de interesses, que vão da finança aos grandes negócios com o Estado, ao tráfico de influências, para que as unhas privadas se cravem nos bens públicos, na ilustrativa terminologia de «A Arte de Furtar».
Pessoalmente já participei em operações de falsa bandeira. Não há inocência nem bons sentimentos nelas, nem em quem as determina ou executa. Elas devem ser espetaculares, como as ações da seita dos Assassinos, de Hassan al Sabath, o velho da montanha, provocarem os maiores estragos possíveis e estes obter a maior publicidade e divulgação possível. É o que está a acontecer diante dos nossos olhos. Não se fala de outra coisa. Alguém estará, algures, a esfregar as mãos.
Também sei que para conhecer os autores destas ações o primeiro passo é descobrir quem beneficia com elas. Chercher la femme. Não sejamos ingénuos. Não é resposta dizer que à justiça o que é da justiça. Não se trata de justiça. Trata-se de uma ação encoberta de guerra suja. As armas, ou a tralha dos paióis, que é mais rigoroso, foram um mero pretexto para eliminar concorrentes, mesmo menores, caso da PJM, para demonstrar poder aos poderes eleitos. A mensagem aos políticos é clara. Estão a dizer-lhes que podem descobrir armas, sob qualquer forma, nos paióis deles. Ameaça e chantagem.
Os beneficiários desta acusação Tancos, são a PJ e o MP, que reforçam o seu poder como corpos determinantes das políticas do Estado. Poderes fáticos. É um dado. Os grandes prejudicados são os poderes eleitos pelos cidadãos, o governo saído de uma assembleia e um presidente eleito por voto direto. É ainda atingida a instituição armada, aquela que representa a última autoridade do soberano, as forças armadas.
Tecnicamente e sem subterfúgios: chama-se a isto um golpe. Para defesa da democracia e do Estado de Direito, em minha opinião, este golpe e os seus autores têm de ser enfrentados e desmascarados, com todos os riscos que isso comporta.
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
"Impeachment": Trump Contra-Ataca
Preparem-se. A coisa anuncia-se como uma batalha feroz. Uma batalha de guerra de informação que vai liquidar personalidades e carreiras e deixar muitos "mortos" no terreno. Trump já começou a sua contra-resposta, via um dos seus canais habituais de "artilharia ligeira", a Breitbart, ao "formal impeachment inquiry" desencadeado pela dirigente do Partido Democrata Nancy Pellosi (79 anos). Esta "salva de artilharia" inclui mesmo uma surpreendente notícia: "Democrats Wrote to Ukraine in May 2018, Demanding It Investigate Trump"... Até ao dia 3 de Novembro de 2020 (data das próximas presidenciais), a guerra de informação não terá sequer um minuto de intervalo e "não haverá prisioneiros" (mesmo que alguém acabe por ir preso). Esta é a primeira campanha eleitoral inteiramente dominada e ocupada pela guerra de informação... Um processo a seguir, portanto, com toda a atenção.
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domingo, 22 de setembro de 2019
Fartura de Poluição e Miséria de "Ambientalismo"
Salvador Vicente
Ao divulgar o gráfico sobre os Estados que mais poluem, elaborado pela AFP, Bruno Bertez escreveu meia-dúzia de linhas que dissecam e põem a nu a miséria total (prática e teórica) do "ambientalismo/ecologismo" realmente existente:
"CHUT C’EST UN SECRET , VOICI LES PAYS DU G20 QUI ÉMETTENT LE PLUS DE CO2
Chut c’est un secret , voici les pays du G 20 qui émettent le plus de CO2. Regardez la modeste part des 28 pays de l’Union Européenne, surtout si on retire l’Allemagne!
En Europe, l’idéologie climatique est une couverture, une construction parallèle: c’est un moyen de contrôler les citoyens, de vendre du collectif, de prélever pour financer les déficits, de créer une humeur malthusienne qui permet la baisse du cout de reproduction de la main d’oeuvre.
Cela fait passer la pilule de la frugalité.
Cela n’empêche pas les vraies préoccupations écologiques bien sur, elles sont justifiées; mais cela les dénature et les entache.
Nous sommes dans la récupération.
Hélas le peuple, les masses fonctionnent binaire, c’est noir ou c’est blanc: on est pour ou contre, pas de place pour l’intelligence."
De facto, a questão ambiental é demasiado importante para que a deixemos a tais "ambientalistas"!
Ao divulgar o gráfico sobre os Estados que mais poluem, elaborado pela AFP, Bruno Bertez escreveu meia-dúzia de linhas que dissecam e põem a nu a miséria total (prática e teórica) do "ambientalismo/ecologismo" realmente existente:
"CHUT C’EST UN SECRET , VOICI LES PAYS DU G20 QUI ÉMETTENT LE PLUS DE CO2
Chut c’est un secret , voici les pays du G 20 qui émettent le plus de CO2. Regardez la modeste part des 28 pays de l’Union Européenne, surtout si on retire l’Allemagne!
En Europe, l’idéologie climatique est une couverture, une construction parallèle: c’est un moyen de contrôler les citoyens, de vendre du collectif, de prélever pour financer les déficits, de créer une humeur malthusienne qui permet la baisse du cout de reproduction de la main d’oeuvre.
Cela fait passer la pilule de la frugalité.
Cela n’empêche pas les vraies préoccupations écologiques bien sur, elles sont justifiées; mais cela les dénature et les entache.
Nous sommes dans la récupération.
Hélas le peuple, les masses fonctionnent binaire, c’est noir ou c’est blanc: on est pour ou contre, pas de place pour l’intelligence."
De facto, a questão ambiental é demasiado importante para que a deixemos a tais "ambientalistas"!
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
Hong-Kong: Passar de "Porto Perfumado" a "Comunista", em 3 Passos
A Agence France Presse divulgou o meme mais popular na região de Hong-Kong. "A very Hong Kong meme. Popular meme tweaks "Hong Kong" to lament the city's transition." Hong-Kong significa Porto Perfumado" mas retirando alguns elementos do segundo caractere, em três passos, o "Porto" passa a "Beco" e logo se reduz a "Comunista"... Um verdadeiro achado de mensagem gráfica. A imaginação ao poder, diriam os de "Maio de 68"...
quarta-feira, 18 de setembro de 2019
Giuseppe Gagliano: O Ciberataque da China ao Parlamento Australiano
A China foi
responsável por um ciberataque ao parlamento australiano e aos três principais
partidos políticos antes das eleições gerais de Maio passado, com o objetivo
não apenas de ter acesso a informações confidenciais, mas também para
influenciar as escolhas políticas australianas, revelou a Reuters com base numa
investigação dos serviços de inteligência australianos. O facto, suas
implicações e consequências (nomeadamente para a Huawei no quadro da guerra
económica da “5G”) são aqui analisados pelo nosso amigo Giuseppe Gagliano,
presidente do CESTUDEC - Centro Studi Strategici Carlo de Cristoforis e autor de
“La grande strategia cinese. Problemi e prospettive geopolitiche e
geoeconomiche del gigante asiatico”.
Quando ao procurar por Ladeiro Monteiro se encontram umas pérolas do cavaquismo
Ao pesquisar na net
sobre o histórico director do SIS, Ladeiro Monteiro, homem de sageza e coragem
e da confiança do senhor General Pedro Cardoso, encontra-se, em prosa de uma
encantadora ingenuidade, uma pérola que já deveria figurar no museu da arqueologia
do cavaquismo.
Felizmente que, no meio das trapalhadas do cavaquismo, Ladeiro
Monteiro tinha sentido de Estado e preferiu sair por sua iniciativa, de cabeça
bem levantada e em total silêncio. Silêncio que, porém, deveria ter compensado com
umas boas “Memórias Póstumas” (que - quem sabe? - até talvez existam mas se mantenham a bom
recato num arquivo a norte do Douro e pertinho da fronteira...).
Ora vejam bem e
apreciem a tal pérola.
E, já agora, aqui vai uma outra pérola que também apareceu na mesma ‘pescaria’
mas que de ingénua nada tem.
PS. É muito curioso (curioso, disse curioso...?) que a "pública" RTP tenha desactivado (e, portanto, tornado inacessíveis) as notícias e vídeos com "Declarações de Ladeiro Monteiro", mantendo apenas os links que abrem páginas vazias... Curioso, disse curioso...?! Coisa bizarra...
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
Bill Clinton na casa de Jeffrey Epstein
A um ano da
campanha das próximas presidenciais americanas (marcadas para a terça-feira, 3
de Novembro de 2020), as coisas já começaram a aquecer... Esta vai ser, tudo o
aponta, uma campanha a ferver. Veja-se o “caso Jeffrey Epstein” (oportunamente suicidado) e as suas ondas de
choque que parecem estar apenas no início. Para já, como aperitivo de Verão,
tivemos a divulgação da foto do retrato de Bill Clinton como ‘drag queen’ que
ornamentava um salão da mansão do seu velho amigo Jeffrey Epstein...
Se a campanha de
2016 mostrou como o Facebook e outras redes sociais podem ser
instrumentalizados para “penetrações” e outros atentados à segurança nacional
americana (coisa disfarçada com a historieta da “penetração” russa nos
computadores ligados à campanha...), esta campanha que agora começa vai mostrar
outros aspectos interessantíssimos da “guerra de informação” e outras operações
de “perceptions management”... Fiquem atentos.
Jeffrey Epstein kept painting of Bill Clinton in drag at
his house
Painting of Bill Clinton, by Petrina Ryan-Kleid, in a
blue dress seen at Jeffrey Epstein's home.
domingo, 15 de setembro de 2019
Um Mestre Espião Abre o Livro
Há anos dedicado
à “informação económica” e doutorado em ciência política, Eric Dénécé “est un chercheur spécialiste du
renseignement, du terrorisme, des opérations spéciales et de l’Asie du Sud-Est.
Il est également consultant en Risk Management et en
Intelligence Économique.
“Eric Dénécé a notamment opéré au Cambodge, aux côtés
de la résistance anticommuniste, et en Birmanie, pour la protection des
intérêts de Total contre la guérilla locale. Parallèlement, il a été consultant pour le ministère de
la Défense concernant l’avenir des forces spéciales.
“En 1999, il crée
la revue Renseignement et opérations spéciales4 et la collection «Culture du
renseignement» (éditions L'Harmattan) puis en 2000 le Centre Français de
Recherche sur le Renseignement (CF2R), dont il assure la direction.
“Il dirige également la collection «Poche Espionnage»
aux éditions Ouest France.
“Eric Dénécé a
enseigné à Bordeaux é l'Ecole de Management (BEM) après avoir été
Professeur-associé à l'université Montesquieu-Bordeaux IV (faculté de science
politique). Il a également enseigné le renseignement ou l'intelligence
économique dans diverses autres institutions (Collège interarmées de Défense,
Ecole nationale d’administration, Centre d’études supérieures de l’Air,
Institut des Hautes études de Défense nationale, Université Notre–Dame de
Beyrouth de Beyrouth, etc.).
“Il est l'auteur
de plus de vingt ouvrages et de nombreux articles et rapports consacrés au
renseignement, à l'intelligence économique, au terrorisme et aux opérations
spéciales. Ses travaux lui ont valu d’être lauréat du Prix 1996 de la Fondation
pour les Etudes de Défense (FED) et du Prix Akropolis 2009 (Institut des Hautes
Etudes de Sécurité Intérieure)”
Nesta entrevista,
Eric Dénécé “abre o livro” e, se não mostra as páginas todas e faz mesmo prova
de “dever de reserva”, diz o que até agora muito pouca gente terá ouvido...
Entrevista | La France en danger: où en est le
renseignement? Eric Dénécé
sábado, 14 de setembro de 2019
GEOPOLÍTICA | Donbass, drama no coração da Europa
A ‘Conflits’
aproveitou o verão para mostrar o drama do Donbass, “no coração da Europa”,
numa entrevista com Nikola Mirkovic,
presidente da l’association
Ouest-Est, que ajuda as vítimas da guerra no Donbass. Um ponto de vista
informado e raro, o de Mirkovic. E isto bastaria para o tornar muito
interessante mas há, além disso, muito mais... A começar pela grelha de leitura
adoptada e pelo lugar assumido pelo observador. E, como se sabe, “the place
matters”...
Como introdução, a ‘Conflits’ estabelece o quadro: “La
guerre au Donbass dure depuis 2014 et a déjà fait des dizaines de milliers de
victimes. Comme en
Yougoslavie, l’Union européenne se révèle incapable de rétablir la paix sur son
continent, dans des villes qui ont pourtant accueilli l’Euro de football en
2012. Washington et Moscou se partagent le leadership de l’Ukraine, reléguant
les Européens au second plan, alors même qu’ils sont signataires des accords de
Minsk II. Point d’étape sur la situation actuelle au Donbass où la paix semble
bien loin d’advenir.”
Com sapatinhos de
lã e embrulhado no barulho das luzes e dos estouros, o tema continentalista da
“Eurásia” está de volta... E, com ele, o novelo de problemas e conflitos da sua
questão central, a de saber onde ficará o centro do império continental
euroasiático. Ou, dito de outro modo, a quem pertencerá a sua hegemonia.
Donbass: drame au cœur de l’Europe
terça-feira, 10 de setembro de 2019
A "Guerra de Informação" Continua a Ser um Mistério para os Políticos
Pequenas conversas e alguns encontros casuais, nestes dias de regresso de férias e já de início de campanha eleitoral, mostram-nos que quase toda a classe política reinante continua a ignorar tudo da "guerra de informação". E, claro, a não perceber a sua lógica. Nem o que é ou não é importante na "guerra de informação".
Para estes protagonistas e decisores políticos é "importante" aquilo que, na sua cabeça, eles considerarem importante. E só isso... Ora, num afrontamento de "guerra de informação", acontece, frequentemente, que o "importante" (por vezes, mesmo, o decisivo) é algo em que os políticos não vêem qualquer importância. E quando a descobrem já é tarde para recuperar ou até já estão politicamente mortos...
Esta arrogância de "pensar" que são eles (e apenas eles) que definem a importância de algo torna-os mais vulneráveis e desprotegidos. Esta impensada arrogância reforça a assimetria de conhecimento e de manobra com que a "guerra de informação" joga e, portanto, facilita o trabalho dos "information warriors" (que nem sequer têm de lhes agradecer as facilidades concedidas). No fim, resta-lhes queixar-se da má sorte, das injustiças do mundo e (está na moda...) das 'fake news'. Nem lhes passa pela cabeça queixar-se da sua patética arrogância...
Para estes protagonistas e decisores políticos é "importante" aquilo que, na sua cabeça, eles considerarem importante. E só isso... Ora, num afrontamento de "guerra de informação", acontece, frequentemente, que o "importante" (por vezes, mesmo, o decisivo) é algo em que os políticos não vêem qualquer importância. E quando a descobrem já é tarde para recuperar ou até já estão politicamente mortos...
Esta arrogância de "pensar" que são eles (e apenas eles) que definem a importância de algo torna-os mais vulneráveis e desprotegidos. Esta impensada arrogância reforça a assimetria de conhecimento e de manobra com que a "guerra de informação" joga e, portanto, facilita o trabalho dos "information warriors" (que nem sequer têm de lhes agradecer as facilidades concedidas). No fim, resta-lhes queixar-se da má sorte, das injustiças do mundo e (está na moda...) das 'fake news'. Nem lhes passa pela cabeça queixar-se da sua patética arrogância...
Mr. Soriano, um 'information warrior' de que não existe, ao alcance dos media, nem uma única foto...
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