domingo, 30 de dezembro de 2018

Nova Guerra Económica em África Entre Europeus

A Alemanha lançou uma grande ofensiva em África, aproveitando a fraqueza francesa provocada pelo desgaste do violento embate com chineses, indianos e até turcos. O nosso amigo Giuseppe Gagliano analisa esta nova guerra económica desencadeada pela Alemanha, assinala que a Itália não pode continuar a ser o “grande ausente” de África e que para tanto, para atingir este objectivo ambicioso, a Itália deve criar centros de inteligência económica, como os franceses , com o apoio das grandes empresas francesas, já fazem. Ou seja, para a Itália, “a lição a ser aprendida consiste na consciência de que a inteligência constitui - como ensina Christian Harbulot - uma ferramenta indispensável no contexto da guerra económica”.

Africa, la nuova guerra economica 
ha un solo grande assente: l’Italia


Giuseppe Gagliano | 30 dicembre 2018

Roma, 30 Dic. – Approfittando della attuale debolezza francese in Africa, la Germania sta attuando una postura politica offensiva con la creazione di un fondo di un miliardo di euro per promuovere gli investimenti delle pmi tedesche.



Questo nuovo interesse della Germania per il continente nero ha trovato una risposta quasi immediata con Macron che ha annunciato nel 2017, a Ouagadougou capitale del Burkina Faso, il lancio di un investimento di un miliardo di euro per le PMI che vogliono investire in Africa. Tuttavia, il vantaggio storico di Parigi rispetto alla Germania consiste nel fatto che la Francia è stata a lungo un giocatore chiave a livello economico nel continente, anche attraverso la Total, la Société Générale e la Peugeot.

La necessità di attuare una politica offensiva da parte francese nasce anche dalle analisi della Compagnia di Assicurazioni per il Commercio Estero (Coface) pubblicate nel giugno 2018, secondo le quali le quote di mercato delle esportazioni francesi in Africa si sono dimezzate poiché sono passate dall’11% nel 2001 al 5,5% nel 2107. Queste perdite hanno favorito la Cina e l’India, i cui prodotti economici hanno invaso il continente africano grazie a una strategia economica sempre più aggressiva. Ad esempio, nel settore farmaceutico i profitti francesi sono stati quasi dimezzati rispetto allo stesso periodo (dal 33% nel 2001 al 19% nel 2017) a favore dell’India che è passata dal 5% al ​​18% grazie ai farmaci generici a basso costo. Insomma cinesi, indiani ed anche turchi arrivano con prodotti più economici molto vicini alle esigenze del mercato africano.

Anche nel settore automobilistico la concorrenza di Pechino e Nuova Delhi (che è diventato il quarto fornitore africano in questo settore) ha danneggiato le imprese francesi che erano già alle prese con la fortissima concorrenza di giapponesi e coreani. Inoltre, la Francia ha perso importanti contratti in Africa a causa della Cina: l’assegnazione della costruzione di un megaprogetto idroelettrico in Nigeria alla CCEC cinese a scapito di Bouygues e Vinci e il progetto di diga idroelettrica faraonica Inga III nella Repubblica Democratica del Congo stimato in 80 miliardi di dollari, che è stato assegnato alla cinese China Three Gorges Corporation.

Questa situazione cambia profondamente a vantaggio delle imprese francesi se guardiamo al mercato sud africano che è il principale partner economico con un volume di scambi di 2,9 miliardi di euro nel 2017, mercato che è strutturato per assorbire l’economia delle grandi aziende.

In un contesto di spietata guerra economica come quello presente in Africa l’Italia deve approfittare delle debolezze dei concorrenti europei per inserirsi nel mercato e conquistarne quote investendo, proprio come sta facendo la Germania, nelle piccole e medie imprese che costituiscono la spina dorsale dell’economia italiana.

Per conseguire questo ambizioso obiettivo è necessario che anche l’Italia realizzi centri di intelligence economica come quelli francesi.

Si pensi, a tale proposito, sia a Guy Gweth – fondatore di Knowdys e presidente del Centre Africain de Veille et d’Intelligence Économique che ormai da diversi anni agisce con successo nel teatro africano – sia alla scuola panafricana di intelligence economica sorta dalla collaborazione tra il Centro di Studi diplomatici e strategici di Dakar (Ceds) e la Scuola di guerra economica di Parigi. 

Ancora una volta, la lezione da apprendere consiste nella consapevolezza che l’intelligence costituisce – come ha insegnato Christian Harbulot – uno strumento imprescindibile nel contesto della guerra economica.

Giuseppe Gagliano

A China ao Assalto do Extremo Ocidente Atlântico

A man waves the Chinese national flag in front of the Parliament ahead of China's President Xi Jinping meeting with Portugal's Parliamentary President Eduardo Ferro Rodrigues, in Lisbon, Portugal, December 5, 2018. REUTERS/Pedro Nunes.


Expansionista e agressivo, o nacionalismo imperial chinês não conhece limites, nem maneiras, e parece estar fora de controlo... Depois de ter posto em marcha uma estratégia de ocupação militar no Pacífico e de instalar um “colar de pérolas” no Indico, para cercar a India, Pequim ‘apalpa’ e sonda a situação no Atlântico, a norte do Equador (S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde, os Açores e vários portos portugueses)... A ascensão em potência da China levou-a a iniciar uma disputa pela hegemonia global com os USA – já designada por nova “guerra fria”. Para ganhar esta corrida contra os USA, Pequim precisa de garantir os meios e os apoios que lhe permitam uma forte presença militar e económica no Atlântico Norte capaz de desafiar e enfrentar os americanos. Ora, o crucial Atlântico Nordeste é precisamente a zona ocupada pelo vasto e fragmentado território do Estado Português, um estado arquipelágico com mais território marítimo do que “terra firme”, cujos recursos disponíveis são muito escassos e cuja classe reinante é pobre (“de carteira e de cabeça”, dizia o deputado social-democrata J.A. Silva Marques, um homem de pensamento que também era rico), uma classe a quem o império avassalador das ideologias impediu a criação e desenvolvimento de um pensamento estratégico próprio. Portugal aparece assim como um estado em posição de grande fragilidade (“objectiva e subjectivamente”, como diria Álvaro Cunhal) e a manutenção da sua integridade territorial surge (quase...) como uma ‘derivada’ da aliança estrutural com a potência marítima... O pesadelo do saudoso Comandante Virgílio de Carvalho (a perda de partes estratégicas do território nacional... sem as quais Portugal deixa de ser viável como estado soberano) parece começar a despontar no horizonte como ameaça real.

sábado, 29 de dezembro de 2018

2018: A demissão de Mattis e a China de Xi a estalar


Putine poderá, em 2018, continuar a ser "o homem mais poderoso do mundo" mas, por mais que isso lhe possa desagradar, a China substituiu a desaparecida URSS como a grande potência continentalista e imperial e é quem tenta agora disputar a hegemonia global com a grande potência marítima e democrática, os USA. Por isso, o facto mais importante do ano, numa destas potências, é um facto importante para todo o mundo.

Claro que "o facto mais importante do ano" tem sempre muito de subjectivo. Daí que explicações sejam sempre necessárias. No Intelnomics, consideramos a demissão do General James Mattis, de patrão do Pentágono, como o acontecimento americano, deste ano, com mais peso. Não só pelo seu terrível lado simbólico como pelas pesadas consequências imediatas e também de médio e longo prazos. A não ser que decida retirar-se para um convento, "The Warrior Monk" vai continuar, pelos próximos anos, bem presente (até mesmo ou alvez sobretudo, quando se ausente...).

Na China, o facto do ano é o aparecimento de rachas e outras fendas, a vários níveis da realidade chinesa. O ano correu mal ao imperador Xi. Economia totalmente dependente da exportação (tal como a Alemanha...), a China ressentiu-se e, para agravar as coisas, Trump cravou-lhe um par de bandarilhas (a senhora ministra da Coltura que não se ofenda muito com as bandarilhas) ao ripostar com as suas taxas e outras medidas a sucessivas ofensivas chinesas. A recente queda em desgraça (e que queda e que desgraça!) do patrão dos "serviços" chineses (que não foi uma queda solitária...) prova também que no aparelho de Estado as coisas se complicaram ou mesmo se degradaram. Até no sancta sanctorum do Partido, voltou a aparecer um conturbado clima que não se via desde há mais de 40 anos... E o comité central voltou às práticas da "auto-crítica", como nos tempos de Mao e da sua 'revolução cultural'. Ou seja, a luta de facções estalou no coração do sistema chinês e Xi perdeu o "odor de santidade", o que para um imperador (vermelho ou de qualquer cor) é sempre crítico.

Na Europa, mesmo se ninguém está excessivamente preocupado com tal coisa residual, três factos marcaram 2018: a queda em slow motion de Merkel, a imparável ascensão de Salvini e a irrupção da 'open source insurgency' dos 'gilets jaunes' com a sequente 'systems disruption', talvez o facto mais marcante e de maiores consequências dos últimos anos europeus. Estes três factos têm a irmaná-los a rejeição, nas urnas e na ruas, da elite política que se auto-deslegitimou, pelas suas práticas reincidentes como cúmplice da elite financeira e suas aleivosas manigâncias e trapalhadas.

Facto do ano em Portugal: a fragmentação da direita política... António Costa, ao olhar para tal paisagem fragmentada, pode cantar o clássico "venham mais cinco, de uma assentada que eu pago já".

2019 até poderá correr normal mas os augúrios não dão margem para optimismos...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

A França perdeu o respeito pelo seu presidente

Macron pode ser um aceitável actor, capaz de "envergar" um papel previamente definido e escrito, mas há uma coisa que lhe falha totalmente: conhecer a França e a sua tão singular alma.

A revolta dos modernos "sans-culottes" criou uma crise que era também uma oportunidade para Macron recuperar a sua popularidade perdida. Ele, porém, desperdiçou completamente a ocasião.

Num "número" politiqueiro, apareceu na televisão para "falar à Nação", simultaneamente, num acto de arrependimento e contricção e com a oferta de um cabaz de promessas. Logo na altura, a coisa cheirou a demasiada fartura. 

Com o passar dos dias e à medida que o governo ia passando a escrito as tais promessas, começou a ver-se que, afinal, quase nada era o que parecia. E isso, claro, foi visto como mais uma mentira, mais uma manobra enganadora, mais um "número" da habitual politiquice... Ou seja, tudo aquilo que tinha de não parecer!

Se já tinha perdido a popularidade, antes da revolta, agora, perdeu também a  credibilidade e, descobertas as mentirolas, perdeu sobretudo o respeito da França. 

Basta ver como, nos últimos dias, ele está a ser caricaturado (como nunca antes fora) e como a sua imagem se degradou e anda miseravelmente a arrastar-se pela lama. A dele e a de todo o seu governo.



A V República criada por De Gaulle faz do PR um soberano, um monarca eleito e com prazo de validade. Macron devia saber que a França é o único país ocidental onde a "populaça" (não a nobreza, como aconteceu em Inglaterra) cortou cabeças reais... A França que, no décimo aniversário, da V República, enviou De Gaulle para casa. 


Não é montagem... Foi mesmo assim e no Palácio do Eliseu!

Pelo que se vê, agora, Macron não sabe isso, não conhece nem percebe essa alma. Melhor, talvez lho tenham dito, talvez o tenha lido, mas de certeza que não o percebeu! Definitivamente, o rabo de Macron não serve à cadeira talhada pelo General De Gaulle.

Facto Inédito: A Carta Aberta dos Generais ao Presidente da República

Enquanto os "Gilets Jaunes" submetem a França a uma autêntica "open source insurgency" e consequente "systems disruption" e um general anuncia no Facebook a sua disponibilidade (e de "um grupo de oficiais") para explicar a Macron como se faz política séria e se governa com o povo, surge uma carta aberta assinada por um grupo de generais (e um ex-ministro da Defesa...) e endereçada ao presidente:

Monsieur le Président,

Vous vous apprêtez à approuver le 19 décembre prochain le “pacte mondial sur les migrations sûres, ordonnées et régulières” qui institue un véritable droit à la migration. Il pourra s’imposer à notre législation nationale par le biais de traités préexistants ou du principe de responsabilité commune fixé dans ce pacte.

Il nous apparaît que la seule souveraineté qui restera à la France consistera à fixer librement la façon dont les objectifs du pacte devront être mis en œuvre. Vous ne pouvez pas céder ce nouveau pan de la souveraineté nationale sans un débat public alors que 80% de la population française considère qu’il faut stopper ou réguler drastiquement l’immigration. En décidant seul de signer ce pacte, vous ajouteriez un motif de révolte supplémentaire à la colère d’un peuple déjà malmené. Vous vous rendriez coupable d’un déni de démocratie, voire de trahison à l’égard de la nation.

Par ailleurs, les finances de notre pays sont exsangues et notre endettement progresse. Vous ne pouvez donc pas prendre le risque d’un appel d’air migratoire coûteux sans avoir démontré préalablement que vous ne serez pas obligé de recourir à plus d’impôts pour répondre aux objectifs du pacte. D’autre part, vous devez être capable, en terme sécuritaire, de juguler les conséquences liées à l’arrivée de populations extra-européennes. Enfin, vous ne pouvez pas ignorer que l’essence même du politique c’est d’assurer la sécurité à l’extérieur et la concorde à l’intérieur. Or, cette concorde ne peut être obtenue qu’à la condition de maintenir une certaine cohérence interne de la société seule capable de permettre de vouloir faire ensemble, ce qui devient de plus en plus problématique aujourd’hui.

En effet, l’Etat français réalise un peu tard l’impossibilité d’intégrer des populations trop nombreuses, de surcroît de culture totalement différente, qui se sont regroupées au cours de ces quarante dernières années dans des zones qui ne se soumettent plus aux lois de la République.

Vous ne pouvez pas décider seul d’effacer nos repères civilisationnels et nous priver de notre patrie charnelle.

Nous vous demandons donc de surseoir à la signature de ce pacte et d’appeler par voie de référendum les Français à se prononcer sur ce document. Vous êtes comptable devant les Français de vos actions. Votre élection ne constitue pas un blanc seing.

Général Antoine MARTINEZ

Nous soutenons l’initiative du Général MARTINEZ contre l’adoption de ce pacte qui doit être approuvé par les États membres de l’ONU le 19 décembre prochain.

M. Charles MILLON – Ancien Ministre de la Défense

Général Marc BERTUCCHI

Général Philippe CHATENOUD

Général André COUSTOU

Général Roland DUBOIS

Général Daniel GROSMAIRE

Général Christian HOUDET

Général Michel ISSAVERDENS

Amiral Patrick MARTIN

Général Christian PIQUEMAL

Général Daniel SCHAEFFER

Général Didier TAUZIN

Colonel Jean Louis CHANAS

domingo, 23 de dezembro de 2018

Desestabilização informacional de empresas, o relatório completo da EGE | intelNomics


É a oferta de Natal do Intelnomics aos seus amigos, partners e leitores que se interessam pela cibersegurança e, sobretudo, pela guerra de informação. Este relatório da École de Guerre Économique é um documento absolutamente singular e cuja elaboração só foi possível graças aos 20 anos de trabalho na matéria, ao “fundo documental” da EGE e ao génio, rigor e persistência do seu director-geral, o líder da escola francesa de guerra económica e velho amigo de Intelnomics, Christian Harbulot. Merci, Christian. 

Bom Natal e um Excelente 2019, com a melhor inteligência eonómica!





General Mattis: The Warrior Monk Goes to White House

Quem é o general James Mattis, o homem que ao bater com a porta na cara de Trump (por discordar da anunciada saída americana da Síria e do Afeganistão) já está a ser visto como aquele que pode derrotar Trump em 2020? 

Captura de écran de busca por "Mattis 2020", hoje, há minutos.

Conhecido como um verdadeiro intelectual e um pragmático homem de acção (uma combinação ao alcance de muto poucos), “Mattis has never been married and has no children. He is nicknamed "The Warrior Monk" because of his bachelorhood and lifelong devotion to the study. He is noted for his interest in the study of military history and world history,[29][30] with a personal library that once included over 7,000 volumes and a penchant for publishing required reading lists for Marines under his command. 


"He is known for the intellectual rigor he instills in his Marines, risk management, and requiring his Marines to be well-read in the culture and history of regions where they are deployed. (...) It was as a regimental commander he earned his nickname and call sign, "CHAOS", an acronym for "Colonel Has Another Outstanding Solution"...”

Mattis não será o primeiro general a ocupar a Casa Branca, bem longe disso. Como alguém já escreveu: “He will not be a General-President. No more than Generals Washington, Jackson, Harrison, Taylor, Pierce, Johnson, Grant, Haye, Garfield, Arthur, and Eisenhower were. A few of those Presidents had to be dragged kicking and screaming into the White House too. There is precedent for drafting a President: Draft Eisenhower movement. He will be a consul summoned to preserve and restore a faltering but yet-viable State.”

Mattis nunca disse que se candidataria, mas muita gente parece ter começado uma campanha campanha para a sua eleição, logo que o Pentágono divulgou a carta-aberta da sua demissão por discordar de decisões estratégicas de Trump e lhe reconhecer o direito de ter um ministro da Defesa que partilhe dos seus pontos de vista...


Uma coisa parece evidente: Mattis só não será presidente dos USA se decidir não o ser.

sábado, 22 de dezembro de 2018

Geopolítica da Energia: O Gás Que Muda o Jogo no Mediterrâneo Oriental

Visto de Itália: Um trabalho de análise geopolítica do nosso amigo Prof. Giuseppe Gagliano, presidente do Centro Studi Strategici Carlo de Cristoforis e líder da escola italiana de inteligência económica, sobre as consequências geopolíticas e geoeconómicas da "irrupção" do gás no Mediterrâneo Oriental.

Si gioca sul gas la partita del Mediterraneo orientale

Giuseppe Gagliano | 22 dicembre 2018 

Roma, 22 dic – In Europa, le questioni legate al gas sono particolarmente esasperate a causa della volontà  di dipendere meno dalle risorse del gas russo. In effetti, l’emergere di nuovi esportatori di gas con cui negoziare, rappresenta una grande opportunità per diversi attori, in particolare gli stati o le compagnie petrolifere.



La scoperta di nuovi giacimenti di gas in Israele, aggiunta al potenziale energetico dell’Egitto e alle ambizioni turche, suggerisce che il Mediterraneo sia ora un grande teatro per il gioco energetico. Sebbene i depositi del nostro bacino naturale siano lontani dal rappresentare la maggior parte delle risorse di gas del mondo, la loro ubicazione solleva questioni geopolitiche di rilievo. Possiamo vedere che il gas, una fonte di energia e opportunità, è diventato una nuova fonte di tensione. Molto probabilmente si giocherà il dominio dell’energia tra Israele ed Egitto, aprendo una nuova fase di sviluppo nella regione ma determinando anche nuove rivalità e lotte di potere. I nuovi giacimenti di gas scoperti in Israele stanno infatti contrastando l’apparente dominio energetico del Cairo, che aveva cominciato a emergere. Ancora più sorprendente, anche se l’Egitto era un importante produttore di gas, un contratto presentato come “storico” è stato firmato tra l’Egitto e Israele, con il secondoche ora si posiziona come nuovo fornitore dei primi. Quest’ultimo ha visto diminuire il proprio potenziale di leader a causa dell’aumento del fabbisogno energetico legato a una crescita demografica significativa e all’esplosione del consumo di energia. È quindi paradossale notare che i due attori che si contenderanno in futuro per il dominio del mercato del gas sono, per il momento, in una fase di cooperazione.

Tuttavia, questo accordo sembra essere la bozza di strategie specifiche per entrambi i paesi. Da un lato, le buone relazioni con Israele e il  contratto siglato, potrebbe consentire all’Egitto sia di incrementare la propria politica commerciale sia di risparmiare tempo per sviluppare il proprio mercato del gas in seguito alla scoperta del deposito Zohr nel 2015. Con questa importante nuova fonte di gas, l’Egitto prima o poi troverà il percorso dell’indipendenza energetica.

Dall’altra parte, Israele deve fare i conti con l’assenza, sul suo territorio, di infrastrutture adatte. Le risorse di gas implicano infatti installazioni specifiche e costose. La domanda interna, non importa quanto sia forte, non può essere sufficiente per finanziare questi investimenti: la sfida è quella di trovare nuovo sbocchi. Per Israele, un accordo con l’Egitto è l’occasione per ottenere risultati tangibili, generare una significativa domanda estera e quindi ravvivare la speranza di dominare il mercato prima che l’Egitto riprenda il sopravvento.

È utile ricordare che in precedenza esisteva un contratto tra Israele ed Egitto, quando l’Egitto era indipendente in termini energetici e si posizionava come un potente esportatore di gas. Tuttavia, questo contratto non aveva resistito alle tensioni tra i due stati: le loro relazioni erano state indebolite dal rovesciamento dei Rais, nonché dalle operazioni di sabotaggio del gasdotto. Anche l’Egitto considerava questo contratto troppo vantaggioso per Israele.

La questione principale è stabilire insomma se Israele e l’Egitto possono andare oltre le loro differenze storiche e le loro rivalità. Piuttosto che un vero disgelo nei rapporti tra i due paesi, sembra più appropriato parlare di strategie di sviluppo individuali per la leadership energetica nel Mediterraneo. Questo elemento è tanto più vero in quanto le principali differenze di percezione tra Israele ed Egitto sembrano preesistere. Se Israele parla di un contratto storico e sembra intimamente convinto che questa alleanza sarà la chiave del successo, l’Egitto è più misurato e cauto riguardo all’accordo. Quest’ultimo potrebbe benissimo essere rotto, non essendo considerato ufficiale. Tutto dipenderà dai benefici che sarà in grado di portare. Pertanto, questi diversi punti di vista, simboli di divergenze di lunga data tra i due attori, costituiscono una potenziale fonte di ulteriore tensione e sottolineano la natura destabilizzante delle risorse energetiche, o almeno la loro gestione.

Il problema delle partnership con gli stati oltre il Mediterraneo sta anche facendo rivivere le tensioni. Allo stato attuale, tutto sembra indicare che l’Europa favorirà l’Egitto per le sue importazioni: una relazione del Parlamento europeo nel 2017 (elaborata dalla Direzione generale per le politiche estere) afferma che “l’Egitto sembra detenere la chiave per il futuro del gas nel Mediterraneo orientale”.

Oltre alle infrastrutture che lo rendono più competitivo, l’Egitto sembra concentrare più risorse di Israele, soprattutto in termini di confini. L’Egitto ha fissato le frontiere, dove Israele non è ancora d’accordo con il Libano sui suoi confini terrestri e marittimi. Sembra quindi molto più facile negoziare con l’Egitto. Tuttavia, l’Europa ha deciso di concludere accordi separati con l’Egitto e Israele: mentre questa strategia può servire gli interessi europei, costituisce tuttavia un nuovo elemento di disturbo nelle relazioni tra i due stati mantenendo una concorrenza fra di loro.

Tutti questi nuovi elementi portano alla conclusione che non è sempre vero pensare che lo sviluppo economico di una regione consentirà di regolare le tensioni geopolitiche. La prova consiste proprio nell’osservare che il successo del gas di alcuni paesi sta creando ancora più tensioni e rivalità. Le questioni legate al gas nel Mediterraneo non riguardano solo Israele e l’Egitto, ma sono anche collegate ad altri attori regionali o internazionali. In primo luogo, la questione del dominio dell’energia non sarà risolta senza l’irruzione della Turchia nelle strategie locali. Erdogan desidera da tempo trasformare la Turchia in un centro energetico, un’ambizione che compete con le aspirazioni dell’Egitto. La Turchia ha già dimostrato di poter agire per impedire lo sviluppo di altri stati della zona che potrebbero costituire una potenziale minaccia per la sua leadership (come ha dimostrato con Cipro). È quindi possibile pensare che la Turchia non permetterà a Israele di diventare uno dei principali attori del gas nella regione, il che non può che rafforzare le tensioni.

Oltre la Turchia, non dobbiamo dimenticare il ruolo svolto dai maggiori gruppi petroliferi nella regione: l’Eni ha scoperto i grandi giacimenti egiziani, il contratto tra Israele ed Egitto è stato firmato dalla compagnia egiziana Dolphinus e da un consorzio israelo-americano (Delek e Noble Energy). Ciò che questi esempi dimostrano è che gruppi come l’Eni hanno compreso le questioni in gioco nel Mediterraneo, che saranno decisive per il futuro energetico della regione e del mondo. A questa influenza delle grandi aziende, si può aggiungere anche la presenza, sempre in filigrana, degli Stati Uniti, che non intende rimanere passiva nella regione allo scopo di ostacolare le ambizioni russe o cinesi che hanno legami sempre più stretti con Ankara. In ogni caso, la sfida per Israele, l’Egitto e altri attori regionali sarà quella di essere i più competitivi possibili al fine di continuare ad attirare l’interesse degli attori chiave dell’energia per la regione. Ciò che è importante sottolineare è che anche la lotta per il dominio dell’energia nel Mediterraneo è destinata ad aumentare ulteriormente la volatilità geopolitica della regione.

Giuseppe Gagliano

https://www.ilprimatonazionale.it/esteri/gas-partita-mediterraneo-orientale-99182/?fbclid=IwAR1ry6dEV-YlUW1_6jZQcNxdUbuwezhQ_SSAOd20-bllm1jvg5bqnqRt-VY

Leitura para terminar o ano... The ‘Code War’ is upon us!


E para entrar no próximo mais atento. “The ‘Code War’ is upon us: In this dramatic book, former Assistant Attorney General John P. Carlin takes readers to the front lines of a global but little-understood fight as the Justice Department and the FBI chases down hackers, online terrorist recruiters, and spies. Today, as our entire economy goes digital, from banking to manufacturing to transportation, the potential targets for our enemies multiply. This firsthand account is both a remarkable untold story and a warning of dangers yet to come...”




sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

As "novas rotas da seda" são a ossatura para um império chinês que controle toda a Eurásia


Corredores e outros dispositivos das "novas rotas da seda" são a estruturação de um império que controle toda a Eurásia. De um império chinês, claro. Ao domínio (não desafiável) americano dos mares, Pequim procura responder com o controlo das terras, criando uma circulação alternativa que estruture todo o território da Eurásia.

Ao olhar o mapa abaixo, ganha-se a impressão de que a matriz do clássico inglês continua a reger as coisas do grande jogo...

Pequim tem massas humanas suficientes para inundar a Eurásia, das estepes russas até ao nosso mar atlântico... Mesmo Putin, há uns 4 anos, dava evidentes sinais de grande incómodo e preocupação com a ‘inundação’ de chineses na Sibéria.

Putin teve, entretanto, que resolver o problema da tentativa ocidental de estrangulamento da Rússia e viu-se forçado a 'esquecer' isso e a fazer uma aliança com os “diabos amarelos” para sobreviver ao estrangulamento. Primeiro, sobreviver, depois, logo se verá, terá ele pensado.

Em Pequim (desde que a "harmonia" interna se mantenha...) não há pressas, como é do seu código genético em matéria de cálculo estratégico. Isto quanto às coordenadas espaço e tempo.

Da iniciativa de Xi Jinping, vem agora a resposta ao "que fazer?" com tais coordenadas, para potenciar a posição chinesa no seu combate pela hegemonia global.

O mapa abaixo é o retrato possível dessa resposta, retrato que mostra a montagem do assalto ao Heartland e da estruturação de uma  presença forte e dinâmica no Rimland...

Que diria o Mackinder destas "novas rotas da seda"?

Certamente, ele murmuraria "who rules the Heartland commands the World-Island: who rules the World-Island commands the World" 




Pentágono: General Mattis bate com a porta na cara de Trump

O Pentágono tornou pública a longa carta enviada pelo general Jim Mattis a Donald Trump, com a sua demissão. “Porque vós tendes o direito de ter um ministro da Defesa cuja visão esteja mais alinhada com a vossa (...) penso que retirar-me é a boa coisa a fazer”. A decisão de Mattis surpreendeu toda a gente (Trump incluído...) e teve, em Washington, o efeito de um terramoto... No entanto, para quem tenha lido as instruções deste general de 4 estrelas aos seus Marines, esta atitude de Mattis era antecipável e percebia-se que iria acontecer quando Trump lhe falhasse. “Be polite, be professional, but have a plan to kill everybody you meet”, repetia ele aos seus homens... A carta de Mattis surge imediatamente após o anúncio da retirada da Síria dos 2 mil militares americanos, feito por Trump. Uma decisão que entrega a Síria ao turco Erdogan e seus aliados...




A Carta do General Jim Mattis

Dear Mr. President:

I have been privileged to serve as our country's 26th Secretary of Defense which has allowed me to serve alongside our men and women of the Department in defense of our citizens and our ideals.

I am proud of the progress that has been made over the past two years on some of the key goals articulated in our National Defense Strategy: putting the Department on a more sound budgetary footing, improving readiness and lethality in our forces, and reforming the Department's business practices for greater performance. Our troops continue to provide the capabilities needed to prevail in conflict and sustain strong U.S. global influence.

One core belief I have always held is that our strength as a nation is inextricably linked to the strength of our unique and comprehensive system of alliances and partnerships. While the US remains the indispensable nation in the free world, we cannot protect our interests or serve that role effectively without maintaining strong alliances and showing respect to those allies. Like you, I have said from the beginning that the armed forces of the United States should not be the policeman of the world. Instead, we must use all tools of American power to provide for the common defense, including providing effective leadership to our alliances. 29 democracies demonstrated that strength in their commitment to fighting alongside us following the 9-11 attack on America. The Defeat ISIS coalition of 74 nations is further proof.

Similarly, I believe we must be resolute and unambiguous in our approach to those countries whose strategic interests are increasingly in tension with ours. It is clear that China and Russia, for example, want to shape a world consistent with their authoritarian model gaining veto authority over other nations' economic, diplomatic, and security decisions to promote their own interests at the expense of their neighbors, America and our allies. That is why we must use all the tools of American power to provide for the common defense.

My views on treating allies with respect and also being clear-eyed about both malign actors and strategic competitors are strongly held and informed by over four decades of immersion in these issues. We must do everything possible to advance an international order that is most conducive to our security, prosperity and values, and we are strengthened in this effort by the solidarity of our alliances.

Because you have the right to have a Secretary of Defense whose views are better aligned with yours on these and other subjects, I believe it is right for me to step down from my position. The end date for my tenure is February 28, 2019, a date that should allow sufficient time for a successor to be nominated and confirmed as well as to make sure the Department's interests are properly articulated and protected at upcoming events to include Congressional posture hearings and the NATO Defense Ministerial meeting in February. Further, that a full transition to a new Secretary of Defense occurs well in advance of the transition of Chairman of the Joint Chiefs of Staff in September in order to ensure stability Within the Department.

I pledge my full effort to a smooth transition that ensures the needs and interests of the 2.15 million Service Members and 732,079 civilians receive undistracted attention of the Department at all times so that they can fulfill their critical, round-the-clock mission to protect the American people.

I very much appreciate this opportunity to serve the nation and our men and women in uniform.

James N. Mattis

Últimas da Catalunha: Comunicado dos Governos Catalão e Espanhol

Comunicado conjunto dos Governos Catalão e Espanhol, 
depois da reunião bilateral de Pedralbes, 20 Dez. 2018


O quotidiano espanholista 'El Mundo' titula, sobre a matéria, que 

Sánchez se rinde ante Torra y promete "una respuesta democrática" a Cataluña sin citar la Constitución


quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

O Mundo segundo Xi Jinping

O filme que revela a face escondida de Xi Jinping e do seu projecto de dominação do mundo pela China acaba de sair, divulgado pelo canal europeu de televisão ARTE e está disponível no Youtube até 16 de Fevereiro próximo. Um trabalho jornalístico exemplar. Leia a entrevista do L’Obs (o antigo Nouvel Observateur) com o autor, Romain Franklin, e veja o filme (link ao fundo desta página). 


"Le Monde selon Xi Jinping": "On est bien au-delà d'Orwell"


"Mao voulait contrôler le monde, il voulait créer un "paradis communiste" au niveau de la planète, mais il n’en avait pas les moyens. Xi Jinping, lui, les a", explique Romain Franklin. (Capture d'écran)

Romain Franklin, auteur de "Le Monde selon Xi Jinping", remarquable documentaire diffusé ce soir à 20h50 sur Arte, révèle le véritable visage du N°1 chinois, un despote habité par une mission historique qui fait froid dans le dos. Interview.

Par Ursula Gauthier | L’Obs | 18 déc. 2018

Votre documentaire est animé par un fort sentiment d’urgence. Pourquoi pensez-vous que la Chine de Xi Jinping est plus dangereuse que celle de ses prédécesseurs ?

Il existe de fait une menace chinoise sur le monde depuis l’arrivée de Xi Jinping au pouvoir en 2012. On pensait que la Chine était sortie de son marasme totalitaire avec la mort de Mao, et beaucoup ont cru que c’était sans retour. Or on constate que Xi Jinping opère sur de nombreux points un retour vers le totalitarisme. Et cela ne concerne pas que les Chinois.

Pékin ne fait pas mystère de son ambition de devenir la première puissance mondiale en 2049. C’est leur programme officiel. Et il ne s'agit pas que d'économie: ce qu’ils recherchent, c’est aussi et surtout la domination militaire.

Leur objectif affiché est d’évincer les Etats-Unis, de remplacer le système occidental, fondé sur l’Etat de droit, par leur propre modèle d’hégémonie totalitaire.

Ce programme est déjà en cours d’application auprès des pays les plus vulnérables, ceux du tiers-monde. La Chine profite de l’asymétrie énorme de la situation pour arracher à ces pays des concessions politiques en échange d’investissements. Nous avons enquêté sur trois continents – en Chine, en Europe et aux Etats-Unis – pour comprendre qui est Xi Jinping et comment il compte faire de la Chine la puissance dominante de la planète.

On pourrait vous rétorquer que c’est une lutte entre deux empires comme il y en a eu tant dans l’histoire. Pourquoi pensez-vous que l’issue de celle-ci est capitale pour nous?

A cause de la nature particulière du régime chinois. Un des intervenants du film, Stein Ringen, professeur de sciences politiques à Oxford et auteur de "La dictature parfaite", le dit très bien: la Chine est devenue une dictature totalitaire. C’est le Parti, non l’Etat, qui dirige l’armée, les juges sont totalement soumis au Parti, etc.

Sous les prédécesseurs de Xi Jinping, le pragmatisme l’emportait. Avec Xi, la dictature idéologique a pris le dessus. Quelle est cette idéologie? Selon Stein Ringen, c’est le nationalisme. Il ajoute: à partir du moment où une dictature devient idéologique, elle devient dangereuse.

Pourquoi l’hégémonie chinoise est-elle pire que l’hégémonie américaine?

Si la Chine était un pays démocratique, on pourrait se dire qu’il s’agit d’une simple évolution des équilibres géopolitiques. Mais ce n’est pas le cas: la nature de la Chine en fait une machine infernale. Pourquoi? Parce que le parti communiste veut contrôler tout ce qu’il touche, toujours plus et sur tous les plans: idéologique, économique, politique, etc. C’est plus fort que lui. On le voit bien aujourd’hui: comme ils n’arrivent pas à contrôler la minorité ouïgoure, ils vont maintenant jusqu’à en mettre un million ou davantage dans des camps de rééducation. Un pays où l’on compte des centaines de milliers si ce n’est des millions de prisonniers politiques, ça dépasse l’entendement.

Ce n’est pas un pays "normal", c’est un régime extrêmement nocif pour les Chinois comme pour le reste du monde. Car ils veulent maintenant changer les règles de l’ONU, changer la définition des droits de l’homme, lui substituer leur propre conception selon laquelle le droit au développement prime tous les autres, et qu’on peut faire l’impasse sur les droits politiques et sociaux. Cette domination, Xi Jinping en parle ouvertement, sous la belle formule de "communauté de destin pour la planète". Le fait que la Chine se projette maintenant au-delà de ses frontières devrait nous alarmer tous.

Le film détaille les nouveaux instruments de contrôle dont le régime s’est doté.

Effectivement, les dirigeants chinois mettent la technologie au service du contrôle idéologique. Nous n’en sommes qu’au début, avec ce système de "crédit social" où chacun se voit attribuer un certain nombre de points, qui augmentent si on adhère au Parti, qui diminuent si on critique le gouvernement ou si on ne traverse pas dans les clous… Les mal notés ne pourront pas voyager hors de Chine, ou même en Chine, ne pourront pas obtenir de prêts à taux réduit, etc. Ce moyen de contrôle sidérant qui sera généralisé en 2020 s’appuie sur un recours massif aux technologies de pointe. Les critères de notation seront ajustés au fur et à mesure, probablement en fonction des situations locales. En tout cas, il y a là une volonté de contrôle totalitaire sur la population, et un instrument qui permettra, quand il sera exporté, de propager leurs "valeurs" et de détruire les nôtres. La Chine de Xi Jinping, c’est l’Union soviétique avec la puissance économique chinoise et les moyens technologiques des GAFA… Mao voulait contrôler le monde, il voulait créer un "paradis communiste" au niveau de la planète, mais il n’en avait pas les moyens. Xi Jinping, lui, les a.

Un cauchemar orwellien…

On est bien au-delà d’Orwell. Je crois que les gens ne se rendent pas vraiment compte du péril que nous affrontons. Pour beaucoup, la Chine, c’est encore un pays exotique et inoffensif. Qui sait par exemple que la Chine a acheté 10% des capacités portuaires de l’Europe? Elle n’a pas perdu de temps pour traduire son poids économique en pouvoir politique: il y a en France même des hommes politiques – un ancien premier ministre, un ancien ministre des Affaires étrangères... – qui sont devenus des porte-parole de la Chine. En échange de quoi? On ne le sait pas.

De façon surprenante, ils se font les avocats d’un régime totalitaire. Ce film est un signal d’alarme pour dire: la Chine est là et elle ne nous veut pas du bien. Quand je dis "la Chine", je ne parle ni du peuple chinois ni de la civilisation chinoise. Je parle d’une dictature fermement décidée à diffuser son virus et saper l’Etat de droit.

J’espère que ce film pourra réveiller les hommes politiques français et européens.

Dans un discours en Nouvelle-Calédonie l’année dernière, Emmanuel Macron a mentionné deux fois "l’hégémonisme chinois." C’est une formule très forte. Mais dans l’ensemble en France, on sommeille encore… En Europe, on voit un début de prise de conscience et même un début de lever de bouclier. Le vice-chancelier allemand, Sigmar Gabriel, l’a clairement dit dans un de ses discours: vous croyez que les nouvelles routes de la Soie sont une sorte d’aventure à la Marco Polo? Pas du tout. C’est une volonté de contrôler le monde et de saboter l’idéal démocratique sous toutes les latitudes, a-t-il expliqué.

C’est aux Etats-Unis que la prise de conscience est la plus forte…

Oui, les Etats-Unis ont été parmi les premiers à comprendre ce qui se passait, ils en sont même à la phase de la contre offensive. C’est assez paradoxal, car la coopération a longtemps été très forte entre les Etats-Unis et la Chine dans les années 80, y compris sur le plan militaire. De plus, les deux économies étant complémentaires, les Américains ont été très longtemps persuadés que la Chine allait progressivement se rapprocher du modèle démocratique. Or avec la modification de la constitution cette année qui fait de Xi Jinping un président à vie, ils ont compris qu’il n’y aurait jamais de démocratisation chinoise. Ajoutez à cela le "programme 2025" qui vise à transformer cette dictature en géant de l’innovation contrôlant toutes les technologies de pointe y compris militaires qui gèrent la marche du monde – reconnaissance faciale, intelligence artificielle, etc.

Et l’on comprend que la Chine est devenue une rivale si redoutable des Etats-Unis qu’un duel à mort s'est engagé. Tout à coup, les prémisses de la coopération américano-chinois qui ont servi de base à l’ordre mondial se sont volatilisées. C’est très récent, ça remonte à deux ans. A partir du moment où Xi a déclaré son programme 2025 de domination technologique et qu’il s’est fait nommer président à vie, cette base relativement saine de coopération a disparu. La guerre qui vient de s’amorcer entre les deux super puissance n’est pas seulement commerciale. Un de nos intervenants, Jean-Pierre Cabestan, dit que nous sommes face à "une guerre idéologique existentielle". Nous allons devoir l’affronter sans trop savoir comment, car c’est une première historique.

Y aura-t-il une guerre déclarée?

Personne n’en sait rien. Les Etats-Unis de Trump exigent en ce moment de la Chine des changements structurels qui reviendraient à invalider le programme visant à supplanter les Etats-Unis et dominer le monde. Ce que Xi Jinping a appelé "le rêve chinois". Mais c’est impossible, la légitimité de Xi Jinping au sein du Parti en dépend.

C’est ce que les historiens appellent le piège de Thucydide, quand l’émergence d’une nouvelle puissance ébranle l’hégémonie de la puissance installée et se règle par la guerre. On le voit en Mer de Chine du Sud, où la Chine a créé des bases militaires sur des îlots artificiels: les navires, les avions des deux pays sont dangereusement proches de la confrontation.

La Chine a maintenant une base militaire à Djibouti, après avoir proclamé qu’à la différence des pays "impérialistes", elle n’aurait jamais de base à l’étranger. Nous savons qu’elle veut en créer d’autres. La confrontation est donc inévitable. Sera-t-elle militaire? On n’en sait rien. Mais il est désormais clair qu’une grande division s’installe dans le monde, les régimes autoritaires et les dictatures d’un côté, et de l’autre les démocraties qui tentent de résister et de préserver leur suprématie.

Jusqu’ici, les démocraties jouissaient de la supériorité économique et technologique. Or dans le monde qui s'annonce, ce sont des dictatures qui risquent d'avoir cette double supériorité. Ce monde-là, que personne ne connaît, est forcément un cauchemar.

Qu’est-ce que ce film vous a permis de découvrir?

C’était un film impossible à faire. Personne n’aurait osé donner à des journalistes étrangers l’autorisation de tourner un film sur le président. Je rappelle que la Chine a kidnappé cinq éditeurs à Hong-Kong début 2016 parce qu’ils avaient publié une biographie non autorisée de Xi Jinping. Nous avons interviewé pour ce film l’un d’entre eux qui avait réussi à s’évader. Il confirme le propos d’un dissident qui m’a expliqué: la police est d’accord pour que je donne quelques interviews, mais elle interdit totalement que je cite des noms de dirigeants. Quand on parle de Xi Jinping, il faut dire "le leader", "le dirigeant". Son nom est tabou. Il a donc fallu faire le film de manière clandestine, c’était le seul moyen. Le plus compliqué a été de trouver des interlocuteurs officiels qui veuillent bien parler. On y est arrivés, on s’est débrouillés, je ne peux en dire plus. Parmi ceux-ci, le plus remarquable est le colonel Liu Mingfu. Nous voulions le voir parce qu’il est l’auteur d’un livre intitulé "Le rêve chinois", paru deux ans avant que Xi Jinping n’arrive au pouvoir, et ne se saisisse de cette formule pour en faire l’idéologie officielle.

On a vu débarquer un militaire d’apparence assez loufoque, qui veut damer le pion aux Etats-Unis par tous les moyens. Il ne serait pas contre une déclaration de guerre demain matin. De même, il veut reprendre Taïwan par la force. Il m’annonce qu’il veut arroser les centrales électriques de l’île avec une pluie de missiles, dégager les champs de mine avec des porte-containers arraisonnés pour l’occasion.

Il a tout un plan d’attaque… Son objectif, c’est un retour à la Chine impériale, cette Chine imaginaire qui aurait d'après lui dominé le monde au XVIIe siècle. C’est un ultra nationaliste, et pourtant il a l’aval des autorités. Il a publié en 2018 un livre sur la pensée de Xi Jinping, ce qui est impossible s’il n’a pas un soutien à 100%. Il enseigne à l’université nationale de défense. Il a l’oreille du pouvoir. Ses idées sous tendent certainement celles du pouvoir actuel. Ce qu’il dit c’est très probablement ce que pense Xi Jinping sans le dire. D’où l’on comprend que la nouvelle idéologie chinoise, ce n’est plus le communisme, mais le nationalisme. La dictature de gauche est devenue une dictature de droite armée de gigantesques moyens économiques et désormais militaires. Nous avons trouvé des images vraiment très impressionnantes d’exercices militaires qui font froid dans le dos.

La Chine de Xi Jinping ressemble-t-elle encore à celle que vous avez connue par le passé?

Le changement est dramatique. Il y a de moins en moins de gens qui peuvent parler. C’est presque impossible de trouver des intellectuels qui acceptent d’accorder une interview à un journaliste étranger, surtout s’il s’agit de causer du président. On les compte sur les doigts d’une seule main ! Xi Jinping a réussi à museler absolument tout le monde à travers ses campagnes anti-corruption. Il y a dix ans, tout le monde avait envie de parler, on n’avait aucun mal à trouver des témoignages. C’est fini. La Chine est redevenue une sorte de vortex, de trou noir où il n’y a plus moyen de savoir ce qui se passe.

C’est d’ailleurs voulu par Xi Jinping qui a fait adopter des lois encore plus draconiennes sur le secret d’Etat. Il ne veut pas qu’on sache ce qui se passe en Chine, surtout au Xinjiang où les Ouïgours sont soumis à une terreur absolue loin des yeux du monde. Mais aussi au cœur des métropoles, où par exemple les archives sont fermées d’après ce que nous disent les historiens, etc. Ils sont en train de dresser de nouveau une grande muraille, tout en voulant conquérir le monde. C’est paradoxal et très inquiétant.

Fonte da entrevista: 
https://www.nouvelobs.com/monde/20181218.OBS7346/le-monde-selon-xi-jinping-on-est-bien-au-dela-d-orwell.html?fbclid=IwAR2UDZfjfX4Eujw-2y_MnQ7uPvNJhCb7pYBk88xaqBd7QRhb_BSGgTu9kdE



quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Nem Todas as Chinas São de Xi

É totalmente dedicada à China a última edição de 2018 da Limes - Rivista Italiana di Geopolitica. Com a sábia combinação de abrangência e profundidade a que a Limes há muito habituou os seus leitores, esta abordagem ao problema da China oferece ao leitor perspectivas e informações de grande qualidade que permitem ver muito para além dos lugares comuns e das aparências da imprensa main stream e dos analistas vulgares... Abaixo encontra a capa, o título geral ("provocatório"qb...) e o sumário desenvolvido desta Limes, cuja leitura (crítica...) o Intelnomics recomenda vivamente.

Non tutte le Cine sono di Xi



Il sommario del numero di Limes 11/18 dedicato al mondo cinese e alle sue sfide e priorità geopolitiche. Dal 6 dicembre in edicola, libreria, ebook e PDF.

XI JINPING, DA NON PERDERE, CINA, SCONTRO USA-CINA, NUOVE VIE DELLA SETA, MARI, OCEANO PACIFICO, USA,HONG KONG, TAIWAN, ASIA-PACIFICO


IN QUESTO NUMERO


Not a Chinaman’s chance

Editoriale del numero di Limes 11/18, Non tutte le Cine sono di Xi.



Il mondo sinocentrico

di Giorgio Cuscito



LA NATURA DELLA GEOPOLITICA E LA SUA APPLICAZIONE IN CINA

Il principio primo dell’approccio geopolitico consiste nel bilanciare obiettivi e risorse. Ciò che teorici e politici occidentali spesso trascurano. L’importante per uno Stato è non essere costretto a battersi per la sopravvivenza. Perché gli Usa perderanno il Pacifico.

di Zhang Wenmu



LE FORME DELLA CINA

Dalla ‘foglia di begonia’ alla ‘torcia infuocata’, passando per il ‘gallo’. La metamorfosi cartografica come riflesso dell’ascesa della Repubblica Popolare e delle aspirazioni ridimensionate di Taiwan, su cui Pechino conta di mettere le mani entro la metà del secolo.

di Giorgio Cuscito



PECHINO PREPARA LA GUERRA, SPERANDO DI NON FARLA

Sotto la regìa di Xi, le profonde riforme in corso ambiscono a trasformare la Cina in grande potenza militare entro il 2050. Obiettivo: dissuadere gli Stati Uniti dall’uso della forza mediante strategie asimmetriche. Soprattutto a Taiwan.

di You Ji



LA CINA SI STA FACENDO POTENZA MARITTIMA

Da vent’anni Pechino, compresa l’importanza dello strumento navale, ha preso a adeguare la Marina militare alle proprie ambizioni. I numeri della spettacolare rincorsa. Il ruolo storico dell’ammiraglio Liu. La priorità strategica è l’A2/Ad.

di Alberto de Sanctis



GLI STATI UNITI NON POSSONO FERMARE LA NOSTRA ASCESA

L’attuale amministrazione americana vuole soffocare l’espansione di Pechino persino nella sua ‘soglia di casa’, fra Mar Cinese Meridionale e Taiwan. Xi Jinping non può piegarsi perché perderebbe la faccia. A che ci servono le nuove vie della seta.

di Mu Chunshan



NUOVE VIE DELLA SETA CRESCONO (MALGRADO TUTTO)

Le fragilità geopolitiche e finanziarie dei paesi coinvolti non fermano l’iniziativa cinese. Le controstrategie di Stati Uniti, Giappone, Australia e Ue per ora non reggono il confronto. Ma Pechino deve adeguare il disegno alle esigenze dei partner.

di Giorgio Cuscito



CHI NON ADORA IL NUOVO MAO

Xi Jinping tiene la Cina in pugno. Ma la guerra commerciale con gli Usa rimpolpa i ranghi degli scontenti. Dai pochi superstiti della campagna anticorruzione ai militari, dagli imprenditori privati ai piccoli ma numerosi investitori.

di Willy Lam



IL PARTITO A IMMAGINE E SOMIGLIANZA DI XI

La lotta alla corruzione ha cambiato l’ecosistema politico in Cina e ha accentrato il potere attorno al presidente. La mappa degli epurati e dei fedelissimi. Di opposizione non c’è traccia: tutti vogliono salire sul carro del vincitore. Finché non s’innescheranno tre trappole.

di Bo Zhiyue



ASCESA (E CADUTA?) DELL’IDEOLOGO DEI LEADER

La scalata di Wang Huning come emblema del decollo cinese. La travagliata gioventù. La carriera fulminante nell’università. La chiamata di Jiang e la fortuna sotto Hu e Xi. Le luci della ribalta nuocciono al teorico del ‘nuovo autoritarismo’.

di Wang Yi



PECHINO NON DOMINERÀ L’INTELLIGENZA ARTIFICIALE

I timori occidentali per le ambizioni cinesi sono esagerati. Lo sviluppo dell’Ai dipende dai colossi privati, integrati nella Silicon Valley. Non è una ‘corsa agli armamenti’, a Cina e Usa conviene cooperare. La centralità di start-up e metropoli.

di Paul Triolo



LA FINE DEL MIRACOLO È INEVITABILE

La crescita cinese ha seguito un copione noto: diluvio di investimenti pubblici finanziati con il risparmio privato. La saturazione produttiva rende il modello non più praticabile, e il debito che genera insostenibile. La sfida di Xi è privilegiare le famiglie.

di Michael Pettis



STRANGOLATI CON LA SETA?

Alcuni paesi di rilievo strategico legati alla cinese Belt and Road Initiative rischiano di cadere nella trappola del debito. Pechino fa loro credito per cifre che non possono onorare, esponendoli al ricatto e alla manipolazione. L’inquietudine degli Usa.

di Fabrizio Maronta



CAMBIANDO SÉ STESSA LA CINA CAMBIA IL MONDO

La rimonta cinese nelle gerarchie mondiali ha un forte prezzo ambientale. Il carbone copre il 60% del fabbisogno nazionale, ma Pechino è leader nelle fonti rinnovabili. L’apertura al gas russo e lo stallo nei negoziati sul gnl con gli Stati Uniti. Le ricadute geopolitiche.

di Lapo Pistelli



L’INVASIONE DI TAIWAN È SOLO QUESTIONE DI TEMPO

Annettere l’isola rientra nel ‘sogno cinese’ di Xi, che aspira così a superare Mao e a schivare le vendette degli epurati. Il risorgente nazionalismo taiwanese potrebbe fornire il casus belli, ma l’Esercito popolare non è ancora pronto. Il 2030 sarà l’anno fatidico?

di Deng Yuwen



TAIWAN VAL BENE UNA GUERRA. ASIMMETRICA

I piani di Cina e America contemplano uno scontro per il controllo dell’isola, cruciale in chiave (rispettivamente) di espansione e contenimento. Gli scenari strategici. La centralità del fattore informatico. Sul multidominio, gli Usa sono avanti.

di Lin Ying-yu



I TRE PRINCÌPI DI SUN YAT-SEN LEGANO PECHINO E TAIPEI

Nazionalismo, democrazia e benessere, declinati in salsa cinese: le radici comuni alla Repubblica Popolare e alla Repubblica di Cina (Taiwan). I riti (li) sono alla base dell’identità han, da non interpretare in senso razziale ma geopolitico-culturale. Lo Stato si fa con il Partito.

di Stefano Cammelli



L’INTEGRAZIONE DI HONG KONG E MACAO SERVE AD ANNETTERE TAIWAN

Pechino intende usare le Regioni amministrative speciali come magneti per calamitare Taipei nella sua orbita. Il ruolo cruciale dell’Area della Grande Baia. Le ‘locuste’ hanno sconfitto i localisti. La sicurezza della Cina prevale sui ‘due sistemi’.

di Lo Sonny Shiu-Hing



CHONGQING O LA RIVOLUZIONE URBANISTICA CINESE

Specchio del paese, la ‘città nelle montagne’ è per Pechino esperimento di sviluppo nazionale. Urbanizzare vaste aree rurali, ridurre le disparità regionali e coordinare gli investimenti: queste le sfide decise dal centro. Se i contadini ne beneficeranno nessuno lo sa.

di Miguel Hidalgo Martinez



PER ERDOĞAN, LA CINA VIENE PRIMA DEGLI UIGURI

La sinizzazione forzosa del Turkestan Orientale/Xinjiang non stravolge i rapporti fra Ankara e Pechino. La Turchia vuole evolvere in impero, ciò che gli Usa non tollerano. Per questo il presidente turco apre ai cinesi. La consanguineità sino-turca, una storia antica.

di Daniele Santoro



MELTING POT MA ALLA CINESE

Chi è ‘Hu l’Unitore’, l’oscuro teorico della nuova politica di Pechino in Tibet e nel Xinjiang. L’intreccio di mescolanza e uniformità. L’uso strumentale del rischio terroristico. I centri di rieducazione. L’armonia perseguita con l’ingegneria sociale è una chimera.

di James Leibold



NELLE METROPOLI NASCE IL NUOVO HOMO SINICUS

Salvo rare eccezioni, l’epocale inurbamento cinese segue schemi rigidi che prediligono l’omologazione, nel segno del dominio han. L’avanzata delle città di secondo e terzo livello. L’ecologia come status borghese. Qui il ‘nuovo antico’ non fa ancora scandalo.

di Federico De Matteis



L’AMERICA TRIONFANTE VUOLE LO SCALPO DELLA CINA

Gli Stati Uniti perseguono con forza e metodo una strategia che mira a stroncare ogni velleità cinese di ascesa alle vette del potere mondiale. Pechino è sulla difensiva, mentre Washington coopta gli alleati nel suo progetto imperiale. Al quale s’è finalmente convertito Trump.

di Dario Fabbri



PER TŌKYŌ LA SCELTA È OBBLIGATA

Nel confronto in crescendo fra Pechino e Washington, il Giappone resterà con lo storico alleato americano, garante della sua sicurezza. I legami produttivi con la Cina sono transitori. Il timore delle rappresaglie cinesi. Quanto rischia l’‘Abenomics’.

di Stephen R. Nagy



L’ANGLOSASSONE AUSTRALIA NON SARÀ MAI CINESE

Benché intrattenga con la Cina eccezionali relazioni economiche e culturali, Canberra non vuole essere satellite di Pechino. Piuttosto si stringe agli Stati Uniti. Per sopravvivenza e per identità. L’uso strategico della diaspora.

di Federico Petroni



CINA-INDIA, UNA POLTRONA PER DUE

L’avanzata economica e militare di Pechino nell’intorno indiano obbliga Delhi alle contromisure, rasentando un scontro che (per ora) nessuno vuole. Il risiko dei porti. Il Quad con Usa, Australia e Giappone. Il nodo pakistano. In palio c’è l’Indo-Pacifico.

di Lorenzo Di Muro



‘Il piano dell’Italia per far parte delle nuove vie della seta’

Conversazione con Michele Geraci, sottosegretario presso il ministero dello Sviluppo economico e coordinatore della Task Force Cina.

a cura di Giorgio Cuscito



L’ITALIA DEVE SCEGLIERE, AQUILA O DRAGONE?

Il fardello del debito sovrano da servire senza il sostegno della Bce e una lettura superficiale delle dinamiche geopolitiche globali spingono Roma a scommettere sulla Cina. Si rischia la collisione con Trump. Prudente il rinvio dell’adesione alle vie della seta.

di Mazarinus



PERCHÉ FRANCESCO E XI HANNO TROVATO UN’INTESA

Alla radice dell’accordo fra Santa Sede e Cina sta la convergenza di interessi paralleli. La Chiesa cattolica sa che il suo futuro dipende dalla diffusione del Vangelo in Asia. Pechino pensa di poter meglio comprendere l’America grazie alla cultura cattolica.

di Francesco Sisci



MANILA SCOPRE IL LATO BUONO DELLA CINA

Le recenti aperture di Duterte accelerano un iter ventennale che vede le Filippine puntare sempre più sulla potenza cinese in chiave di crescita e stabilità. Le iniziative congiunte. Gli scogli delle dispute marittime. E gli Usa?

di Lucio Blanco Pitlo III



‘Occidente addio. La Russia ha scelto Pechino’

Conversazione con Sergej Karaganov, presidente del Consiglio di difesa e politica estera russo e preside della School of International Economics and Foreign Affairs presso la National Research University-Higher School of Economics di Mosca.

a cura di Orietta Moscatelli



PUTIN HA DECISO: CON LA CINA SI COLLABORA SUL SERIO

Mosca consolida l’intesa con Pechino, malgrado le diffidenze e le antiche rivalità. A convincere Putin è l’impossibilità di fidarsi degli Usa, che continuano a trattarlo da nemico. La cooperazione in campo tecnologico, militare ed energetico. Le obiezioni dei sinofobi.

di Mauro De Bonis



AMERICA PER VOCAZIONE, CINA PER NECESSITÀ. LA DURA LEGGE DI SEOUL

Tra Washington e Pechino, la Corea del Sud propende senza riserve per la prima. Di Xi teme infatti le derive dittatoriali e le strategie predatorie. Il gigante cinese, tuttavia, è un mercato imprescindibile. Occorre ‘saltare sulle spalle del gigante’. Ma senza vendergli l’anima.

di Lee Hyunil



Autori

Gli autori del numero di Limes 11/18, Non tutte le Cine sono di Xi.



La storia in carte

Le carte storiche del numero di Limes 11/18, Non tutte le Cine sono di Xi.

a cura di Edoardo Boria

Acabou a ilusão globalista... A geopolítica volta a governar o mundo

Durou 3 décadas o tempo da “globalização feliz”, abriu-se em Berlim e fechou-se em Moscovo. Começou com a queda de um muro e acabou com uma ...