sábado, 29 de fevereiro de 2020

"China Is the Real Sick Man of Asia"... Xi Jinping Expulsa Três Jornalistas Americanos



A ‘tribuna’ de opinião no Wall Street Journal a que o imperador Xi Jinping respondeu com a brutal e arbitrária  expulsão da China de três jornalistas daquele jornal que, provavelmente, nem sequer tinham conhecimento do texto em questão. Registo para memória futura e esclarecimento presente da análise de Walter Russell Mead, sinólogo e professor. Regista-se também como Michael Auslin, na National Review, responde com rigor e ironia à arbitrária brutalidade de Xi Jinping. Conclusão (nossa, do IntelNomics), esta China imperial tem muito a aprender não só na gestão de catástrofes (provocadas por vírus e outras) como também na gestão da percepção: sem a sua brutal e provinciana reacção, a ‘tribuna’ do Prof. Mead não teria chegado a 10% dos leitores que chegou e nem sequer estaria a ser aqui registada.



China Is the Real Sick Man of Asia

Walter Russell Mead | Feb. 3, 2020 6:47 pm ET

Its financial markets may be even more dangerous than its wildlife markets.



A Chinese woman wears a protective mask in Beijing, Feb. 3. KEVIN RAYER/GETTY IMAGES 

The mighty Chinese juggernaut has been humbled this week, apparently by a species-hopping bat virus. While Chinese authorities struggle to control the epidemic and restart their economy, a world that has grown accustomed to contemplating China’s inexorable rise was reminded that nothing, not even Beijing’s power, can be taken for granted.

We do not know how dangerous the new coronavirus will be. There are signs that Chinese authorities are still trying to conceal the true scale of the problem, but at this point the virus appears to be more contagious but considerably less deadly than the pathogens behind diseases such as Ebola or SARS—though some experts say SARS and coronavirus are about equally contagious.

China’s initial response to the crisis was less than impressive. The Wuhan government was secretive and self-serving; national authorities responded vigorously but, it currently appears, ineffectively. China’s cities and factories are shutting down; the virus continues to spread. We can hope that authorities succeed in containing the epidemic and treating its victims, but the performance to date has shaken confidence in the Chinese Communist Party at home and abroad. Complaints in Beijing about the U.S. refusing entry to noncitizens who recently spent time in China cannot hide the reality that the decisions that allowed the epidemic to spread as far and as fast as it did were all made in Wuhan and Beijing.

The likeliest economic consequence of the coronavirus epidemic, forecasters expect, will be a short and sharp fall in Chinese economic growth rates during the first quarter, recovering as the disease fades. The most important longer-term outcome would appear to be a strengthening of a trend for global companies to “de-Sinicize” their supply chains. Add the continuing public health worries to the threat of new trade wars, and supply-chain diversification begins to look prudent.

Events like the coronavirus epidemic, and its predecessors — such as SARS, Ebola and MERS — test our systems and force us to think about the unthinkable. If there were a disease as deadly as Ebola and as fast-spreading as coronavirus, how should the U.S. respond? What national and international systems need to be in place to minimize the chance of catastrophe on this scale?

Epidemics also lead us to think about geopolitical and economic hypotheticals.

We have seen financial markets shudder and commodity prices fall in the face of what hopefully will be a short-lived disturbance in China’s economic growth. What would happen if — perhaps in response to an epidemic, but more likely following a massive financial collapse — China’s economy were to suffer a long period of even slower growth? What would be the impact of such developments on China’s political stability, on its attitude toward the rest of the world, and to the global balance of power?

China’s financial markets are probably more dangerous in the long run than China’s wildlife markets.

Given the accumulated costs of decades of state-driven lending, massive malfeasance by local officials in cahoots with local banks, a towering property bubble, and vast industrial overcapacity, China is as ripe as a country can be for a massive economic correction. Even a small initial shock could lead to a massive bonfire of the vanities as all the false values, inflated expectations and misallocated assets implode. If that comes, it is far from clear that China’s regulators and decision makers have the technical skills or the political authority to minimize the damage — especially since that would involve enormous losses to the wealth of the politically connected.

We cannot know when or even if a catastrophe of this scale will take place, but students of geopolitics and international affairs — not to mention business leaders and investors — need to bear in mind that China’s power, impressive as it is, remains brittle. A deadlier virus or a financial-market contagion could transform China’s economic and political outlook at any time.

Many now fear the coronavirus will become a global pandemic. The consequences of a Chinese economic meltdown would travel with the same sweeping inexorability. Commodity prices around the world would slump, supply chains would break down, and few financial institutions anywhere could escape the knock-on consequences. Recovery in China and elsewhere could be slow, and the social and political effects could be dramatic.

If Beijing’s geopolitical footprint shrank as a result, the global consequences might also be surprising. Some would expect a return of unipolarity if the only possible great-power rival to the U.S. were to withdraw from the game. Yet in the world of American politics, isolation rather than engagement might surge to the fore. If the China challenge fades, many Americans are likely to assume that the U.S. can safely reduce its global commitments.

So far, the 21st century has been an age of black swans. From 9/11 to President Trump’s election and Brexit, low-probability, high-impact events have reshaped the world order. That age isn’t over, and of the black swans still to arrive, the coronavirus epidemic is unlikely to be the last to materialize in China.




Michael Auslin, na National Review, respondeu, entretanto, com rigor e ironia à arbitrária brutalidade de Xi Jinping.


Despite the potential of a pandemic that could crater the global economy, it’s a relief to know that China’s Communist rulers are focusing on the important things. The latest brouhaha between China and the United States unfolded last week when Beijing expelled  three Wall Street Journal  reporters in retribution for an opinion column entitled “China Is the Real Sick Man of Asia.”  It was the first time since 1998 that a foreign reporter has been kicked out of China...

https://www.nationalreview.com/corner/chinas-thin-skin-bruised-yet-again/ 




quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Forças Armadas à Beira do Colapso: Generais Avisam Marcelo



As Forças Armadas encontram-se em “pré-falência” e já lhes faltam os meios para cumprir missões atribuídas pelo poder político.

Esta situação foi agora levada ao conhecimento do Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, como noticia o Diário de Notícias, “por quatro oficiais-generais, entre os quais três ex-chefes do Estado-Maior: Manuel Taveira Martins, ex-chefe do Estado-Maior da Força Aérea, José Pinto Ramalho, ex-chefe do Estado-Maior do Exército, e Fernando Melo Gomes, ex-chefe do Estado-Maior da Armada - o quarto general é Luís Sequeira, ex-secretário-geral do Ministério de Defesa Nacional (MDN) – (que) assinaram a carta de alerta dirigida ao Presidente da República.

“Na missiva, a que o DN teve acesso, os oficiais-generais justificaram a iniciativa por estarem a assistir "com preocupação ao contínuo processo de degradação das Forças Armadas e ao consequente aumento das vulnerabilidades do sistema de defesa nacional e da posição do país no quadro das alianças que integra".

A peça do DN, da autoria de Valentina Marcelino, sumariza as dez razões apontadas pelos generais, todos dirigentes do GREI - Grupo de Reflexão Estratégica Independentepara o estado a que chegou o nosso principal instrumento e garante da soberania nacional:

1 - Reforma de Defesa 2020 - consequências altamente gravosas

Segundos os generais, a reforma estrutural iniciada em 2013 designada "Defesa 2020 teve "resultados muito aquém dos objetivos propostos" e daí resultaram "consequências altamente gravosas que urge reverter". Esta reforma, decidida nos anos da troika pelo governo PSD-CDS, pretendia "obter ganhos de eficiência, economias de escala e vetores de inovação" e, principalmente, "racionalizar a despesa". Mas a partir daí, sublinham estes oficiais superiores, "as reformas passaram a privilegiar a redução de despesa como um fim em si mesmo, quase sempre com prejuízo de critérios de racionalidade económica e militar".
Assistiu-se a "cortes aleatórios nos orçamentos e nos efetivos, à alienação e abandono de infraestruturas, ao cancelamento de programas de reequipamento em curso e à venda de equipamentos sem se proceder à indispensável substituição".

2 - Dificuldades de sustentação e manutenção

Os generais alegam que as despesas com pessoal e operação e manutenção "têm estado abaixo dos montantes" considerados necessários para "garantir a prontidão operacional". Por isso "têm crescido as dificuldades de manutenção e a sustentação no âmbito geral das Força Armadas, com maior incidência na Marinha e na Força Aérea, pelas características dos meios que operam".
O "calendário e fluxos financeiros" da Lei de Programação Militar (LPM), sublinham, "sofrem frequentes descontinuidades em resultado de cativações, de deduções, de transferência de saldos e, em certos casos, de dificuldades associadas à complexidade técnica e administrativa dos processos".
De acordo com esta avaliação, a "conservação, manutenção, segurança, modernização e edificação de infraestruturas" têm sido "insuficientemente realizadas". Há "graves deficiências a nível da habitabilidade e funcionalidade de muitas infraestruturas".
Recentemente, a Marinha perdeu o seu único navio reabastecedor, limitando assim as suas capacidades operacionais às águas nacionais.

3 - Recursos humanos: situação "insustentável"

Na reforma Defesa 2020, aprovada em 2013, previa-se um efetivo nas Forças Armadas de 30 a 35 mil. Porém, no final da década passada (2018-2019), o número de militares estava 30% abaixo desse valor e no caso do Exército era de 50%. "São mínimos nunca verificados nas Forças Armadas", salientam os generais.
Quanto à falta de efetivos, a "situação nas Forças Armadas em geral é grave, mas no caso particular do Exército é de emergência institucional". Os generais lembram que "uma unidade do Exército só se considera passível de emprego operacional quando o seu potencial de combate, em pessoal e material, se encontra acima dos 75%".
A situação que se vive é "insustentável e já compromete o cumprimento de algumas missões atribuídas". Tem vindo a "crescer um clima geral de mal-estar, de insatisfação, de saturação e de injustiça relativa", levando a que "um número crescente de militares" abandonem "precocemente as fileiras".

4 - Estatuto penalizador

As alterações a que foi sujeito o estatuto dos militares das Forças Armadas penalizaram "os fatores influenciadores da carreira, principalmente em relação aos que estão no ativo - nomeadamente na passagem à reserva e à reforma, no condicionamento das promoções e na consequente progressão na carreira".

5 - Condição militar descaracterizada

O conceito de condição militar, definido na lei desde 1989, "tem vindo a ser descaracterizado de tal forma que hoje não passa de um slogan que objetivamente penaliza os militares.

6 - Salários desajustados

Os generais dizem que o sistema remuneratório dos militares das Forças Armadas "tem sofrido um progressivo desajustamento em relação a outros setores da administração pública equiparáveis, quer no leque salarial, quer nas condições de reforma, quer na remuneração dos cargos de topo na carreira".

7 - Qualificações desvalorizadas

De acordo com a análise dos generais, têm "acentuado" a "tendência para desvalorizar as qualificações dos militares em relação a funcionários civis". Dão como exemplo "o progressivo afastamento de militares dos cargos superiores do Ministério da Defesa". Recorde-se a recente nomeação do chefe de gabinete do ministro da Defesa para um cargo superior naquele ministério.

8 - Sistema de saúde militar em crise

Há vários problemas "de vulto" identificados pelos jornais no sistema de saúde militar. O Hospital das Forças Armadas, por exemplo, "continua a ser afetado por insuficiência de recursos humanos, de valências e de infraestruturas  que o impedem de garantir com eficácia a suas finalidades".
No entender dos generais, a reforma realizada "piorou as condições de assistência dos militares e das suas famílias, sem qualquer poupança de recursos materiais e humanos".
No que diz respeito ao Instituto de Ação Social das Forças Armadas, "tem uma dívida acumulada de várias dezenas de milhões de euros, por lhe ter sido atribuída a responsabilidade pelos custos da assistência na doença aos militares (ADM) sem a correspondente contrapartida.

9 - Chefias militares perderam poder

Os oficiais-generais indicam também como ponto negativo para a situação das Forças Armadas o facto de - na sequência das alterações verificadas no processo da justiça e da disciplina militar, "bem como medidas avulsas que limitam a liberdade e a manobra das chefias militares no domínio administrativo e financeiro" - existirem "reflexos negativos a nível do comando da hierarquia e da disciplina e, portanto, na eficácia e eficiência militar".

10 - Redes paralelas e fenómenos inorgânicos

Toda a situação descrita "tem vindo a fomentar a utilização, por um número crescente de militares, de redes paralelas e horizontais de associação e de informação utilizando o espaço digital". O resultado é "o enfraquecimento da cadeia hierárquica - política e militar - e a emergência de condições favoráveis ao aparecimento de fenómenos inorgânicos". Recorde-se por exemplo o "movimento zero" das Forças Armadas.




terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Requiem pelo “Sistema Global”


José Mateus

O modelo global saído da II Guerra Mundial (e em que ainda, por enquanto, vivemos) tem (ou tinha...) características próprias e inéditas. Tudo isto está, porém, morto ou moribundo.

Para clarificação do que aqui se fala, destaquem-se três dessas características: primo, os USA financiavam o sistema global (tendo para isso de se endividar); secondo, os USA garantiam e pagavam a segurança global do sistema e, portanto, o seu funcionamento; tertio, os USA abriam totalmente o seu mercado interno aos derrotados da II Guerra (Alemanha, Japão, etc.) garantindo assim a sua recuperação e desenvolvimento.

Claro que o Estado americano é, como todos os Estados, um “monstro frio” e, portanto, não foi por simples altruísmo que montou um sistema com estas características.

Fê-lo por considerar que essa era uma forma interessante de garantir a defesa dos interesses nacionais norte-americanos. E, antes de mais, os seus interesses geopolíticos no enfrentamento bipolar com a (falecida) União Soviética, naquilo que se chamou de Guerra Fria.

Desaparecido o quadro geopolítico em que o sistema fora criado, as lideranças políticas em Washington levaram anos a interiorizar as mudanças verificadas e a conseguir analisá-las, tirar conclusões e agir em consequência. O “11 de Setembro” funcionou aqui como um factor de reforço do adiamento dessas conclusões, servindo para desviar atenções para questões que, sendo dramáticas, não eram as mais importantes. Se Bin Laden não foi pago, por algum interessado, para isso, bem o poderia ter sido...

É nestes anos de hesitações e escassa clareza estratégica de Washington que a China (depois de obter com Clinton a sua entrada na OMC) se fortaleceu, através de uma estratégia geoeconómica nacional-mercantilista, e ganhou músculo para procurar ocupar o lugar da União Soviética como o grande perturbador continental do sistema e desafiar a potência marítima garante do sistema, os USA.

Com modos de elefante em loja de porcelanas, Trump olhou para todo este quadro e considerou que este sistema global já não defendia os interesses nacionais norte-americanos, se tinha tornado disfuncional e que, portanto, não havia razões para que tudo continuasse na mesma e os USA pagassem uma coisa que não lhes servia.

Trump soube ainda encontrar uma eficaz narrativa política para comunicar com o eleitorado e garantir o apoio de uma maioria (ou da maior minoria) da opinião pública americana.

O que Trump está a fazer não é uma mera guerra económica com a China (ou outros), não é sequer um rearranjo de alianças. É muito mais do que isso. É a construção de um novo modelo para o sistema global. E é, neste processo, nas suas guerras políticas, económicas e militares, mais ou menos híbridas, que se vão definir as novas alianças e suas formas.

A imensa ambição e a avidez de poder da China colocaram Pequim na posição que outrora (entre 1945 e 1990) foi a de Moscovo, a posição de líder das potências continentalistas desafiando a hegemonia da potência marítima. Teria funcionado no quadro construído no pós-II Guerra. O tal quadro que Trump dá mostras de considerar que já não serve... O coronavírus e a guerra-espectáculo da 5G, por maior que seja o seu impacto, são meros epifenómenos neste cenário.


Como diria “o camarada Mao”, a contradição principal da situação governa todo o resto. E Mao não hesitaria (mesmo que o não dissesse, como era seu hábito...) em identificar como contradição principal do presente o enfrentamento China-USA. Tal como não hesitaria em tipificar essa contradição principal como uma “contradição com o inimigo” (e não como uma “contradição no seio do povo”).

Leiam (ou releiam) o “Da Contradição” e vejam o que o “camarada Mao” diz da resolução das contradições com o inimigo. O Xi Jinping já leu e releu...



segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Guerra de Informação: Parabéns, Isabel dos Santos!


Depois de ter sido batida nas várias batalhas de guerra de informação desencadeadas contra ela por adversários vários, Isabel dos Santos percebeu (finalmente!) que não era das ligeirinhas  agências de "public relations" que precisava mas, sim, de material bem mais pesado. Ou seja, especialistas da guerra de informação ou, dito de modo menos assustador, de especialistas de defesa da reputação.

Atacada em Portugal e em Angola por uma núvem de invejosos e outros mal-agradecidos, a "Princesa" foi ao mercado anglo-saxónico procurar os defensores da sua reputação. Escolheu um que começou por trabalhar (e ainda trabalha) com oligarcas russos exilados no Ocidente, com cabeças coroadas do Médio Oriente (Mansour bin Zayed al-Nahyan, por exemplo) e a que também o Cristiano Ronaldo teve de recorrer (lembrem-se da rapariga  que se queixava de que ele a tinha volado...), tal como a duquesa de Sussex Meghan Markle.


Isabel dos Santos está, portanto, em boa companhia. Quem pensou que ela estava no chão caída e indefesa e que, portanto, podia aproveitar para lhe dar uns pontapés, deve pensar outra vez... 

PS. Tivesse Sócrates sabido fazer como Isabel agora decidiu fazer e talvez que aquelas “férias” em Évora lhe tivessem sido poupadas.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Presidenciais Americanas: 64 Mulheres Acusam Mike Bloomberg de ''Agressões Sexuais''


A guerra de informação domina já este ano de campanha eleitoral nos USA, tal como aqui  tinhamos antecipado. Até Novembro, a coisa só pode intensificar-se. Mike Bloomberg está a aprender que não basta ter dinheiro para tudo e mais alguma coisa... 

Depois da publicação de investigações do Business Insider e do New York Post sobre acusações a Bloomberg de "repeatedly (...) creating a “reckless playground” for male executives to “target young, female, naive employees” for sex", agora é a GQ que acaba de publicar a estória das 64 mulheres que, durante anos, já apresentaram queixas de agressão sexual contra o multimilionário Bloomberg e a sua organização...


O trabalho agora publicado pela GQ aponta também as tendências racistas de Bloomberg e as políticas racistas que ele impôs à polícia de Nova Iorque quando era mayor da cidade...

A questão está a deixar o Partido Democrático bastante incomodado e com dificuldades em lidar com esta situação de repetidas acusações de agressões sexuais, misoginia e tendências racistas.

Veja-se este exemplo citado pelo New York Post: "In a suit filed as recently as 2016, a female Bloomberg employee, identified only as Margaret Doe, accused her male boss of twice raping her, plying her with drugs and threatening to terminate her employment if she didn’t continue sleeping with him".....

https://www.gq.com/story/bloomberg-sexism

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Crypto Leaks: O 'Golpe do Século' da CIA

Como a CIA interceptou as comunicações de "toda a gente" e como ainda conseguiu que os "interceptados" lhe pagassem por isso... 

A esta operação, que começou por se chamar Thesaurus e depois foi rebaptizada Rubicon e que teve o apoio da Alemanha e durou décadas, o Washington Post chamou agora "o golpe do século". 

O blog suíço "Qui a le savoir a le pouvoir" regista a história...

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Segurança: Homicídios voluntários, Roubos Qualificados e Roubos de Viaturas na Europa



As estatísticas do Eurostat mostram que Letónia, Lituânia e Estónia lideram destacadas o ranking dos homicídios voluntários. Portugal está quase no fundo da tabela em que o Luxemburgo é o último. O indice é o do número de homicídios voluntários por 100 mil habitantes, em cada país, e refere-se a 2017.


O mesmo tipo de índice é usado para os roubos qualificados. Aqui a posição portuguesa já é muito menos invejável: um quinto lugar num ranking em que a Bélgica lidera seguida de França, Espanha e Reino Unido.


No roubo de veículos motorizados, Portugal está em 13º lugar, sendo o ranking liderado pelo Luxemburgo seguido da Grécia Itália, Suécia, França e com a Roménia e a Dinamarca como os que menos casos registam.

Note-se que o Eurostat, em qualquer dos índices, se baseia em casos declarados às autoridades dos respectivos Estados...


Síntese dos dados do Eurostat (2016) para homicídios voluntários, agressões, roubos e agressões sexuais... Os piores infernos encontram-se onde menos se espera. Note-se a óptima situação de Portugal.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Nancy Pelosi - O Rosto de Derrota



Sob o comando de Pelosi, o Partido Democrata lançou contra Trump um patético processo de impeachment. Os resultados são os previsíveis. Não surpreendem ninguém. Excepto, claro, Pelosi, seus seguidores cegos e outra gente que viva num universo alternativo. Em Setembro do ano passado, nós antecipámos aqui todo este resultado e o que mais até Novembro se verá... Como esta semana alguém escreveu, “the Democratic party managed to appear, by turns, laughably incompetent, incorrigibly pompous, irresponsibly petulant, and tactically clueless. That’s quite a record.” Quem não sabe onde está não pode saber estar... Quem não conhece o mundo em que vive não pode aspirar a liderá-lo. E só pode queixar-se da sua falta de inteligência. Mas Pelosi, claro, apenas culpa Trump... Enquanto for assim, o actual inquilino da Casa Branca pode dormir descansado.

Ver também, de Setembro do ano passado, o alerta do IntelNomics 

"Impeachment": Trump Contra-Ataca

sábado, 8 de fevereiro de 2020

Geopolítica: "Portugal, le Pays Archipel cultive son jardin"...


na 'Conflits', 03 Fev. 2020


Assinado por Tigrane Yegavian (um “ex” do Liceu Francês de Lisboa que fala português), o texto interroga as perspectivas e posicionamentos geopolíticos do “País Arquipélago”. 

As interrogações partem, obviamente, de uma perspectiva francesa e, talvez por isso, Tigrane Yegavian inverte questões ao falar de “ancrage européen” e de “orientation atlantique”... 

Portugal tem, sim, uma “ancrage atlantique” que tem sabido (com mais ou menos acerto) combinar com uma “orientation européenne”.

“Comment se positionne le Portugal, pays partagé entre son ancrage européen affirmé et sa traditionnelle orientation atlantique? Quel peut être son rôle dans le système de sécurité collective? Existe-t-il une vision géostratégique du monde lusophone?”.

Segunda nota ao oportuno trabalho de Tigrane Yegavian: Portugal não está "partagé" entre Atlântico e Europa. Para Portugal, Atlântico e Europa são factores complementares. 

É isso que faz a especificidade do País que somos. Essa é a sua matriz geopolítica. De onde decorre a soma e o resto.

Dito isto, parabéns a Tigrane Yegavian pelo bem desperto olhar geopolítico que este seu trabalho revela.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Redes Sociais Têm Grande Impacto nas Escolhas Políticas


47% of Users Under 40 Say Social Media Influences Their Politics



Social media is having a greater impact on the nation’s political debate, with nearly half of younger voters now saying it influences their opinions. But with YouTube the latest to announce censorship efforts, voters have little confidence that social media will be able to fairly weed out questionable material. A new Rasmussen Reports national telephone and online survey finds just 19% of Likely U.S. Voters say they rarely or never use social media like Facebook and Twitter. Sixty-one percent (61%) use social media every day or nearly every day.


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

“Caso Tancos”: A magistral e inovadora resposta de Costa



A divulgação no portal do Governo das respostas de António Costa às 100 perguntas (muitas delas atrevidotas...) de Carlos Alexandre (acompanhada de óbvia e clara explicação da decisão) é uma magistral lição de comunicação política, já numa perspectiva de gestão da percepção (e não de simples 'relações públicas') e de guerra de informação. 



“Tendo sido postas a circular versões parciais do (seu) depoimento (...) entendeu o Primeiro-Ministro dever proceder à divulgação pública integral das respostas a todas as questões que lhe foram colocadas”. Note-se que as tais perguntas de Carlos Alexandre tinham sido publicitadas nos media quase ainda antes de chegarem a S. Bento...

António Costa anulou assim muito do impacto das “manipulações” e “especulações” que, na senda do que é hábito no “segredo de justiça”, já tinham começado a surgir e dá uma maior visibilidade ao seu depoimento como um todo. Ao mesmo tempo que, interpelado num assunto de Estado, presta contas, directamente, à opinião pública e ao eleitorado.


Esta decisão de Costa inova, portanto, ao promover a comunicação directa, dispensando media e outros mediadores, num assunto que a opinião pública considera de grande importância. Bem-vindos à era das redes digitais e da comunicação política directa. Nunca o portal do Governo foi tão consultado como nestas últimas horas.

E o “twitter”, António, o “twitter”...?




quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

“The Portuguese Connection”: Da Hierarquia Militar Portuguesa na II Guerra Mundial

Humberto Delgado, Craveiro Lopes, Costa Gomes, e muitos outros, incluindo o enigmático “Jimmy” (que já tinha estado na Flandres na I Guerra) tiveram uma participação muito intensa na II Guerra, nos seus bastidores.
Sobre Humberto Delgado já o Air Commodore Roland Eugene Vintras, que trabalhou com ele em Lisboa, nos tinha dado um surpreendente retrato, em “The Portuguese Connection”. 

Numa nota de leitura ao livro de Vintras, entretanto 'desclassificada', é o muito bem informado, sobre as matérias da II Guerra e muitas outras, General Vernon Walters (que falava muito bem português e que tive o prazer e o privilégio de entrevistar aqui em Lisboa, na embaixada dos EUA) que nos revela a passagem em 1943 (durante dois meses!) de Craveiro Lopes pelos EUA (acompanhado ou, melhor, ‘policiado’ por um tal Costa Macedo).

Sobre o então ainda jovem Costa Gomes ou o já senior “Jimmy” ainda se espera a 'desclassificação' de documentação... Mas de uma coisa se pode ter a certeza: Quando acontecer a 'desclassificação' e os documentos ficarem acessíveis, muita gente será muito surpreendida. Ainda mais surpreendida sobre “Jimmy” do que sobre Costa Gomes... E deste último, com quem tive uma longa conversa (em sua casa e que ele não quis que ficasse gravada), as surpresas já serão muitas.


A história do século XX português está realmente por fazer... O que, até agora, temos visto são narrativas de conveniência (cada sector político criou as suas...) mas que pouco ou nada correspondem às realidades.

The Portuguese Connection by Air Commodore Roland Eugene Vintras. Book review by Lt. Gen Vernon A. Walters

Acabou a ilusão globalista... A geopolítica volta a governar o mundo

Durou 3 décadas o tempo da “globalização feliz”, abriu-se em Berlim e fechou-se em Moscovo. Começou com a queda de um muro e acabou com uma ...